Howard Marks zera Petrobras e aposta na argentina YPF — mas ainda segura quatro ações brasileiras
A saída da petroleira estatal marca mais um corte de exposição brasileira, apesar do reforço em Itaú e JBS

As ações da Petrobras (PETR4) perderam o brilho para o megainvestidor Howard Marks. O fundador da Oaktree Capital, que administra US$ 3,95 bilhões, zerou sua posição na petroleira brasileira no segundo trimestre de 2025.
Ao todo, 2,66 milhões de recibos de ações (ADRs) da Petrobras listados em Nova York (NYSE: PBR) saíram da carteira do fundo. A posição, de US$ 38,14 milhões, representava 0,97% do portfólio.
Há um ano, essa fatia era maior: 1,37% do portfólio da Oaktree Capital.
Dados do relatório 13F — documento obrigatório para instituições com mais de US$ 100 milhões alocados — mostram que a Oaktree vinha reduzindo sua posição na Petrobras desde o segundo trimestre de 2024.
- CONFIRA: O Seu Dinheiro liberou acesso gratuito a análises de mercado aprofundadas e recomendações de investimento; confira como turbinar seus ganhos
As ADRs da Petrobras acumulam queda de 8,84% em 2025, negociadas a US$ 12,07 em Nova York.
O desempenho fraco reflete uma combinação de fatores que pressionam a tese de investimento na estatal: o recuo no preço do petróleo, a diminuição no pagamento de dividendos e os investimentos pesados em novos negócios, que aumentaram as incertezas sobre a geração de caixa da companhia.
Leia Também
No fim de março do ano passado, o fundo detinha 5,10 milhões de ADRs da Petrobras, equivalentes a US$ 77,56 milhões.
Desde então, a posição caiu gradualmente, com vendas mês a mês, até zerar completamente no fim de junho de 2025.
Sai Petrobras, entra YPF
Coincidência ou não, no mesmo segundo trimestre de 2024, a Oaktree abriu posição em outra petroleira latino-americana: a argentina YPF S.A.
O fundo adquiriu 324.330 recibos de ações da YPF, por US$ 10,2 milhões. A participação equivale a 0,26% do portfólio de Marks.
Não é a primeira vez que a Oaktree investe na YPF. Ao longo de 2024, a gestora também chegou a comprar ações da petroleira argentina, mas vendeu tudo. Agora, voltou em 2025.
Outra petroleira da região que aparece na carteira é a colombiana Ecopetrol. Entre abril e junho, o fundo aumentou sua participação em 0,09 ponto percentual, chegando a 0,80% do portfólio — o equivalente a US$ 31,41 milhões.
Além dela, está a Vista Oil & Gas, com operações na Argentina e no México. A exposição à Vista é de 2,50%, ou US$ 98,56 milhões.
- LEIA TAMBÉM: Nem Apple, nem UnitedHealth: a maior posição da Berkshire Hathaway, de Warren Buffett, é outra
Brasileiras na carteira da Oaktree
Um levantamento da plataforma Valuesider, que compilou os portfólios de 95 hedge funds globais, mostra que a Oaktree Capital é praticamente o único entre eles a manter posições em ações brasileiras.
Além do fundo de Marks, apenas a Causeway Capital Management, de Sarah Ketterer, aparece com exposição relevante ao Brasil.
Marks se desfez da Petrobras no segundo trimestre de 2025, mas já havia vendido Bradesco (NYSE: BBD) e XP (NYSE: XP) no quarto trimestre de 2024, reduzindo cada vez mais sua exposição aos papéis brasileiros.
No fim de junho de 2025, a Oaktree Capital mantinha posição em quatro empresas brasileiras:
Empresa (ticker local) | % no portfólio | Quantidade de ações | Movimentação (último trimestre) |
---|---|---|---|
JBS (JBSS3) | 0,09% | 238.610 | +0,09% |
Braskem (BRKM5) | 0,04% | 453.167 | -0,16% |
Vale (VALE3) | 0,50% | 2.033.706 | -0,98% |
Itaú (ITUB4) | 1,89% | 11.004.494 | +0,70% |
Atualizado em 13 de agosto de 2025.
Nos próximos meses, porém, esse número pode diminuir.
Tirando a forte compra de ações do Itaú (NYSE: ITUB) entre abril e junho — aumento de 58,5% da posição, com 4,06 milhões de novos papéis — Vale e Braskem passaram por fortes reduções. O fundo vendeu 80% da posição na petroquímica e 66% na mineradora.
Ficou barata demais?: Azul (AZUL4) leva puxão de orelha da B3 por ação abaixo de R$ 1; entenda
Em comunicado, a companhia aérea informou que tem até 4 de fevereiro de 2026 para resolver o problema
Nubank dispara 9% em NY após entregar rentabilidade maior que a do Itaú no 2T25 — mas recomendação é neutra, por quê?
Analistas veem limitações na capacidade de valorização dos papéis diante de algumas barreiras de crescimento para o banco digital
TRXF11 renova apetite por aquisições: FII adiciona mais imóveis no portfólio por R$ 98 milhões — e leva junto um inquilino de peso
Com a transação, o fundo imobiliário passa a ter 72 imóveis e um valor total investido de mais de R$ 3,9 bilhões em ativos
Banco do Brasil (BBAS3): Lucro de quase R$ 4 bilhões é pouco ou o mercado reclama de barriga cheia?
Resultado do segundo trimestre de 2025 veio muito abaixo do esperado; entenda por que um lucro bilionário não é o bastante para uma instituição como o Banco do Brasil (BBAS3)
FII anuncia venda de imóveis por R$ 90 milhões e mira na redução de dívidas; cotas sobem forte na bolsa
Após acumular queda de mais de 67% desde o início das operações na B3, o fundo imobiliário vem apostando na alienação de ativos do portfólio para reduzir passivos
“Basta garimpar”: A maré virou para as small caps, mas este gestor ainda vê oportunidade em 20 ações de ‘pequenas notáveis’
Em meio à volatilidade crescente no mercado local, Werner Roger, gestor da Trígono Capital, revelou ao Seu Dinheiro onde estão as principais apostas da gestora em ações na B3
Dólar sobe a R$ 5,4018 e Ibovespa cai 0,89% com anúncio de pacote do governo para conter tarifaço. Por que o mercado torceu o nariz?
O plano de apoio às empresas afetadas prevê uma série de medidas construídas junto aos setores produtivos, exportadores, agronegócio e empresas brasileiras e norte-americanas
Outra rival para a B3: CSD BR recebe R$ 100 milhões do Citi, Morgan Stanley e UBS para criar nova bolsa no Brasil
Investimento das gigantes financeiras é mais um passo para a empresa, que já tem licenças de operação do Banco Central e da CVM
HSML11 amplia aposta no SuperShopping Osasco e passa a deter mais de 66% do ativo
Com a aquisição, o fundo imobiliário concluiu a aquisição adicional do shopping pretendida com os recursos da 5ª emissão de cotas
Bolsas no topo e dólar na base: estas são as estratégias de investimento que o Itaú (ITUB4) está recomendando para os clientes agora
Estrategistas do banco veem um redirecionamento global de recursos que pode chegar ao Brasil, mas existem algumas condições pelo caminho
A Selic vai cair? Surpresa em dado de inflação devolve apetite ao risco — Ibovespa sobe 1,69% e dólar cai a R$ 5,3870
Lá fora os investidores também se animaram com dados de inflação divulgados nesta terça-feira (12) e refizeram projeções sobre o corte de juros pelo Fed
Patria Investimentos anuncia mais uma mudança na casa — e dessa vez não inclui compra de FIIs; veja o que está em jogo
A movimentação está sendo monitorada de perto por especialistas do setor imobiliário
Stuhlberger está comprando ações na B3… você também deveria? O que o lendário fundo Verde vê na bolsa brasileira hoje
A Verde Asset, que hoje administra mais de R$ 16 bilhões em ativos, aumentou a exposição comprada em ações brasileiras no mês passado; entenda a estratégia
FII dá desconto em aluguéis para a Americanas (AMER3) e cotas apanham na bolsa
O fundo imobiliário informou que a iniciativa de renegociação busca evitar a rescisão dos contratos pela varejista
FII RBVA11 anuncia venda de imóvel e movimenta mais de R$ 225 milhões com nova estratégia
Com a venda de mais um ativo, localizado em São Paulo, o fundo imobiliário amplia um feito inédito
DEVA11 vai dar mais dores de cabeça aos cotistas? Fundo imobiliário despenca mais de 7% após queda nos dividendos
Os problemas do FII começaram em 2023, quando passou a sofrer com a inadimplência de CRIs lastreados por ativos do Grupo Gramado Parks
Tarifaço de Trump e alta dos juros abrem oportunidade para comprar o FII favorito para agosto com desconto; confira o ranking dos analistas
Antes mesmo de subir no pódio, o fundo imobiliário já vinha chamando a atenção dos investidores com uma série de aquisições
Trump anuncia tarifa de 100% sobre chips e dispara rali das big techs; Apple, AMD e TSMC sobem, mas nem todas escapam ilesas
Empresas que fabricam em solo americano escapam das novas tarifas e impulsionam otimismo em Wall Street, mas Intel não conseguiu surfar a onda
Ações baratas e dividendos gordos: entenda a estratégia deste gestor para multiplicar retornos com a queda dos juros
Com foco em papéis descontados e empresas alavancadas, a AF Invest aposta em retomada da bolsa e distribuição robusta de proventos com a virada de ciclo da Selic
10 small caps para chamar de suas em agosto; confira a lista
Levantamento do Money Times aponta aponta as ações de capitalização menor que são as queridinhas dos analistas