Oi (OIBR3) ‘se livra’ das obrigações da telefonia fixa: o que isso significa para a saúde financeira da companhia?
Acordo entre a União e a operadora foi aceito por todos os envolvidos; serviços de telefonia fixa serão mantidos até 2028, apenas em locais onde não há outra alternativa
A Oi (OIBR3) finalizou seu acordo com a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) e com o Ministério das Comunicações e não precisará mais lidar com os custos regulatórios de manter operações de telefonia fixa.
Em julho deste ano, a empresa já tinha conseguido a aprovação para mudar do modelo de concessão do Serviço Telefônico Fixo Comutado (STFC) para modelo de "autorização", em que o serviço é prestado somente em áreas "onde não há competição", com redução das obrigações e despesas regulatórias.
Ainda estava pendente ainda o aceite dos termos de autocomposição, que estabelece alguns compromissos da Oi com o serviço de telefone.
Agora, o acordo foi aceito e assinado, de forma consensual, por todos os envolvidos, possibilitando que a empresa caminhe rumo à recuperação financeira.
Em comunicado feito à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), a empresa afirmou que o desfecho é um “pilar fundamental na busca pela viabilidade operacional da Companhia, com vistas à superação de sua atual situação econômico-financeira e à continuidade de suas atividades.”
A ação está reagindo bem à decisão. Hoje, aproximadamente às 11h, OIBR3 estava com alta de 4,7%.
Leia Também
RD Saúde (RADL3) anuncia R$ 275 milhões em proventos, mas ações caem na bolsa
O que a Oi ainda precisa cumprir no acordo com a União?
Pelo termo de acordo, a Oi ainda deve manter o sistema de telefonia fixo em locais onde é a única provedora de serviço de voz, até no máximo 31 de dezembro de 2028.
Também deverá fazer investimentos de R$ 5,8 bilhões na construção de rede de fibra óptica submarina na região Sul, na construção de rede de fibra óptica submarina e subterrânea nas regiões Norte e Nordeste, bem como na construção de novos centros de dados (Data Centers) distribuídos pelo território brasileiro.
- LEIA TAMBÉM: Oi (OIBR3) recebe proposta de R$ 5,683 bilhões por negócio de fibra, mas não vai ver nem um real em dinheiro; entenda
O que esse passo significa para a Oi?
De acordo com a Oi, o modelo de autorização é mais condizente com a atual situação do setor no país, dado o declínio do serviço de telefonia fixa, hoje amplamente substituído pela telefonia móvel e, principalmente, pela internet (vide a penetração massiva do WhatsApp, que permite também ligações de voz).
“O que um dia foi um rentável monopólio natural, a telefonia fixa, e merecedor de atenções regulatórias, desapareceu. Sumiu o mercado, sumiu a viabilidade; restaram as obrigações e as multas”, escreveu o presidente da companhia, Matheus Bandeira, em artigo publicado no Brazil Journal.
Acompanhe todas as notícias sobre a Oi (OIBR3) que já publicamos clicando aqui.
Ambipar (AMBP3): STJ suspende exigência de depósito milionário do Deutsche Bank
Corte superior aceitou substituir a transferência dos R$ 168 milhões por uma carta de fiança e congelou a ordem do TJ-RJ até a conclusão da arbitragem
Sinal verde: Conselho dos Correios dá aval a empréstimo de R$ 20 bilhões para reestruturar a estatal
Com aprovação, a companhia avança para fechar o financiamento bilionário com cinco bancos privados, em operação que ainda depende do Tesouro e promete aliviar o caixa e destravar a reestruturação da empresa
Oi (OIBR3) consegue desbloqueio de R$ 517 milhões após decisão judicial
Medida permite à operadora acessar recursos bloqueados em conta vinculada à Anatel, enquanto ações voltam a oscilar na bolsa após suspensão da falência
WEG (WEGE3) pagará R$ 1,9 bilhão em dividendos e JCP aos acionistas; veja datas e quem recebe
Proventos refletem o desempenho resiliente da companhia, que registrou lucro em alta mesmo em cenário global incerto
O recado da Petrobras (PETR4) para os acionistas: “Provavelmente não teremos dividendos extraordinários entre 2026 e 2030”
Segundo o diretor financeiro da companhia, Fernando Melgarejo, é preciso cumprir o pré-requisito de fluxo de caixa operacional robusto, capaz de deixar a dívida neutra, para a distribuição de proventos adicionais
A ação do Assaí virou um risco? ASAI3 cai mais de 6% com a chegada dos irmãos Muffato; saiba o que fazer com o papel agora
Na quinta-feira (27), companhia informou que fundos controlados pelos irmãos Muffato adquiriram uma posição acionária de 10,3%
Anvisa manda recolher lotes de sabão líquido famoso por contaminação; veja quais são e o que fazer
Medida da Anvisa vale para lotes específicos e inclui a suspensão de venda e uso; produto capilar de outra marca também é retirado do mercado
O “bom problema” de R$ 40 bilhões da Axia Energia (AXIA3) — e como isso pode chegar ao bolso dos acionistas
A Axia Energia quer usar parte de seus R$ 39,9 bilhões em reservas e se preparar para a nova tributação de dividendos; entenda
Petrobras (PETR3) cai na bolsa depois de divulgar novo plano para o futuro; o que abalou os investidores?
Novo plano da Petrobras reduz capex para US$ 109 bi, eleva previsão de produção e projeta dividendos de até US$ 50 bi — mas ações caem com frustração do mercado sobre cortes no curto prazo
Stranger Things vira máquina de consumo: o que o recorde de parcerias da Netflix no Brasil revela sobre marcas e comportamento do consumidor
Stranger Things da Netflix parece um evento global que revela como marcas disputam a atenção do consumidor; entenda
Ordinários sim, extraordinários não: Petrobras (PETR4) prevê dividendos de até US$ 50 bilhões e investimento de US$ 109 bilhões em 5 anos
A estatal destinou US$ 78 bilhões para Exploração e Produção (E&P), valor US$ 1 bilhão superior ao do plano vigente (2025-2029); o segmento é considerado crucial para a petroleira
Vale (VALE3) e Itaú (ITUB4) pagarão dividendos e JCP bilionários aos acionistas; confira prazos e quem pode receber
O banco pagará um total de R$ 23,4 bilhões em proventos aos acionistas; enquanto a mineradora distribui R$ 3,58 por ação
Embraer (EMBJ3) pede truco: brasileira diz que pode rever investimentos nos EUA se Trump não zerar tarifas
A companhia havia anunciado em outubro um investimento de R$ 376 milhões no Texas — montante que faz parte dos US$ 500 milhões previstos para os próximos cinco anos e revelados em setembro
A Rede D’Or (RDOR3) pode mais: Itaú BBA projeta potencial de valorização de mais de 20% para as ações
O preço-alvo passou de R$ 51 para R$ 58 ao final de 2026; saiba o que o banco vê no caminho da empresa do setor de saúde
Para virar a página e deixar escândalos para trás, Reag Investimentos muda de nome e de ticker na B3
A reestruturação busca afastar a imagem da marca, que é considerada uma das maiores gestoras do país, das polêmicas recentes e dos holofotes do mercado
BRB ganha novo presidente: Banco Central aprova Nelson Souza para o cargo; ações chegam a subir mais de 7%
O então presidente do banco, Paulo Henrique Costa, foi afastado pela Justiça Federal em meio a investigações da Operação Compliance Zero
Raízen (RAIZ4) perde grau de investimento e é rebaixada para Ba1 pela Moody’s — e mais cortes podem vir por aí
A agência de classificação de risco avaliou que o atual nível da dívida da Raízen impõe restrições significativas ao negócio e compromete a geração de caixa
Dividendos robustos e corte de custos: o futuro da Allos (ALOS3) na visão do BTG Pactual
Em relatório, o banco destacou que a companhia tem adotado cautela ao considerar novos investimentos, na busca por manter a alavancagem sob controle
Mercado torce o nariz para Casas Bahia (BHIA3): ações derretem mais de 20% com aumento de capital e reperfilamento de dívidas
Apesar da forte queda das ações – que aconteceu com os investidores de olho em uma diluição das posições –, os analistas consideraram os anúncios positivos
Oncoclínicas (ONCO3): grupo de acionistas quer destituir conselho; entenda
O pedido foi apresentado por três fundos geridos pela Latache — Latache IV, Nova Almeida e Latache MHF I — que, juntos, representam cerca de 14,6% do capital social da companhia
