Afinal, de onde vêm os problemas do Banco do Brasil (BBAS3) no agronegócio — e o que esperar no próximo balanço?
O BTG Pactual trouxe algumas respostas após um encontro com a diretoria do banco e revelou o que espera do resultado do 2T25; confira

Não é novidade que o Banco do Brasil (BBAS3) vem sofrendo com a forte pressão do agronegócio sobre os resultados.
Mas, afinal, de onde vêm os problemas do BB no agro, e até quando esses “vilões” continuarão pressionando os números da instituição?
O BTG Pactual trouxe algumas respostas após um encontro com a diretoria do banco — e também revelou o que espera do balanço do segundo trimestre de 2025 (2T25).
- GRÁTIS: Reportagens, análises e tudo o que você precisa saber sobre esta temporada de balanços para investir melhor; cadastre-se gratuitamente para acessar
De onde vêm os problemas do Banco do Brasil (BBAS3) no agronegócio?
Durante a reunião com os analistas do BTG, Marco Geovanne, diretor financeiro (CFO) do Banco do Brasil, detalhou os dois principais “culpados” que explicam a pressão sobre a carteira agrícola.
O primeiro é o desempenho recente do agronegócio. Muitos produtores viram suas margens encolherem e o endividamento crescer, o que afeta diretamente a capacidade de pagamento. No entanto, essas operações ainda seguem saudáveis, segundo Geovanne.
É por isso que o diretor do BB ainda é otimista quanto às tendências futuras.
Leia Também
Com a recuperação do fluxo de caixa — assumindo safras bem-sucedidas, claro — esses clientes devem conseguir honrar os compromissos com o Banco do Brasil daqui em diante, afirmou o CFO.
O segundo fator é mais complexo e difícil de conter: a chamada "judicialização predatória".
De acordo com Geovanne, muitas empresas do setor agro estão sendo abordadas “de forma oportunista” por escritórios de advocacia que oferecem a recuperação judicial como uma alternativa para reduzir o endividamento.
Isso impede que o Banco do Brasil execute suas garantias hipotecárias contra os calotes, complicando a gestão da carteira de crédito agrícola.
O agronegócio vai continuar a pressionar o balanço no 2T25?
O Banco do Brasil (BBAS3) já traçou estratégias para tentar mitigar os efeitos da judicialização no setor agrícola.
A principal medida será exigir mais garantias por meio de alienações fiduciárias nas próximas concessões de crédito, segundo o CFO.
Essa mudança visa proteger o banco de inadimplências futuras, além de aumentar a segurança das operações.
Apesar dos desafios no agronegócio, a administração do Banco do Brasil (BBAS3) segue confiante no potencial do novo crédito consignado privado, que é considerado uma peça-chave para a geração orgânica de capital no futuro, devido às margens elevadas.
O banco já originou cerca de R$ 5 bilhões nesse produto, com expectativa de inadimplência entre 2% e 3%.
O que esperar do resultado do Banco do Brasil (BBAS3) no 2T25?
Diante desse cenário, o BTG Pactual projeta mais uma rodada de pressão sobre a rentabilidade do Banco do Brasil (BBAS3) no segundo trimestre.
“É razoável esperar que o ROE (retorno sobre o patrimônio líquido) do BB fique no patamar de ‘dois dígitos baixos’ neste ano, em torno de 10% a 13%”, indicaram os analistas.
Segundo os analistas, isso pode levar o banco a adotar medidas de preservação de capital, como reduzir o payout de dividendos ou vender ativos e carteiras de crédito.
Na visão do BTG, o Banco do Brasil também pode trazer o guidance (projeção) para 2025 revisado no próximo balanço, o que poderá trazer mais clareza sobre o direcionamento da instituição nos próximos meses.
Ouro cai mais de 5% com correção de preço e tem maior tombo em 12 anos — Citi zera posição no metal precioso
É a pior queda diária desde 2013, em um movimento influenciado pelo dólar mais forte e perspectiva de inflação menor nos EUA
Por que o mercado ficou tão feliz com a prévia da Vamos (VAMO3) — ação chegou a subir 10%
Após divulgar resultados operacionais fortes e reforçar o guidance para 2025, os papéis disparam na B3 com investidores embalados pelo ritmo de crescimento da locadora de caminhões e máquinas
Brava Energia (BRAV3) enxuga diretoria em meio a reestruturação interna e ações têm a maior queda do Ibovespa
Companhia simplifica estrutura, une áreas estratégicas e passa por mudanças no alto escalão enquanto lida com interdição da ANP
Inspirada pela corrida pelo ouro, B3 lança Índice Futuro de Ouro (IFGOLD B3), 12° novo indicador do ano
Novo indicador reflete a crescente demanda pelo ouro, com cálculos diários baseados no valor de fechamento do contrato futuro negociado na B3
FII RCRB11 zera vacância do portfólio — e cotistas vão sair ganhando com isso
O contrato foi feito no modelo plug-and-play, em que o imóvel é entregue pronto para uso imediato
Recorde de vendas e retorno ao Minha Casa Minha Vida: é hora de comprar Eztec (EZTC3)? Os destaques da prévia do 3T25
BTG destaca solidez nos números e vê potencial de valorização nas ações, negociadas a 0,7 vez o valor patrimonial, após a Eztec registrar o maior volume de vendas brutas da sua história e retomar lançamentos voltados ao Minha Casa Minha Vida
Usiminas (USIM5) lidera os ganhos do Ibovespa e GPA (PCAR3) é a ação com pior desempenho; veja as maiores altas e quedas da semana
Bolsa se recuperou e retornou aos 143 mil pontos com melhora da expectativa para negociações entre Brasil e EUA
Como o IFIX sobe 15% no ano e captações de fundos imobiliários continuam fortes mesmo com os juros altos
Captações totalizam R$ 31,5 bilhões até o fim de setembro, 71% do valor captado em 2024 e mais do que em 2023 inteiro; gestores usam estratégias para ampliar portfólio de fundos
De operário a milionário: Vencedor da Copa BTG Trader operava “virado”
Agora milionário, trader operava sem dormir, após chegar do turno da madrugada em seu trabalho em uma fábrica
Apesar de queda com alívio nas tensões entre EUA e China, ouro tem maior sequência de ganhos semanais desde 2008
O ouro, considerado um dos ativos mais seguros do mundo, acumulou valorização de 5,32% na semana, com maior sequência de ganhos semanais desde setembro de 2008.
Roberto Sallouti, CEO do BTG, gosta do fundamento, mas não ignora análise técnica: “o mercado te deixa humilde”
No evento Copa BTG Trader, o CEO do BTG Pactual relembrou o início da carreira como operador, defendeu a combinação entre fundamentos e análise técnica e alertou para um período prolongado de volatilidade nos mercados
Há razão para pânico com os bancos nos EUA? Saiba se o país está diante de uma crise de crédito e o que fazer com o seu dinheiro
Mesmo com alertas de bancos regionais dos EUA sobre o aumento do risco de inadimplência de suas carteiras de crédito, o risco não parece ser sistêmico, apontam especialistas
Citi vê mais instabilidade nos mercados com eleições de 2026 e tarifas e reduz risco em carteira de ações brasileiras
Futuro do Brasil está mais incerto e analistas do Citi decidiram reduzir o risco em sua carteira recomendada de ações MVP para o Brasil
Kafka em Wall Street: Por que você deveria se preocupar com uma potencial crise nos bancos dos EUA
O temor de uma infestação no setor financeiro e no mercado de crédito norte-americano faz pressão sobre as bolsas hoje
B3 se prepara para entrada de pequenas e médias empresas na Bolsa em 2026 — via ações ou renda fixa
Regime Fácil prevê simplificação de processos e diminuição de custos para que companhias de menor porte abram capital e melhorem governança
Carteira ESG: BTG passa a recomendar Copel (CPLE6) e Eletrobras (ELET3) por causa de alta no preço de energia; veja as outras escolhas do banco
Confira as dez escolhas do banco para outubro que atendem aos critérios ambientais, sociais e de governança corporativa
Bolsa em alta: oportunidade ou voo de galinha? O que você precisa saber sobre o Ibovespa e as ações brasileiras
André Lion, sócio e CIO da Ibiuna, fala sobre as perspectivas para a Bolsa, os riscos de 2026 e o impacto das eleições presidenciais no mercado
A estratégia deste novo fundo de previdência global é investir somente em ETFs — entenda como funciona o novo ativo da Investo
O produto combina gestão passiva, exposição internacional e benefícios tributários da previdência em uma carteira voltada para o longo prazo
De fundo imobiliário em crise a ‘Pacman dos FIIs’: CEO da Zagros revela estratégia do GGRC11 — e o que os investidores podem esperar daqui para frente
Prestes a se unir à lista de gigantes do mercado imobiliário, o GGRC11 aposta na compra de ativos com pagamento em cotas. Porém, o executivo alerta: a estratégia não é para qualquer um
Dólar fraco, ouro forte e bolsas em queda: combo China, EUA e Powell ditam o ritmo — Ibovespa cai junto com S&P 500 e Nasdaq
A expectativa por novos cortes de juros nos EUA e novos desdobramentos da tensão comercial entre as duas maiores economias do mundo mexeram com os negócios aqui e lá fora nesta terça-feira (14)