Bradesco Asset aposta em 5 ações para investir na bolsa brasileira no segundo semestre — e uma delas já subiu 35% em 2025
Em entrevista ao Seu Dinheiro, Rodrigo Santoro revelou as maiores posições da carteira de ações da gestora, que atualmente administra mais de R$ 940 bilhões em ativos
Pouca commodity, foco em ações sensíveis a juros, proteção com utilities e valuation na veia: esse é o mote da Bradesco Asset para investir na bolsa brasileira no segundo semestre de 2025, segundo o head de equities, Rodrigo Santoro Geraldes.
Responsável pelo portfólio de renda variável na gestora, que atualmente administra mais de R$ 940 bilhões em ativos, Santoro revelou cinco grandes apostas em ações para os próximos seis meses.
- VEJA MAIS: Duas ações para “apimentar” a carteira que podem “surfar” o fim das altas da Selic
Uma das grandes estratégias da gestora é investir em empresas de crescimento, negociadas a valuations atrativos, e com maior sensibilidade aos juros, com foco na economia doméstica.
Uma delas é a Localiza (RENT3), uma empresa que combina um cenário positivo macroeconômico e uma melhora no contexto micro, com estabilização da depreciação, cenário competitivo mais positivo, concorrentes alavancados e rejuvenescimento da frota.
“A depreciação foi equacionada, o ambiente competitivo ficou muito mais positivo, e isso, somado a um ambiente de juros prospectivo mais favorável, leva a uma recuperação do retorno mais rápida do que o esperado”, afirmou o gestor, em entrevista ao Seu Dinheiro.
Além disso, o preço também entra na conta: apesar da valorização de 35% desde o início do ano, a ação RENT3 continua descontada na visão da gestora — especialmente quando comparada aos patamares da principal rival, a Movida (MOVI3), que quase dobrou de preço desde janeiro.
Leia Também
“Temos feito um shift para economia doméstica. Além da Localiza, também gostamos de Ecorodovias (ECOR3) e Motiva (MOTV3), antiga CCR”, disse.
- Entrevista exclusiva: Com 'mundaréu' de dinheiro gringo chegando à bolsa brasileira, Ibovespa aos 140 mil é só o começo, afirma gestor da Bradesco Asset
Outras 4 apostas da Bradesco Asset em ações na bolsa brasileira para o 2º semestre
Já no segmento de construção civil, uma aposta de longa data da Bradesco Asset permanece em destaque: a Cury (CURY3).
Sócios da companhia desde o IPO, a gestora sustenta a visão positiva na capacidade de entrega acima das expectativas, diferencial competitivo na comercialização, alta rentabilidade e suporte de estímulos governamentais para o setor de baixa renda.
Outro bloco importante da carteira da Bradesco Asset é mais defensivo, constituído por ações de utilities — que engloba serviços como energia elétrica e saneamento básico.
Nesse sentido, uma das grandes apostas no segmento é a Sabesp (SBSP3). Para o gestor, desde a privatização, a empresa se apresenta como uma boa tese de crescimento na bolsa brasileira e bem administrada, com “várias opcionalidades que não estão precificadas”.
Entre elas, uma potencial expansão fora de São Paulo e possíveis aquisições (M&As) de ativos de concorrentes alavancados.
Outro papel que brilha aos olhos da gestora para o segundo semestre é a Copasa (CSMG3) — tanto pelos dividendos polpudos quanto pela possibilidade de privatização pelo governo de Minas Gerais, vista como um destravamento importante de valor.
Quem fecha o quadro de apostas da Bradesco Asset para o fim de 2025 é a Vibra Energia (VBBR3). Na leitura de Santoro, a empresa deve se beneficiar de mudanças regulatórias no setor de distribuição de combustíveis que melhoram o ambiente competitivo.
Outro pilar da tese é a holding de negócios de energia Comerc — na qual a Vibra possui 99,1% de participação —, que tem maturação de investimentos e oportunidades de expansão inorgânica na lista de potenciais catalisadores.
“A Comerc hoje é muito mal precificada dentro da Vibra. Se o management tiver sucesso de executar alguns M&A ou listar a empresa de forma segregada à Vibra, tem um destravamento razoável de valor”, afirmou.
- E MAIS: Analistas selecionaram 3 ações do setor de serviços básicos para buscar lucros de até 32% – confira quais são
Mais uma “espiada” na carteira de ações da Bradesco Asset
Para além do horizonte do segundo semestre de 2025, a Bradesco Asset também aposta no setor financeiro para compor a carteira de investimentos.
Nesse sentido, os dois principais “cavalos” da gestora são o Itaú Unibanco (ITUB4) e o BTG Pactual (BPAC11).
Do lado do maior banco privado do Brasil, a tese se sustenta no bom trabalho em crescimento de rentabilidade, expansão de lucros e avanços na digitalização — com uma grande potencial alavanca de valor para os próximos anos, que são os cortes de despesas.
Já para o BTG, o gestor avalia que há uma “forte história micro”: alta rentabilidade, potencial de crescimento, bom trabalho em diversas verticais e benefício da redução de custo de funding.
Um outro grande bancão também figura entre as posições da gestora: o Bradesco (BBDC4). Na visão de Santoro, a visão otimista se baseia na confiança no turnaround do banco comandado por Marcelo Noronha.
“Um banco que está entregando acima de custo de capital não deveria estar negociando abaixo de book value, que é o cenário do Bradesco hoje. Não acredito que isso vai perdurar”, avaliou o gestor.
Pouco otimismo para commodities — mas há uma exceção
Questionado sobre os setores com menor exposição hoje, Santoro revela perspectivas mais conservadoras para o segmento de commodities, com expectativa de um cenário "um pouco mais negativo” para a segunda metade do ano.
Para o petróleo, a perspectiva é de sobreoferta para o segundo semestre, o que deve pressionar as cotações dos barris. A visão para o minério de ferro segue na mesma linha de risco de oferta e demanda.
Apesar da menor exposição geral, a Bradesco possui posições no setor. Quase que ao som de “The only exception”, do Paramore, a gestora elege a Prio (PRIO3) como uma das poucas exceções à regra.
Segundo Santoro, a petroleira júnior é uma empresa que, mesmo em cenários mais desafiadores para o petróleo, tem “alavancas micro tão relevantes que fazem com que sua história seja um pouco descorrelacionada ao preço de petróleo por si só”.
TRX Real Estate (TRXF11) abocanha novos imóveis e avança para o setor de educação; confira os detalhes das operações
O FII fez sua primeira compra no segmento de educação ao adquirir uma unidade da Escola Eleva, na Barra da Tijuca (RJ)
O estouro da bolsa brasileira: gestor rebate tese de bolha na IA e vê tecnologia abrindo janela de oportunidade para o Brasil
Em entrevista exclusiva ao Seu Dinheiro, Daniel Popovic, gestor da Franklin Templeton, rebate os temores de bolha nas empresas de inteligência artificial e defende que a nova tecnologia se traduzirá em crescimento de resultados para as empresas e produtividade para as economias
Aura (AURA33): small cap que pode saltar 50% está no pódio das ações para investir em dezembro segundo 9 analistas
Aura Minerals (AURA33) pode quase dobrar a produção; oferece exposição ao ouro; paga dividendos trimestrais consistentes e negocia com forte desconto.
CVM suspende 6 empresas internacionais por irregularidades na oferta de investimentos a brasileiros; veja quais são
Os sites, todos em português, se apresentam como plataformas de negociação em mercados globais, com ativos como moedas estrangeiras, commodities, metais, índices, ETFs, ações, criptoativos e outros
Bolsa perdeu R$ 183 bilhões em um único dia; Itaú Unibanco (ITUB4) teve maiores perdas
Essa é a maior queda desde 22 de fevereiro de 2021, ainda período da pandemia, e veio depois que Flávio Bolsonaro foi confirmado como candidato à presidência pelo PL
Do céu ao inferno: Ibovespa tem a maior queda desde 2021; dólar e juros disparam sob “efeito Flávio Bolsonaro”
Até então, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, era cotado como o mais provável candidato da direita, na avaliação do mercado, embora ele ainda não tivesse anunciado a intenção de concorrer à presidência
Pequenas e poderosas: Itaú BBA escolhe as ações small cap com potencial de saltar até 50% para carteira de dezembro
A Plano & Plano (PLP3) tem espaço para subir até 50,6%; já a Tenda (TEND3) pode ter valorização de 45,7%
Ibovespa sobe 1,65% e rompe os 164 mil pontos em forte sequência de recordes. Até onde o principal índice da bolsa pode chegar?
A política monetária, com o início do ciclo de cortes da Selic, é um dos gatilhos para o Ibovespa manter o sprint em 2026, mas não é o único; calculamos até onde o índice pode chegar e explicamos o que o trouxe até aqui
Ibovespa vai dar um salto de 18% e atingir os 190 mil pontos com eleições e cortes na Selic, segundo o JP Morgan
Os estrategistas reconhecem que o Brasil é um dos poucos mercados emergentes com um nível descontado em relação à média histórica e com o múltiplo de preço sobre lucro muito mais baixo do que os pares emergentes
Empresas listadas já anunciaram R$ 68 bilhões em dividendos do quarto trimestre — e há muito mais por vir; BTG aposta em 8 nomes
Levantamento do banco mostra que 23 empresas já anunciaram valor ordinários e extraordinários antes da nova tributação
Pátria Malls (PMLL11) vai às compras, mas abre mão de parte de um shopping; entenda o impacto no bolso do cotista
Somando as duas transações, o fundo imobiliário deverá ficar com R$ 40,335 milhões em caixa
BTLG11 é destronado, e outros sete FIIs disputam a liderança; confira o ranking dos fundos imobiliários favoritos para dezembro
Os oito bancos e corretoras consultados pelo Seu Dinheiro indicaram três fundos de papel, dois fundos imobiliários multiestratégia e dois FIIs de tijolo
A bolsa não vai parar: Ibovespa sobe 0,41% e renova recorde pelo 2º dia seguido; dólar cai a R$ 5,3133
Vale e Braskem brilham, enquanto em Nova York, a Microsoft e a Nvidia tropeçam e terminam a sessão com perdas
Vai ter chuva de dividendos neste fim de ano? O que esperar das vacas leiteiras da bolsa diante da tributação dos proventos em 2026
Como o novo imposto deve impactar a distribuição de dividendos pelas empresas? O analista da Empiricus, Ruy Hungria, responde no episódio desta semana do Touros e Ursos
Previsão de chuva de proventos: ação favorita para dezembro tem dividendos extraordinários no radar; confira o ranking completo
Na avaliação do Santander, que indicou o papel, a companhia será beneficiada pelas necessidades de capacidade energética do país
Por que o BTG acha que RD Saúde (RADL3) é uma das maiores histórias de sucesso do varejo brasileiro em 20 anos — e o que esperar para 2026
Para os analistas, a RADL3 é o “compounder perfeito”; entenda como expansão, tecnologia e medicamentos GLP-1 devem fortalecer a empresa nos próximos anos
A virada dos fundos de ações e multimercados vem aí: Fitch projeta retomada do apetite por renda variável no próximo ano
Após anos de volatilidade e resgates, a agência de risco projeta retomada gradual, impulsionada por juros mais favorável e ajustes regulatórios
As 10 melhores small caps para investir ainda em 2025, segundo o BTG
Enquanto o Ibovespa disparou 32% no ano até novembro, o índice Small Caps (SMLL) saltou 35,5% no mesmo período
XP vê bolsa ir mais longe em 2026 e projeta Ibovespa aos 185 mil pontos — e cinco ações são escolhidas para navegar essa onda
Em meio à expectativa de queda da Selic e revisão de múltiplos das empresas, a corretora espera aumento do fluxo de investidores estrangeiros e locais
A fome do TRXF11 ataca novamente: FII abocanha dois shoppings em BH por mais de R$ 257 milhões; confira os detalhes da operação
Segundo a gestora TRX, os imóveis estão localizados em polos consolidados da capital mineira, além de reunirem características fundamentais para o portfólio do FII
