Nubank dispara 9% em NY após entregar rentabilidade maior que a do Itaú no 2T25 — mas recomendação é neutra, por quê?
Analistas veem limitações na capacidade de valorização dos papéis diante de algumas barreiras de crescimento para o banco digital
O Nubank (ROXO34) apresentou números melhores do que o esperado no segundo trimestre de 2025: o lucro líquido foi 31% superior ao do mesmo período do ano passado, atingindo US$ 637 milhões, e o retorno sobre patrimônio (ROE) chegou a 28%. Ainda assim, a recomendação não é de compra para os papéis do banco digital.
O ROE do Nubank veio ligeiramente abaixo das expectativas — que eram de 28,4% —, mas ainda assim, o percentual superou o de bancos tradicionais como o Itaú (ITUB4), que encerrou o trimestre com 26,4%.
Em relatório, analistas do BTG Pactual afirmam que 2025 é um “ano de transição” para o Nubank, e que as tendências encorajadoras do trimestre anterior ganharam mais força no período de abril a junho.
“A carteira de cartões de crédito acelerou, os depósitos cresceram em ritmo forte e a margem financeira se expandiu. Dado o nível atual de negociação da ação, reiteramos nosso viés positivo”, diz o relatório.
- SAIBA MAIS: Quer investir com segurança e rentabilidade? Com o simulador do Seu Dinheiro, você recebe sugestões personalizadas com base no seu perfil; é gratuito
Diante da boa interpretação dos números, as ações do Nubank (ROXO34) fecharam em alta expressiva nesta sexta-feira (15). Nos Estados Unidos, os papéis NU subiram 9,17%, a US$ 13,10. Já, no Brasil, os BDRs ROXO34 avançaram 5,16%, a R$ 11,81.
Recomendação para Nubank é neutra
Embora o viés seja positivo, a recomendação do BTG para as ações do Nubank é “neutra”. O motivo é a transição nos negócios do banco.
Leia Também
Os analistas apontam que a desaceleração de alguns dos produtos mais rentáveis no Brasil — como cartões de crédito e financiamento via Pix — dificilmente serão totalmente compensadas por “novas iniciativas”, como os produtos de consignado e o segmento de alta renda no Brasil.
A justificativa para a leitura positiva para as ações é o nível de desvalorização registrado desde o ano passado.
A ação caiu de US$ 16 em novembro do ano passado para US$ 10 em abril. Desde então, ganhou um pouco mais de valor e fechou em US$ 13 nesta sexta.
“Dada a recente performance negativa, não nos surpreenderia ver as ações subirem entre 10% e 15% no curtíssimo prazo”, diz o relatório. Mas, ainda assim, “por ora, nossa recomendação neutra permanece.”
Outros dados positivos
Para o Itaú BBA, os destaques do desempenho do segundo trimestre foram a recuperação das receitas de cartões, o crescimento consistente da carteira e provisões abaixo do esperado.
O banco ressaltou que a solidez da receita de cartões compensou o fraco avanço nas receitas de serviços e o aumento expressivo das despesas operacionais. Já a XP reforçou a expectativa de aceleração do lucro após dois trimestres estáveis.
A corretora afirmou que a qualidade do crédito permanece bem controlada, com o índice de inadimplência de 15 a 90 dias no Brasil caindo 30 bps no trimestre e o índice de inadimplência acima de 90 dias subindo apenas 10 bps no trimestre, refletindo uma gestão de crédito sólida.
Os analistas da casa chamaram a atenção para a expansão no México como segundo motor de crescimento. O país apresentou expansão em clientes, depósitos e engajamento, com a monetização avançando gradualmente.
A recomendação para as ações, entretanto, também é neutra.
“Embora os resultados reforcem a capacidade da empresa de monetizar e escalar operações de forma eficiente, acreditamos que a ação já precifica o crescimento acelerado em outros segmentos, levando a uma relação risco-retorno desfavorável nos níveis atuais”, diz o relatório.
Os FIIs mais lucrativos do ano: shoppings e agro lideram altas que chegam a 144%
Levantamento mostra que fundos de shoppings e do agronegócio dominaram as maiores valorizações, superando com sobra o desempenho do IFIX
Gestora aposta em ações ‘esquecidas’ do Ibovespa — e faz o mesmo com empresas da Argentina
Logos Capital acumula retorno de quase 100% no ano e está confiante com sua carteira de ações
Ibovespa retoma ganhos com Petrobras (PETR4) e sobe 2% na semana; dólar cai a R$ 5,2973
Na semana, MBRF (MBRF3) liderou os ganhos do Ibovespa com alta de mais de 32%, enquanto Hapvida (HAPV3) foi a ação com pior desempenho da carteira teórica do índice, com tombo de 40%
Depois do balanço devastador da Hapvida (HAPV3) no 3T25, Bradesco BBI entra ‘na onda de revisões’ e corta preço-alvo em quase 50%
Após reduzir o preço-alvo das ações da Hapvida (HAPV3) em quase 50%, o Bradesco BBI mantém recomendação de compra, mas com viés cauteloso, diante de resultados abaixo das expectativas e pressões operacionais para o quarto trimestre
Depois de escapar da falência, Oi (OIBR3) volta a ser negociada na bolsa e chega a subir mais de 20%
Depois de a Justiça reverter a decisão que faliu a Oi atendendo um pedido do Itaú, as ações voltaram a ser negociadas na bolsa depois de 3 pregões de fora da B3
Cogna (COGN3), C&A (CEAB3), Cury (CURY3): Veja as 20 empresas que mais se valorizaram no Ibovespa neste ano
Companhias de setores como educação, construção civil e bancos fazem parte da lista de ações que mais se valorizaram desde o começo do ano
Com rentabilidade de 100% no ano, Logos reforça time de ações com ex-Itaú e Garde; veja as 3 principais apostas da gestora na bolsa
Gestora independente fez movimentações no alto escalão e destaca teses de empresas que “ficaram para trás” na B3
A Log (LOGG3) se empolgou demais? Possível corte de payout de dividendos acende alerta, mas analistas não são tão pessimistas
Abrir mão de dividendos hoje para acelerar projetos amanhã faz sentido ou pode custar caro à desenvolvedora de galpões logísticos?
A bolha da IA pode estourar onde ninguém está olhando, alerta Daniel Goldberg: o verdadeiro perigo não está nas ações
Em participação no Fórum de Investimentos da Bradesco Asset, o CIO da Lumina chamou atenção para segmento que está muito exposto aos riscos da IA… mas parece que ninguém está percebendo
A bolsa ainda está barata depois da disparada de 30%? Pesquisa revela o que pensam os “tubarões” do mercado
Empiricus ouviu 29 gestoras de fundos de ações sobre as perspectivas para a bolsa e uma possível bolha em inteligência artificial
De longe, a maior queda do Ibovespa: o que foi tão terrível no balanço da Hapvida (HAPV3) para ações desabarem mais de 40%?
Os papéis HAPV3 acabaram fechando o dia com queda de 42,21%, cotados a R$ 18,89 — a menor cotação e o menor valor de mercado (R$ 9,5 bilhões) desde a entrada da companhia na B3, em 2018
A tormenta do Banco do Brasil (BBAS3): ações caem com balanço fraco, e analistas ainda não veem calmaria no horizonte
O lucro do BB despencou no 3T25 e a rentabilidade caiu ao pior nível em décadas; analistas revelam quando o banco pode começar a sair da tempestade
Seca dos IPOs na bolsa vai continuar mesmo com Regime Fácil da B3; veja riscos e vantagens do novo regulamento
Com Regime Fácil, companhias de menor porte poderão acessar a bolsa, por meio de IPOs ou emissão dívida
Na onda do Minha Casa Minha Vida, Direcional (DIRR3) tem lucro 25% maior no 3T25; confira os destaques
A rentabilidade (ROE) anualizada chegou a 35% no entre julho e setembro, mais um recorde para o indicador, de acordo com a incorporadora
O possível ‘adeus’ do Patria à Smart Fit (SMFT3) anima o JP Morgan: “boa oportunidade de compra”
Conforme publicado com exclusividade pelo Seu Dinheiro na manhã desta quarta-feira (12), o Patria está se preparando para se desfazer da posição na rede de academias, e o banco norte-americano não se surpreende, enxergando uma janela para comprar os papéis
Forte queda no Ibovespa: Cosan (CSAN3) desaba na bolsa depois de companhia captar R$ 1,4 bi para reforçar caixa
A capitalização visa fortalecer a estrutura de capital e melhorar liquidez, mas diluição acionária preocupa investidores
Fundo Verde diminui exposição a ações no Brasil, apesar de recordes na bolsa de valores; é sinal de atenção?
Fundo Verde reduz exposição a ações brasileiras, apesar de recordes na bolsa, e adota cautela diante de incertezas globais e volatilidade em ativos de risco
Exclusivo: Pátria prepara saída da Smart Fit (SMFT3); leilão pode movimentar R$ 2 bilhões, dizem fontes
Venda pode pressionar ações após alta de 53% no ano; Pátria foi investidor histórico e deve zerar participação na rede de academias.
Ibovespa atinge marca histórica ao superar 158 mil pontos após ata do Copom e IPCA; dólar recua a R$ 5,26 na mínima
Em Wall Street, as bolsas andaram de lado com o S&P 500 e o Nasdaq pressionados pela queda das big techs que, na sessão anterior, registraram fortes ganhos
Ação da Isa Energia (ISAE4) está cara, e dividendos não saltam aos olhos, mas endividamento não preocupa, dizem analistas
Mercado reconhece os fundamentos sólidos da empresa, mas resiste em pagar caro por uma ação que entrega mais prudência do que empolgação; veja as projeções
