Dólar fraco, ouro forte e bolsas em queda: combo China, EUA e Powell ditam o ritmo — Ibovespa cai junto com S&P 500 e Nasdaq
A expectativa por novos cortes de juros nos EUA e novos desdobramentos da tensão comercial entre as duas maiores economias do mundo mexeram com os negócios aqui e lá fora nesta terça-feira (14)

O ouro bateu outro recorde nesta terça-feira (14), a prata atingiu nova máxima, as bolsas em Nova York apagaram parte das perdas e o dólar perdeu força — um movimento patrocinado pelos desdobramentos da crise comercial entre EUA e China e pelas declarações de Jerome Powell, presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano).
Na Comex, divisão de metais da bolsa de Nova York (Nymex), o ouro para dezembro encerrou em alta de 0,73%, a US$ 4.163,4 por onça-troy após atingir o valor de US$ 4.190,90 por onça-troy durante a sessão. A prata também para dezembro subiu 0,38%, a US$ 50,62 por onça-troy, após chegar a 52,49 durante a sessão. Ambos os metais renovaram recordes de fechamento e de máxima.
A expectativa por novos cortes de juros nos EUA não mexeu só com o ouro e com a prata. Declarações do presidente do Fed pressionaram o dólar, outro ativo de segurança concorrente dos metais.
- VEJA TAMBÉM: Tempestade à vista para a BOLSA e o DÓLAR: o risco eleitoral que o mercado IGNORA - assista o novo episódio do Touros e Ursos no Youtube
A moeda norte-americana perdeu força no exterior e também frente ao real, acompanhando a melhora do apetite ao risco lá fora. Por aqui, o dólar se afastou das máximas do dia e subiu 0,14%, a R$ 5,4700.
Em Nova York, as bolsas ganharam força, com o Dow Jones acelerando a alta e fechando com ganhos de 0,44%. O S&P 500 e o Nasdaq reduziram as perdas e terminaram o dia com baixas de 0,16% e 0,76%, respectivamente.
No Brasil, o Ibovespa seguiu sem forças para superar os 142 mil pontos e fechou o dia com queda de 0,07%, aos 141.682,99 pontos. Mais cedo, o principal índice da bolsa brasileira chegou a ensaiar uma alta firme, após declarações do representante comercial dos EUA, Jamieson Greer, defendendo uma relação comercial mais equilibrada com a China.
Leia Também
Na Europa, as bolsas europeias fecharam sem direção única, com as tensões comerciais entre EUA e China voltando a impor cautela nos mercados. Além disso, o setor de luxo europeu ficou pressionado após a Comissão Europeia multar diversas grifes por práticas anticoncorrenciais.
O que ditou o ritmo das bolsas hoje
Toda a movimentação desta terça-feira (14) nos mercados aconteceu com investidores reagindo ao discurso de Powell, que sinalizou pressão das tarifas sobre a inflação, ao mesmo tempo em que destacou aumento dos riscos para o mercado de trabalho norte-americano — o que foi entendido como um sinal para novos cortes de juros.
Para o banco canadense CIBC, o discurso de Powell aponta que a falta de dados causada pela paralisação do governo dos EUA não vai impedir que o banco central corte os juros em outubro.
A vice-presidente de supervisão do Fed, Michelle Bowman, também discursou hoje, declarando ser a favor de pelo menos mais duas reduções nos juros.
Os investidores também acompanharam uma nova escalada na tensão entre Washington e Pequim, com os norte-americanos reafirmando a possibilidade de impor taxas antes de novembro e os chineses sancionando subsidiárias ligadas aos EUA.
Donald Trump chegou a declarar, no fim do dia, que a China estaria causando, propositalmente, dificuldades aos produtores agrícolas norte-americanos ao não comprar a soja dos EUA.
“Estamos considerando encerrar negócios com a China relacionados a óleo de cozinha e outros elementos do comércio, como retaliação. Por exemplo, podemos facilmente produzir óleo de cozinha nós mesmos, sem precisar comprá-lo da China”, disse Trump.
Bolsa fecha terceira semana no vermelho, com perdas de 2,44%; veja os papéis que mais caíram e os que mais subiram
Para Bruna Sene, analista de renda variável na Rico, “a tão esperada correção do Ibovespa chegou” após uma sequência de recordes históricos
Dólar avança mais de 3% na semana e volta ao patamar de R$ 5,50, em meio a aversão ao risco
A preocupação com uma escalada populista do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva fez o real apresentar de longe o pior desempenho entre divisas emergentes e de países exportadores de commodities
Dólar destoa do movimento externo, sobe mais de 2% e fecha em R$ 5,50; entenda o que está por trás
Na máxima do dia, divisa chegou a encostar nos R$ 5,52, mas se desvalorizou ante outras moedas fortes
FII RBVA11 avança na diversificação e troca Santander por nova locatária; entenda a movimentação
O FII nasceu como um fundo imobiliário 100% de agências bancárias, mas vem focando na sua nova meta de diversificação
O mercado de ações dos EUA vive uma bolha especulativa? CEO do banco JP Morgan diz que sim
Jamie Dimon afirma que muitas pessoas perderão dinheiro investindo no setor de inteligência artificial
O que fez a Ambipar (AMBP3) saltar mais de 30% hoje — e por que você não deveria se animar tanto com isso
As ações AMBP3 protagonizam a lista de maiores altas da B3 desde o início do pregão, mas o motivo não é tão inspirador assim
Ação do Assaí (ASAI3) ainda está barata mesmo após pernada em 2025? BB-BI revela se é hora de comprar
Os analistas do banco decidiram elevar o preço-alvo das ações ASAI3 para R$ 14 por ação; saiba o que fazer com os papéis
O que esperar dos mercados em 2026: juros, eleições e outros pilares vão mexer com o bolso do investidor nos próximos meses, aponta economista-chefe da Lifetime
Enquanto o cenário global se estabiliza em ritmo lento, o país surge como refúgio — mas só se esses dois fatores não saírem do trilho
Tempestade à vista para a Bolsa e o dólar: entenda o risco eleitoral que o mercado ignora
Os meses finais do ano devem marcar uma virada no tempo nos mercados, segundo Ricardo Campos, CEO e CIO da Reach Capital
FII BMLC11 leva calote da Ambipar (AMBP3) — e investidores vão sentir os impactos no bolso; cotas caem na B3
A Ambipar enfrenta uma onda de desconfiança no mercado, e a crise atinge em cheio os dividendos do FII
Ouro ultrapassa o nível de US$ 4 mil pela primeira vez por causa de incertezas no cenário global; o metal vai conseguir subir mais?
Shutdown nos EUA e crise na França levam ouro a bater recorde histórico de preço
Fundos de ações e multimercados entregam 21% de retorno no ano, mas investidores ficam nos 11% da renda fixa, diz Anbima
Mesmo com rentabilidade inferior, segurança da renda fixa mantém investidores estagnados, com saídas ainda bilionárias das estratégias de risco
MXRF11 mira captação recorde com nova emissão de até R$ 1,25 bilhão
Com uma base de 1,32 milhão de cotistas e patrimônio líquido de mais de R$ 4 bilhões, o FII mira sua maior emissão
O que foi tão ruim na prévia operacional da MRV (MRVE3) para as ações estarem desabando?
Com repasses travados na Caixa e lançamentos fracos, MRV&Co (MRVE3) decepciona no terceiro trimestre
Ouro fecha em alta e se aproxima da marca de US$ 4 mil, mas precisa de novos gatilhos para chegar lá, dizem analistas
Valor do metal bate recorde de preço durante negociações do dia por causa de incertezas políticas e econômicas
Fundo imobiliário favorito dos analistas em outubro já valorizou mais de 9% neste ano — mas ainda dá tempo de surfar a alta
A XP Investimentos, uma das corretoras que indicaram o fundo em outubro, projeta uma valorização de mais 9% neste mês em relação ao preço de fechamento do último pregão de setembro
Ibovespa fica entre dois mundos, enquanto RD Saúde (RADL3) brilha e Magalu (MGLU3) amarga o pior desempenho da semana
O principal índice de ações da B3 encerrou a semana em baixa de 0,86%, aos 144.201 pontos. Após um setembro de fortes valorizações, o início de outubro mostrou um tom mais negativo
Verde coloca o ‘pézinho’ em ações brasileiras — mas liga alerta sobre a situação do país
Em carta divulgada na sexta-feira (3), a gestora mostrou a retomada marginal de apostas na bolsa local, mas soou o alarme para o impacto da nova isenção de IR e para a postura mais dura do BC
Onde investir em outubro: ações para renda passiva, ativo com retorno de 20% e nomes com exposição à China são as indicações da Empiricus
Em novo episódio, analistas da Empiricus Research compartilham recomendações de olho na temporada de balanços do terceiro trimestre e na possível queda dos juros
Serena Energia (SRNA3) revela preço e datas para a OPA para deixar a B3 e fechar o capital
Preço por ação é ligeiramente inferior ao preço do último fechamento; leilão está marcado para 4 de novembro