A bolsa perdeu o medo de Trump? O que explica o comportamento dos mercados na nova onda de tarifas do republicano
O presidente norte-americano vem anunciando uma série de tarifas contra uma dezena de países e setores, mas as bolsas ao redor do mundo não reagem como em abril, quando entraram em colapso; entenda por que isso está acontecendo agora

O presidente norte-americano, Donald Trump, anunciou nas últimas horas tarifas a 14 parceiros comerciais, taxou o cobre importado em 50% e disse que mais vem por aí — incluindo uma tributação mais pesada sobre o setor farmacêutico — e os mercados globais, até o momento, ignoram a gravidade da nova política comercial do republicano.
As bolsas até chegaram a operar em queda, devolvendo parte dos ganhos da semana passada, quando o Ibovespa e o S&P 500, por exemplo, renovaram máximas históricas no fechamento, mas a derrocada vista em abril, quando Trump anunciou as tarifas recíprocas no Dia da Libertação, ainda não foi vista nos mercados.
Basta ver o que aconteceu na segunda-feira (7). Trump enviou cartas aos líderes de Japão, Coreia do Sul, Malásia, Cazaquistão, África do Sul, Laos, Mianmar, Bósnia e Herzegovina, Tunísia, Indonésia, Bangladesh, Sérvia, Camboja e Tailândia. Cada carta estabeleceu novas tarifas — que variam de 25% a 40% a partir de 1 de agosto —- sobre mercadorias enviadas aos EUA.
- VEJA MAIS: Já está no ar o evento “Onde investir no 2º semestre de 2025”, do Seu Dinheiro, com as melhores recomendações de ações, FIIs, BDRs, criptomoedas e renda fixa
Os mercados da Ásia-Pacífico, vários dos quais devem ser diretamente impactados pelas novas tarifas, reagiram discretamente ao tarifaço hoje. O Nikkei 225, índice de referência do Japão, encerrou o dia com alta de 0,3%, enquanto o Kospi da Coreia do Sul avançou 1,8%.
Os mercados europeus também apresentaram desempenho moderado, negociando praticamente estáveis hoje: o índice pan-europeu Stoxx 600 caiu 0,09%, após oscilar entre leves perdas e ganhos ao longo da manhã.
Em Wall Street, as ações começaram o dia com ganhos e acabaram sem uma direção comum — o Dow Jones caiu 0,37%, o S&P 500 recuou 0,07% e o Nasdaq avançou 0,03%. No Brasil, o Ibovespa terminou o dia em queda de 0,13%, aos 139.302,85 pontos.
Leia Também
A reação é drasticamente diferente das oscilações bruscas observadas em abril, quando o anúncio inicial de tarifas recíprocas de Trump desencadeou uma liquidação global e a Capital Economics tem uma pista dos motivos para isso.
“Os mercados, em grande parte, ignoram as taxas mais recentes para se concentrar no prazo da reimposição das tarifas recíprocas que, como amplamente esperado, foi prorrogado”, diz a consultoria britânica.
O cenário-base da Capital Economics continua sendo o de que, em termos agregados, as tarifas efetivas dos EUA permanecerão em torno dos níveis atuais.
“Embora a continuidade do ruído em torno das taxações possa gerar alguma volatilidade no curto prazo, achamos que a barreira para outra grande liquidação continua bastante alta”, acrescenta a consultoria em nota.
ONDE INVESTIR NO 2º SEMESTRE DE 2025: Investir no mercado internacional? Trump, IA, China, dólar
O pior já passou?
Apesar da sensação de que o pior já passou, Trump reiterou que não haverá uma nova postergação para a entrada em vigor das tarifas, que passam a valer em 1 de agosto.
O mercado já esperava que o fim da pausa tarifária — previsto para esta quarta-feira (9) — fosse postergado, já que Trump vem adotando a mesma postura em outras situações.
- É nesse âmbito que o termo Taco Trump se popularizou. A sigla quer dizer Trump Always Chickens Out ou Trump Sempre Amarela, e vem sendo utilizada por analistas como sinônimo do vaivém nas tarifas.
Mas, vale lembrar que poucos foram os acordos comerciais fechados até o momento. Reino Unido, China e Vietnã estão na lista dos países que conseguiram se entender individualmente com o republicano — no caso da China, o entendimento foi sobre as terras raras e o mercado acredita que esse acordo abre caminho para a pausa na guerra comercial entre as duas maiores economias do mundo.
O fato é que Trump fez uma ofensiva comercial com o envio de cartas a 14 países, incluindo Japão e Coreia do Sul, com tarifas de 25% a 40% — no que muitos analistas estão chamando de Dia da Libertação II.
E o Dia da Libertação III pode estar a caminho: Trump deve enviar entre 15 e 20 cartas adicionais nos próximos dias informando as tarifas às quais os países estarão sujeitos. Além disso, ele traçou taxações ao cobre e mira também no setor farmacêutico.
Sequóia III Renda Imobiliária (SEQR11) consegue inquilino para imóvel vago há mais de um ano, mas cotas caem
O galpão presente no portfólio do FII está localizado na Penha, no Rio de Janeiro, e foi construído sob medida para a operação da Atento, empresa de atendimento ao cliente
Bolsa brasileira pode saltar 30% até o fim de 2025, mas sem rali de fim de ano, afirma André Lion. Essas são as 5 ações favoritas da Ibiuna para investir agora
Em entrevista exclusiva ao Seu Dinheiro, o sócio da Ibiuna abriu quais são as grandes apostas da gestora para o segundo semestre e revelou o que poderia atrapalhar a boa toada da bolsa
Cinco bancos perdem juntos R$ 42 bilhões em valor de mercado — e estrela da bolsa puxa a fila
A terça-feira (19) foi marcada por fortes perdas na bolsa brasileira diante do aumento das tensões entre Estados Unidos e o Brasil
As cinco ações do Itaú BBA para lucrar: de Sabesp (SBSP3) a Eletrobras (ELET3), confira as escolhidas após a temporada de resultados
Banco destaca empresas que superaram as expectativas no segundo trimestre em meio a um cenário desafiador para o Ibovespa
Dólar abaixo de R$ 5? Como a vitória de Trump na guerra comercial pode ser positiva para o Brasil
Guilherme Abbud, CEO e CIO da Persevera Asset, fala sobre os motivos para ter otimismo com os ativos de risco no Touros e Ursos desta semana
Exclusivo: A nova aposta da Kinea para os próximos 100 anos — e como investir como a gestora
A Kinea Investimentos acaba de revelar sua nova aposta para o próximo século: o urânio e a energia nuclear. Entenda a tese de investimento
Entra Cury (CURY3), sai São Martinho (SMTO3): bolsa divulga segunda prévia do Ibovespa
Na segunda prévia, a Cury fez sua estreia com 0,210% de peso para o período de setembro a dezembro de 2025, enquanto a São Martinho se despede do índice
Petrobras (PETR4), Gerdau (GGBR4) e outras 3 empresas pagam dividendos nesta semana; saiba quem recebe
Cinco companhias listadas no Ibovespa (IBOV) entregam dividendos e juros sobre capital próprio (JCP) aos acionistas na terceira semana de agosto
Howard Marks zera Petrobras e aposta na argentina YPF — mas ainda segura quatro ações brasileiras
A saída da petroleira estatal marca mais um corte de exposição brasileira, apesar do reforço em Itaú e JBS
Raízen (RAIZ4) e Braskem (BRKM5) derretem mais de 10% cada: o que movimentou o Ibovespa na semana
A Bolsa brasileira teve uma ligeira alta de 0,3% em meio a novos sinais de desaceleração econômica doméstica; o corte de juros está próximo?
Ficou barata demais?: Azul (AZUL4) leva puxão de orelha da B3 por ação abaixo de R$ 1; entenda
Em comunicado, a companhia aérea informou que tem até 4 de fevereiro de 2026 para resolver o problema
Nubank dispara 9% em NY após entregar rentabilidade maior que a do Itaú no 2T25 — mas recomendação é neutra, por quê?
Analistas veem limitações na capacidade de valorização dos papéis diante de algumas barreiras de crescimento para o banco digital
TRXF11 renova apetite por aquisições: FII adiciona mais imóveis no portfólio por R$ 98 milhões — e leva junto um inquilino de peso
Com a transação, o fundo imobiliário passa a ter 72 imóveis e um valor total investido de mais de R$ 3,9 bilhões em ativos
Banco do Brasil (BBAS3): Lucro de quase R$ 4 bilhões é pouco ou o mercado reclama de barriga cheia?
Resultado do segundo trimestre de 2025 veio muito abaixo do esperado; entenda por que um lucro bilionário não é o bastante para uma instituição como o Banco do Brasil (BBAS3)
FII anuncia venda de imóveis por R$ 90 milhões e mira na redução de dívidas; cotas sobem forte na bolsa
Após acumular queda de mais de 67% desde o início das operações na B3, o fundo imobiliário vem apostando na alienação de ativos do portfólio para reduzir passivos
“Basta garimpar”: A maré virou para as small caps, mas este gestor ainda vê oportunidade em 20 ações de ‘pequenas notáveis’
Em meio à volatilidade crescente no mercado local, Werner Roger, gestor da Trígono Capital, revelou ao Seu Dinheiro onde estão as principais apostas da gestora em ações na B3
Dólar sobe a R$ 5,4018 e Ibovespa cai 0,89% com anúncio de pacote do governo para conter tarifaço. Por que o mercado torceu o nariz?
O plano de apoio às empresas afetadas prevê uma série de medidas construídas junto aos setores produtivos, exportadores, agronegócio e empresas brasileiras e norte-americanas
Outra rival para a B3: CSD BR recebe R$ 100 milhões do Citi, Morgan Stanley e UBS para criar nova bolsa no Brasil
Investimento das gigantes financeiras é mais um passo para a empresa, que já tem licenças de operação do Banco Central e da CVM
HSML11 amplia aposta no SuperShopping Osasco e passa a deter mais de 66% do ativo
Com a aquisição, o fundo imobiliário concluiu a aquisição adicional do shopping pretendida com os recursos da 5ª emissão de cotas
Bolsas no topo e dólar na base: estas são as estratégias de investimento que o Itaú (ITUB4) está recomendando para os clientes agora
Estrategistas do banco veem um redirecionamento global de recursos que pode chegar ao Brasil, mas existem algumas condições pelo caminho