Adeus, B3? Trump, risco fiscal e Selic elevada devem manter investidor estrangeiro afastado da bolsa brasileira em 2025
Volatilidade e a depreciação recentes do real fizeram o investidor estrangeiro ter uma visão mais negativa do Brasil

O ano de 2024 registrou o pior número de aportes externos na B3 desde 2020, ano de pandemia. E isso não é um bom presságio para 2025.
A mudança no calendário traz o retorno de Donald Trump à presidência dos Estados Unidos, o que sugere uma economia americana mais resiliente e menor interesse dos investidores por países emergentes.
No Brasil soma-se a perda de atratividade que já vem ocorrendo devido ao risco fiscal e à Selic elevada, segundo profissionais ouvidos pelo Broadcast.
O líder de renda variável do BNP Paribas Asset Management Brasil, Marcos Kawakami, afirma que a volatilidade e a depreciação recentes do real fizeram o investidor estrangeiro ter uma visão mais negativa do Brasil.
“Temos percebido um interesse maior do investidor estrangeiro pela Índia, que tem crescido em atividade e lucro das empresas”, exemplifica.
Diferentemente, a projeção para Brasil é de uma desaceleração na atividade econômica em 2025 frente 2024, enquanto a taxa Selic deve subir ainda mais e potencialmente prejudicar o balanço de companhias brasileiras.
Leia Também
Nem mesmo a aprovação do pacote de ajuste fiscal pelo Congresso, na última sessão legislativa de 2024, leva otimismo ao mercado.
O potencial impacto econômico ao redor de R$ 70 bilhões estimado pelo governo federal em dois anos foi diluído perante a apresentação do aumento da faixa de isenção do Imposto de Renda.
Segundo a head de assessoria de investimentos da Melver, Daiane Gubert, não há um sinal claro de compromisso fiscal por parte do governo.
Além da frustração com o ajuste fiscal prometido, a capacidade de entrega dos cortes gera dúvidas nos investidores, pontua Matheus Spiess, analista da Empiricus Research.
Estados Unidos atrai investidor estrangeiro
Além de competir com os outros emergentes, o Brasil deve disputar a atenção dos investidores com nada menos do que a maior economia do planeta.
Kawakami ressalta a boa performance apresentada pelos Estados Unidos já em 2024 — apoiada no fato do país ser referência em inteligência artificial — e que tende a continuar.
Para o chefe de economia para Brasil e de estratégia para América Latina do Bank of America (BofA), David Beker, o dólar deve se fortalecer globalmente com o retorno de Trump. Isso "sobe a barra" em termos de fluxo estrangeiro para países emergentes.
Ele disse, em evento com jornalistas em dezembro, que o BofA está mais otimista com os Estados Unidos e menos construtivo com o resto do mundo.
Apesar do recesso parlamentar, que míngua o noticiário em Brasília e pode aliviar um pouco os mercados no início do ano, a expectativa de Gubert, da Melver, é de um começo de 2025 volátil em relação ao capital externo para o Índice Bovespa.
“Penso que logo no início teremos volatilidade por causa do Trump, que se comunica muito pelas redes sociais. Não acho que o Brasil estará no foco dos estrangeiros, pois não tem nada aqui que seja atrativo”, avalia.
*Com informações do Estadão Conteúdo
Raízen (RAIZ4) e Braskem (BRKM5) derretem mais de 10% cada: o que movimentou o Ibovespa na semana
A Bolsa brasileira teve uma ligeira alta de 0,3% em meio a novos sinais de desaceleração econômica doméstica; o corte de juros está próximo?
Ficou barata demais?: Azul (AZUL4) leva puxão de orelha da B3 por ação abaixo de R$ 1; entenda
Em comunicado, a companhia aérea informou que tem até 4 de fevereiro de 2026 para resolver o problema
Nubank dispara 9% em NY após entregar rentabilidade maior que a do Itaú no 2T25 — mas recomendação é neutra, por quê?
Analistas veem limitações na capacidade de valorização dos papéis diante de algumas barreiras de crescimento para o banco digital
TRXF11 renova apetite por aquisições: FII adiciona mais imóveis no portfólio por R$ 98 milhões — e leva junto um inquilino de peso
Com a transação, o fundo imobiliário passa a ter 72 imóveis e um valor total investido de mais de R$ 3,9 bilhões em ativos
Banco do Brasil (BBAS3): Lucro de quase R$ 4 bilhões é pouco ou o mercado reclama de barriga cheia?
Resultado do segundo trimestre de 2025 veio muito abaixo do esperado; entenda por que um lucro bilionário não é o bastante para uma instituição como o Banco do Brasil (BBAS3)
FII anuncia venda de imóveis por R$ 90 milhões e mira na redução de dívidas; cotas sobem forte na bolsa
Após acumular queda de mais de 67% desde o início das operações na B3, o fundo imobiliário vem apostando na alienação de ativos do portfólio para reduzir passivos
“Basta garimpar”: A maré virou para as small caps, mas este gestor ainda vê oportunidade em 20 ações de ‘pequenas notáveis’
Em meio à volatilidade crescente no mercado local, Werner Roger, gestor da Trígono Capital, revelou ao Seu Dinheiro onde estão as principais apostas da gestora em ações na B3
Dólar sobe a R$ 5,4018 e Ibovespa cai 0,89% com anúncio de pacote do governo para conter tarifaço. Por que o mercado torceu o nariz?
O plano de apoio às empresas afetadas prevê uma série de medidas construídas junto aos setores produtivos, exportadores, agronegócio e empresas brasileiras e norte-americanas
Outra rival para a B3: CSD BR recebe R$ 100 milhões do Citi, Morgan Stanley e UBS para criar nova bolsa no Brasil
Investimento das gigantes financeiras é mais um passo para a empresa, que já tem licenças de operação do Banco Central e da CVM
HSML11 amplia aposta no SuperShopping Osasco e passa a deter mais de 66% do ativo
Com a aquisição, o fundo imobiliário concluiu a aquisição adicional do shopping pretendida com os recursos da 5ª emissão de cotas
Bolsas no topo e dólar na base: estas são as estratégias de investimento que o Itaú (ITUB4) está recomendando para os clientes agora
Estrategistas do banco veem um redirecionamento global de recursos que pode chegar ao Brasil, mas existem algumas condições pelo caminho
A Selic vai cair? Surpresa em dado de inflação devolve apetite ao risco — Ibovespa sobe 1,69% e dólar cai a R$ 5,3870
Lá fora os investidores também se animaram com dados de inflação divulgados nesta terça-feira (12) e refizeram projeções sobre o corte de juros pelo Fed
Patria Investimentos anuncia mais uma mudança na casa — e dessa vez não inclui compra de FIIs; veja o que está em jogo
A movimentação está sendo monitorada de perto por especialistas do setor imobiliário
Stuhlberger está comprando ações na B3… você também deveria? O que o lendário fundo Verde vê na bolsa brasileira hoje
A Verde Asset, que hoje administra mais de R$ 16 bilhões em ativos, aumentou a exposição comprada em ações brasileiras no mês passado; entenda a estratégia
FII dá desconto em aluguéis para a Americanas (AMER3) e cotas apanham na bolsa
O fundo imobiliário informou que a iniciativa de renegociação busca evitar a rescisão dos contratos pela varejista
FII RBVA11 anuncia venda de imóvel e movimenta mais de R$ 225 milhões com nova estratégia
Com a venda de mais um ativo, localizado em São Paulo, o fundo imobiliário amplia um feito inédito
DEVA11 vai dar mais dores de cabeça aos cotistas? Fundo imobiliário despenca mais de 7% após queda nos dividendos
Os problemas do FII começaram em 2023, quando passou a sofrer com a inadimplência de CRIs lastreados por ativos do Grupo Gramado Parks
Tarifaço de Trump e alta dos juros abrem oportunidade para comprar o FII favorito para agosto com desconto; confira o ranking dos analistas
Antes mesmo de subir no pódio, o fundo imobiliário já vinha chamando a atenção dos investidores com uma série de aquisições
Trump anuncia tarifa de 100% sobre chips e dispara rali das big techs; Apple, AMD e TSMC sobem, mas nem todas escapam ilesas
Empresas que fabricam em solo americano escapam das novas tarifas e impulsionam otimismo em Wall Street, mas Intel não conseguiu surfar a onda
Ações baratas e dividendos gordos: entenda a estratégia deste gestor para multiplicar retornos com a queda dos juros
Com foco em papéis descontados e empresas alavancadas, a AF Invest aposta em retomada da bolsa e distribuição robusta de proventos com a virada de ciclo da Selic