Ibovespa dispara para novo recorde e bate os 159 mil pontos; dólar flerta com a estabilidade
Petrobras, Itaú, Vale e a política monetária ditam o ritmo dos negócios por aqui; lá fora, as bolsas sobem na volta do feriado nos EUA
O tom positivo de Wall Street estimula o Ibovespa desde o início das negociações da última sessão de novembro — mais cedo, o principal índice da bolsa brasileira alcançou pela primeira vez a marca dos 159 mil pontos e caminha para superar 6% no mês, após ganhos de 2,26% em outubro.
Investidores mantêm otimismo com relação à possibilidade de um novo corte de juros pelo Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) em dezembro, em dia de agenda esvaziada no exterior. Aqui, o destaque é a Pnad Contínua, com o nível de desocupação na mínima histórica.
Além disso, o mercado avalia o plano de negócios da Petrobras (PETR4) e digerem notícias sobre pagamento de dividendos pelo Itaú Unibanco (ITUB4) e pela Vale (VALE3), em meio a sinais destoantes das commodities.
Na quinta-feira (27), o Ibovespa fechou em baixa de 0,12%, aos 158.359,76 pontos, após três elevações seguidas, diante da ausência de Nova York. Os mercados norte-americanos não abriram devido ao feriado de Ação de Graças e nesta sexta-feira (28) fecham mais cedo, o que deve limitar o volume de negócios mais uma vez na B3. Ontem o giro foi de R$ 12,4 bilhões, duas vezes menor do que a média diária, no geral.
Por volta de 13h, o Ibovespa subia 0,30%, aos 158.881,66 pontos, depois de alcançar a máxima intradia de 159.186,05 pontos.
Um bom mês para o Ibovespa
Segundo Matheus Spiess, analista da Empiricus Research, após correção na semana passada, o Ibovespa caminha para fechar "um bom mês", com valorização, a despeito da expectativa de volume baixo de negócios devido à emenda de feriado nos EUA.
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"O Brasil tem um tom um pouco mais positivo apesar da taxa de desemprego em nível histórico de baixa, o que conversa com o tom do presidente do BC, Gabriel Galípolo de cautela. Porém, isso não impede a expectativa de início do ciclo de queda da Selic no início de 2026", avalia Spiess.
A despeito da ausência de investidores estrangeiros no pós-feriado norte-americano, o sentimento hoje é um pouco mais otimista em relação a ontem.
"Temos um dia com um pouco mais de apetite. Aqui, do lado corporativo, há alguns pontos importantes, anúncios de dividendos extraordinários", diz Bruna Sene, analista de renda variável da Rico.
E o dólar?
Enquanto o Ibovespa caminha para fechar com alta em torno de 6%, o dólar ante o real no mês está perto do zero a zero.
"Não conseguiu ter uma tração de queda tão intensa porque estamos na segunda quinzena de novembro, reta final do ano, e tem muita remessa para o exterior", afirma em nota Alison Correia, analista de investimentos e co-fundador da Dom Investimentos, lembrando que hoje é dia de rolagem, taxa ptax, vencimento dos contratos futuros de dólar, o que traz risco de volatilidade.
Por volta de 13h, o dólar à vista operava praticamente estável, com leve queda de 0,01%, cotado a R$ 5,3386.
O que mexe com o Ibovespa hoje
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou a taxa de desemprego no trimestre até outubro, que ficou em 5,4%, após 5,6%. O dado ficou no piso das estimativas colhidas em pesquisa feita pelo Projeções Broadcast.
"A queda aconteceu em função do recuo da taxa de participação. Enquanto isto, salário real segue em alta", destaca em nota a Terra Investimentos.
De um lado, o resultado da Pnad pode deixar o quadro das apostas nebuloso quanto ao mês em que se iniciará a queda da Selic, inibindo uma eventual alta do principal indicador da B3.
Na outra ponta, indica economia aquecida, o que pode ser bem visto por empresas varejistas, ainda que o juro básico esteja em 15% ao ano. Porém, segue a expectativa de que o processo de afrouxamento monetário se aproxima.
No âmbito corporativo, a Petrobras anunciou um plano de negócios 1,8% menor para os próximos cinco anos. No período de 2026-2030, a previsão é de US$ 109 bilhões em capex. Para Gabriel Mota de Souza, sócio da Manchester Investimentos, o plano da estatal veio em linha com o esperado pelo mercado, o que tende a ser positivo para as ações da empresa hoje.
Já a Vale fará a distribuição de R$ 3,58 por ação em forma de dividendos e juros sobre capital próprio (JCP) e o Itaú distribuirá R$ 23,4 bilhões em proventos.
Entre as commodities, o minério de ferro fechou em baixa de 0,19% em Dalian e de 1,44% em Cingapura, enquanto o petróleo sobe em Nova York (0,73%) e cai em Londres, 0,25%.
Vale subia 1,69% e Itaú Unibanco avançava 2,38%, enquanto as ações da Petrobras caíam em torno de 2%.
*Com informações do Money Times
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