Rodolfo Amstalden: Onde é traçada a fronteira entre o intrínseco e o sistêmico?
O indicador macro mais aguardado da semana deveria ser o PCE americano, mas o resultado da Nvidia é o destaque no mercado
Respeitando a praxe dos fechamentos de mês, o indicador macro mais aguardado da semana deveria ser o Núcleo da inflação do consumo (PCE) americano, agendado para sexta-feira.
Mas suponha que o RH te obrigue a pegar um dia de descanso, isolado do mundo. Por algum motivo idiota, você só pode escolher quarta-feira ou sexta-feira; e aí, o que você escolhe?
Hoje é dia de resultado da Nvidia, e isso muda tudo.
Tempos atrás, apenas os acionistas de Nvidia estariam interessados nos números da empresa.
No entanto, desde o início de 2023, o evento foi ganhando contornos sistêmicos, para agora se tornar um dos marcos obrigatórios do calendário financeiro universal.
Há uma discussão legítima e profunda sobre se Nvidia é ou não uma meme stock, amarrada no debate sobre o próprio conceito de meme stock.
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Na versão mais superficial, em que as meme stocks são catapultadas tão somente pelo frenesi das redes sociais, Nvidia não se encaixa muito bem.
Já conforme a provocação moderna de que o valor metonímico de uma ação pode superar em várias vezes seu valor intrínseco, a definição cai como uma luva.
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O entusiasmo com a Nvidia
No caso, a empresa parece sintetizar não apenas o entusiasmo técnico com a inteligência artificial, mas toda uma esperança de que as coisas chatas do mundo possam ser 100% terceirizadas (ao menos até percebermos que essas coisas chatas ajudam a dar sentido à vida).
E isso não é para dizer que aqui não existe valor intrínseco, pois certamente existe. O crescimento dos resultados é impressionante, e a capacidade de bater guidances ambiciosos também demanda respeito para com a "tese fundamentalista" de Nvidia.
Porém, não deixa de soar estranho que o evento mais importante do calendário seja o resultado trimestral de uma única empresa, qualquer que ela seja.
Desde que o ChatGPT ganhou publicidade ampla, em novembro de 2022, a capitalização de mercado de Nvidia aumentou em mais de 3 trilhões (!) de dólares.
Como consequência, a ação passou a responder por 6,5% do peso do S&P 500, pisoteando qualquer outro recorde histórico de guinada instantânea rumo ao topo.
Isso não é uma maluquice?
Imaginar que, daqui a um ano, um ticker hoje desconhecido pode vir a ser uma das forças determinantes por trás do principal índice de ações do mundo?
E, se isso é verdade, o oposto pode ser verdade também. Quem é grande pode desaparecer em questão de minutos.
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