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Monique Lima

Monique Lima

Repórter de finanças pessoais e investimentos no Seu Dinheiro. Formada em Jornalismo, também escreve sobre mercados, economia e negócios. Já passou por redações de VOCÊ S/A, Forbes e InfoMoney.

IOF POR TODOS OS LADOS

Novo IOF pode diminuir lucro de varejistas: JP Morgan avalia Magazine Luiza (MGLU3), Assaí (ASAI3) e Natura (NTCO3) como as mais afetadas

O maior impacto, segundo os analistas, é para os fornecedores das empresas, mas repasse pela cadeia é uma possibilidade que deságua em maiores preços para os clientes na ponta

Monique Lima
Monique Lima
23 de maio de 2025
17:55 - atualizado às 17:56
magazine luiza queda ações bolsa mglu3
Imagem: Shutterstock/Montagem Julia Shikota

Só se fala no tal do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) nesta sexta-feira (23) — e não é para menos. As mudanças anunciadas pelo governo federal atingem transações importantes no dia a dia de pessoas físicas e empresas: câmbio, crédito e planejamento sucessório

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No que diz respeito às varejistas, as mudanças no IOF também abarcam as operações conhecidas como "risco sacado", exigindo que sejam discriminadas nos balanços como crédito, para que estejam sujeitas à tributação pelo imposto. 

  • Risco sacado é uma transação na qual uma empresa antecipa recebíveis para seus fornecedores por intermédio de bancos, e, posteriormente, paga o valor devido aos bancos. Trata-se de uma prática muito comum entre varejistas para manutenção de estoques.

Claudio Felisoni, presidente do IBEVAR e professor da FIA Business School, explica que o aumento no IOF diminui a atratividade da operação de risco sacado para os fornecedores. 

“No risco sacado, o banco adianta os pagamentos aos fornecedores com desconto, usando o risco de crédito do varejista. O fornecedor recebe antes e o banco lucra com o desconto pois o varejista paga o valor integral no prazo original. Quando há aumento no IOF, eleva-se o custo total das operações e diminui o valor líquido recebido pelos fornecedores”, diz. 

Isso reduz a atratividade da antecipação e pressiona as margens dos fornecedores, que recebem menos pelo mesmo valor nominal de venda às varejistas.

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De acordo com o JP Morgan, a nova pressão que vem do IOF tem o potencial de escalar na cadeia e atingir as varejistas com custos mais altos para realizar as operações de risco sacado. 

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“Portanto, o impacto real nos resultados dos varejistas dependerá de quanto será repassado pelos fornecedores e o que será absorvido pela empresa, pois pode afetar as vendas, dada a elasticidade de preço”, diz o relatório do JP Morgan. 

No fechamento do pregão desta sexta-feira (23), as principais varejistas da bolsa brasileira protagonizaram as maiores quedas nas ações.  

Azzas (AZZA3) (-6,07%) liderou as perdas, seguida por Magazine Luiza (-4,96%). Assaí (ASAI3) apareceu lá embaixo (-1,86%), e Natura depois (-0,48%). 

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De acordo com o JP Morgan, as varejistas que apresentam o maior potencial de impacto no lucro líquido de 2025 são justamente Magazine Luiza, Assaí e Natura

IOF e as varejistas

Segundo comunicado pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, na noite de quinta-feira (22), a alíquota do IOF sairá de um teto atual de 1,88% ao ano para 3,95% ao ano para a concessão de crédito às grandes empresas. 

Como o risco sacado deverá ser discriminado como crédito a partir de agora, o JP Morgan avalia que os fornecedores das varejistas terão que arcar com esse aumento de custo. “Portanto, não impactando diretamente o resultado da empresa com despesas financeiras”, diz o relatório. 

Os analistas do banco americano ponderam que mudanças no modelo das operações de antecipação de recebíveis do risco sacado são uma preocupação maior para o negócio das varejistas. 

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Impacto nos balanços? 

O impacto que eles avaliam é no repasse dos custos do IOF por meio da cadeia de fornecimento. 

“Embora as medidas possam não impactar os lucros e perdas dos varejistas no dia um, nossa visão é que as pressões incrementais sobre seus fornecedores devem escalar a cadeia, atingindo as varejistas com custos potencialmente mais altos, prazos de pagamento mais curtos e os consumidores finais com preços mais altos”, diz o relatório. 

O que não é trivial em um momento em que a taxa básica de juros do país é de 14,75% ao ano e a concessão de crédito já está mais restritiva. Mesmo o encurtamento dos prazos pode impactar os níveis de endividamento dessas empresas e pressionar os lucros. 

Com isso, eles consideram improvável que as empresas absorvam todo o impacto da medida. Mas, no caso de absorverem, eles também destacam Hypera (HYPE3) e Vivara (VIVA3) como grandes impactadas do ponto de vista de capital de giro. 

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No caso de repasse de preços para os clientes na ponta, a avaliação também não é boa, pois os analistas não veem muito espaço para elasticidade de preços, dado o cenário inflacionário que também é alto e diminui o poder de compra da população. 

Contudo, os analistas avaliam que a reação nesta sexta-feira foi exagerada. 

“Considerando os potenciais aumentos de preço necessários para compensar o ônus em um cenário conservador [em que as varejistas absorvem os custos] e o risco incremental de capital de giro para a maioria das empresas, vemos que, na maioria dos casos, o mercado está reagindo exageradamente ao anúncio”, afirmam ao finalizar o relatório.

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