Por que a ação da Pague Menos (PGMN3) cai na bolsa mesmo com o balanço mais forte que o esperado
Apesar dos resultados acima das expectativas, as ações PGMN3 recuam nesta sessão. Entenda o que está por trás do movimento
Nem mesmo o balanço acima das expectativas foi capaz de segurar as perdas da Pague Menos na bolsa brasileira nesta terça-feira (5). Mesmo com os números robustos do segundo trimestre, as ações PGMN3 operam no vermelho nesta sessão.
Os papéis da rede de farmácias acompanham o aumento da aversão ao risco do setor neste pregão.
Por volta das 13h35, as ações PGMN3 marcavam queda de 2,05%, cotadas a R$ 3,82.
Apesar da performance negativa hoje, a rede de farmácias ainda acumula valorização da ordem de 30% na B3 desde o início do ano.
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Os destaques do balanço da Pague Menos (PGMN3)
De volta ao resultado, a Pague Menos (PGMN3) reportou lucro líquido ajustado de R$ 60,2 milhões no segundo trimestre de 2025 (2T25), um crescimento de 36,2% na comparação com o mesmo período do ano anterior.
Já o Ebitda (lucro antes dos juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado somou R$ 244,1 milhões, crescimento de 37,9% ano a ano.
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A margem líquida ajustada da empresa encerrou o trimestre em 1,5%, alta de 0,2 ponto percentual em relação ao mesmo período do ano anterior.
Por sua vez, o nível de endividamento da rede de farmácias encerrou junho em 2,6 vezes a relação entre a dívida líquida e Ebitda ajustado ante 3,4 vezes um ano antes.
A companhia alcançou a marca de 1.657 lojas, distribuídas em todas as regiões do país, e alcançou a participação de mercado recorde de 6,6% no segundo trimestre.
A venda média por loja subiu para R$ 800 mil no trimestre, expansão de 17,8% em relação ao ano anterior.
Segundo a companhia, mais de 400 lojas já ultrapassaram R$ 1 milhão em vendas mensais, quatro vezes mais do que há um ano.
A visão dos analistas sobre o balanço
Para o BTG Pactual, os resultados “sólidos” e acima da expectativa foram impulsionados por fortes ganhos de produtividade e melhora na alavancagem operacional.
Na mesma linha, o Safra classificou o crescimento de 18% nas vendas mesmas lojas (SSS) em relação ao 2T24 como “impressionante” e afirmou que a métrica impulsionou a “forte surpresa” positiva nos lucros.
Para os analistas, as sinergias da aquisição da Extrafarma também começaram a aparecer no último trimestre.
“Os resultados devem gerar revisões positivas nos lucros esperados, especialmente considerando os desafios do setor, como o menor reajuste do CMED e maior concorrência no segmento de higiene, beleza e cuidados pessoais (HPC)”, afirmaram os analistas Vitor Pini, Tales Granello e Renan Sartorio.
Já a XP Investimentos chamou a atenção para o crescimento de margem bruta de 0,3 pontos percentuais na base anual, apesar dos “ventos contrários” nas vendas de medicamentos de prescrição médica.
Para o Itaú BBA, a produtividade de lojas também foi um dos destaques do trimestre. A diferença de produtividade de loja em relação à RD Saúde diminuiu 4 pontos percentuais sequencialmente, para 40%.
O banco avalia que a empresa manteve um forte impulso, reduzindo a diferença de produtividade da loja em relação aos concorrentes, expandindo a lucratividade e melhorando a geração e a conversão de caixa.
Essa combinação ajudou a Pague Menos na trajetória de desalavancagem, que é vista como uma importante alavanca para posicionar a empresa a eventualmente reacelerar a expansão, segundo os analistas.
No segundo trimestre, a alavancagem da companhia caiu para 2,6% a relação dívida líquida/Ebitda ajustado.
“Essa métrica é particularmente relevante para ser acompanhada, pois a consideramos o principal gargalo para a companhia retomar a expansão acelerada de lojas.”
- Reportagem especial: Dos roubos de Ozempic aos resultados fracos: o que deu errado para a RD Saúde, antiga Raia Drogasil (RADL3)?
É hora de comprar a ação da Pague Menos (PGMN3)?
O BTG Pactual considera que os fundamentos da rede de farmácias continuaram “intactos” e que os resultados do segundo trimestre reforçaram a visão construtiva do banco para a companhia.
Já a Ágora Investimentos/Bradesco BBI mantém uma visão neutra sobre as ações da Pague Menos devido às perspectivas de potencial de valorização limitado até o final de 2025.
Desde janeiro, as ações PGMN3 acumulam valorização de cerca de 29%.
Confira as recomendações:
| Banco/Corretora | Recomendação | Preço-alvo | Potencial de valorização* |
|---|---|---|---|
| Ágora/Bradesco BBI | Neutra | R$ 3,80 | -2,56% |
| BTG Pactual | Compra | R$ 4,50 | 15,38% |
| Itaú BBA | Compra | R$ 5,10 | 30,77% |
| Safra | Compra | R$ 5,00 | 28,21% |
| Santander | Neutra | R$ 3,90 | – |
| XP | Compra | R$ 4,00 | 2,56% |
*Com informações do Money Times.
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