Ibovespa entre piques e repiques: Bolsa brasileira fica a reboque de dados do payroll nos EUA; confira o que movimenta os mercados hoje
Ibovespa rompe sequência de quedas e novos ganhos estão sujeitos a dados econômicos dos EUA; mercados também digerem PIB na zona do Euro e superávit comercial da China

O Ibovespa tem caído com tanta convicção em 2024 que já tinha gente achando que a bolsa brasileira nunca mais voltaria a subir.
A impressão foi contrariada ontem com uma alta de 1,23%. A dúvida agora é se tudo não passou de um repique depois de uma longa sequência negativa ou se o Ibovespa vai dar um pique e, eventualmente, buscar novos recordes em um futuro próximo.
De qualquer modo, os investidores não têm muito tempo para respirar. As bolsas internacionais amanheceram no vermelho nesta sexta-feira. O rumo dos negócios, porém, vai depender do resultado do payroll.
Os números do mercado de trabalho norte-americano serão usados para calibrar as expectativas dos investidores em relação aos próximos passos do Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos).
Em uma semana na qual outros indicadores sobre o mercado de trabalho foram bem recebidos, analistas esperam estabilidade na criação de postos de trabalho nos EUA.
Enquanto isso, o superávit comercial da China cresceu mais que o esperado e o PIB da zona do euro veio em linha com as estimativas.
Leia Também
O salvador da pátria para a Raízen, e o que esperar dos mercados hoje
Felipe Miranda: Um conto de duas cidades
Por aqui, o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, e os diretores Gabriel Galípolo e Paulo Picchetti participam de eventos públicos ao longo do dia.
O que você precisa saber hoje
SEXTOU COM O RUY
Lucros e dividendos das seguradoras estão em risco após as enchentes? Não para a minha preferida do setor. O colunista Ruy Hungria não espera grande redução do lucro por conta da catástrofe nos resultados dessa companhia que, além de um histórico operacional muito resiliente, negocia por múltiplos interessantes.
SAINDO DA HIBERNAÇÃO
A pressão de Lula deu certo? Petrobras (PETR4) aprova retomada de fábrica de fertilizantes — veja o que estava em jogo para a volta da unidade. A aprovação já era dada como certa pelo mercado e a previsão é que a operação seja reiniciada no segundo semestre de 2025.
AGORA VAI?
O governo quer que Vale (VALE3), Samarco e BHP desembolsem R$ 109 bilhões em dinheiro novo por desastre em Mariana. A proposta original dos governos era de R$ 126 bilhões, mas as autoridades concordaram em reduzir o valor para destravar as negociações com as mineradoras.
DINHEIRO NO BOLSO
Bancões pagam dividendos bilionários: Bradesco (BBDC4) e Itaú (ITUB4) aprovam mais de R$ 4 bilhões em JCP; confira os prazos. Conselhos de administração dos bancos aprovaram mais uma distribuição de juros sobre o capital próprio para quem estiver na base acionária em junho.
ENTRE SECAS E TERREMOTOS
Mudanças climáticas geram prejuízo mundial de US$ 45 bilhões no 1T24 — e Brasil não conseguiu escapar. Das perdas vistas entre janeiro e março, apenas US$ 17 bilhões em prejuízos eram segurados, segundo relatório da Aon.
Uma boa sexta-feira e um excelente fim de semana para você!
Rodolfo Amstalden: Só um momento, por favor
Qualquer aposta que fizermos na direção de um trade eleitoral deverá ser permeada e contida pela indefinição em relação ao futuro
Cada um tem seu momento: Ibovespa tenta manter o bom momento em dia de pacote de Lula contra o tarifaço
Expectativa de corte de juros nos Estados Unidos mantém aberto o apetite por risco nos mercados financeiros internacionais
De olho nos preços: Ibovespa aguarda dados de inflação nos Brasil e nos EUA com impasse comercial como pano de fundo
Projeções indicam que IPCA de julho deve acelerar em relação a junho e perder força no acumulado em 12 meses
As projeções para a inflação caem há 11 semanas; o que ainda segura o Banco Central de cortar juros?
Dados de inflação no Brasil e nos EUA podem redefinir apostas em cortes de juros, caso o impacto tarifário seja limitado e os preços continuem cedendo
Felipe Miranda: Parada súbita ou razões para uma Selic bem mais baixa à frente
Uma Selic abaixo de 12% ainda seria bastante alta, mas já muito diferente dos níveis atuais. Estamos amortecidos, anestesiados pelas doses homeopáticas de sofrimento e pelo barulho da polarização política, intensificada com o tarifaço
Ninguém segura: Ibovespa tenta manter bom momento em semana de balanços e dados de inflação, mas tarifaço segue no radar
Enquanto Brasil trabalha em plano de contingência para o tarifaço, trégua entre EUA e China se aproxima do fim
O que Donald Trump e o tarifaço nos ensinam sobre negociação com pessoas difíceis?
Somos todos negociadores. Você negocia com seu filho, com seu chefe, com o vendedor ambulante. A diferença é que alguns negociam sem preparo, enquanto outros usam estratégias.
Efeito Trumpoleta: Ibovespa repercute balanços em dia de agenda fraca; resultado da Petrobras (PETR4) é destaque
Investidores reagem a balanços enquanto monitoram possível reunião entre Donald Trump e Vladimir Putin
Ainda dá tempo de investir na Eletrobras (ELET3)? A resposta é sim — mas não demore muito
Pelo histórico mais curto (como empresa privada) e um dividendo até pouco tempo escasso, a Eletrobras ainda negocia com um múltiplo de cinco vezes, mas o potencial de crescimento é significativo
De olho no fluxo: Ibovespa reage a balanços em dia de alívio momentâneo com a guerra comercial e expectativa com Petrobras
Ibovespa vem de três altas seguidas; decisão brasileira de não retaliar os EUA desfaz parte da tensão no mercado
Rodolfo Amstalden: Como lucrar com o pegapacapá entre Hume e Descartes?
A ocasião faz o ladrão, e também faz o filósofo. Há momentos convidativos para adotarmos uma ou outra visão de mundo e de mercado.
Complicar para depois descomplicar: Ibovespa repercute balanços e início do tarifaço enquanto monitora Brasília
Ibovespa vem de duas leves altas consecutivas; balança comercial de julho é destaque entre indicadores
Anjos e demônios na bolsa: Ibovespa reage a balanços, ata do Copom e possível impacto de prisão de Bolsonaro sobre tarifaço de Trump
Investidores estão em compasso de espera quanto à reação da Trump à prisão domiciliar de Bolsonaro
O Brasil entre o impulso de confrontar e a necessidade de negociar com Trump
Guerra comercial com os EUA se mistura com cenário pré-eleitoral no Brasil e não deixa espaço para o tédio até a disputa pelo Planalto no ano que vem
Felipe Miranda: Em busca do heroísmo genuíno
O “Império da Lei” e do respeito à regra, tão caro aos EUA e tão atrelado a eles desde Tocqueville e sua “Democracia na América”, vai dando lugar à necessidade de laços pessoais e lealdade individual, no que, inclusive, aproxima-os de uma caracterização tipicamente brasileira
No pain, no gain: Ibovespa e outras bolsas buscam recompensa depois do sacrifício do último pregão
Ibovespa tenta acompanhar bolsas internacionais às vésperas da entra em vigor do tarifaço de Trump contra o Brasil
Gen Z stare e o silêncio que diz (muito) mais do que parece
Fomos treinados a reconhecer atenção por gestos claros: acenos, olho no olho, perguntas bem colocadas. Essa era a gramática da interação no trabalho. Mas e se os GenZs estiverem escrevendo com outra sintaxe?
Sem trégua: Tarifaço de Trump desata maré vermelha nos mercados internacionais; Ibovespa também repercute Vale
Donald Trump assinou na noite de ontem decreto com novas tarifas para mais de 90 países que fazem comércio com os EUA; sobretaxa de 50% ao Brasil ficou para a semana que vem
A ação que caiu com as tarifas de Trump mas, diferente de Embraer (EMBR3), ainda não voltou — e segue barata
Essas ações ainda estão bem abaixo dos níveis de 8 de julho, véspera do anúncio da taxação ao Brasil — o que para mim é uma oportunidade, já que negociam por apenas 4 vezes o Ebitda
O amarelo, o laranja e o café: Ibovespa reage a tarifaço aguado e à temporada de balanços enquanto aguarda Vale
Rescaldo da guerra comercial e da Super Quarta competem com repercussão de balanços no Brasil e nos EUA