O dólar não vai parar de subir? Moeda americana segue acima de R$ 6 e bancão diz o que esperar para o fim do ano e para 2025
O UBS BB também fez projeções para a taxa de juros no Brasil; Banco Central tem reunião marcada para a próxima semana — a última sob o comando de Roberto Campos Neto

A escalada do dólar não dá tréguas. O investidor que olha para o mercado nesta segunda-feira (2) já viu a moeda norte-americana renovar máxima intradia e trilhar o caminho dos R$ 6,10. Segundo o UBS BB, o câmbio a R$ 5 é, agora, um sonho mais distante para os brasileiros.
O mau humor com as medidas fiscais se estende na sessão de hoje, com o agravante da redução de R$ 1,7 bilhão no bloqueio do Orçamento deste ano — que passou de R$ 19,3 bilhões para R$ 17,6 bilhões, em vez dos R$ 6 bilhões anunciados há uma semana para cumprir o arcabouço fiscal.
Além do maior prêmio de risco fiscal no Brasil, a piora externa contribui com a valorização do dólar hoje. De maneira geral, as moedas emergentes recuam ante o dólar após a ameaça de Trump taxar em 100% os países dos Brics no caso de o bloco — do qual o Brasil faz parte — não usar a moeda norte-americana em suas transações.
O dólar encerrou o dia com alta de 1,11%, a R$ 6,0680. Na máxima da sessão, a moeda norte-americana — que acumula ganho de 25% no ano — chegou a R$ 6,0919 Na sexta-feira (29), o dólar chegou a R$ 6,1155 no pico do dia.
Já o Ibovespa recuou 0,34%, aos 125.235,54 pontos. O principal índice da bolsa brasileira sentiu os efeitos da cautela com o fiscal, o exterior e a desancoragem da inflação por aqui.
Sobre isso, o futuro presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, disse em evento mais cedo que a falta de ancoragem das expectativas é um tema que incomoda a autoridade monetária há algum tempo.
Leia Também
Rodolfo Amstalden: Falta pouco agora
Dólar a R$ 5: um sonho distante
A questão fiscal e a disparada do dólar pesam sobre as previsões do UBS BB.
O banco suíço passou a prever que o BC brasileiro adotará o ritmo de alta de juros de 0,75 ponto porcentual a partir da próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), marcada para 11 de dezembro — a última sob o comando de Roberto Campos Neto.
Além disso, o UBS BB incorporou mais duas elevações do mesmo calibre para a Selic nas reuniões de janeiro e março. Atualmente, os juros no Brasil estão em 11,25%.
Para o dólar, o banco suíço projeta cotação de R$ 6,00 ao final deste e do próximo ano — o que fez a projeção de inflação do banco para o IPCA de 2025 subir de 3,5% para 4,0%.
O CONGRESSO NACIONAL faz de TUDO para atrapalhar o andamento do GOVERNO
Na avaliação do UBS BB, o anúncio do pacote fiscal do governo na semana passada deveria ser um tiro contra as expectativas negativas, mas acabou sendo um tiro n'água.
Para o banco, o valor prometido veio em linha com o esperado, mas a composição do anúncio decepcionou, já que questões como os pisos constitucionais de saúde e educação não foram enfrentadas.
Além disso, boa parte das medidas ainda precisará de aprovação do Congresso, o que deve atrasar os impactos — o banco calcula que a economia prometida pelo governo, de R$ 70 bilhões entre 2025 e 2026 não será atingida, sendo mais provável um efeito líquido de R$ 46 bilhões nos próximos dois anos.
O UBS BB também critica a apresentação, junto ao pacote, do projeto de isenção do Imposto de Renda para quem tem renda de até R$ 5 mil por mês. Além do timing errado, a avaliação é de que a compensação para a isenção — impostos maiores para quem tem renda acima de R$ 50 mil — pode não ser suficiente.
Tony Volpon: EUA, novo mercado emergente
Não tenham dúvidas: chegamos todos na beira do abismo neste mês de abril. Por pouco não caímos.
Planos pré-feriado: Ibovespa se prepara para semana mais curta, mas cheia de indicadores e balanços
Dados sobre o mercado de trabalho no Brasil e nos EUA, balanços e 100 dias de Trump são os destaques da semana
FI-Infras apanham na bolsa, mas ainda podem render acima da Selic e estão baratos agora, segundo especialistas; entenda
A queda no preço dos FI-Infras pode ser uma oportunidade para investidor comprar ativos baratos e, depois, buscar lucros com a valorização; entenda
Se errei, não erro mais: Google volta com o conversor de real para outras moedas e adiciona recursos de segurança para ter mais precisão nas cotações
A ferramenta do Google ficou quatro meses fora do ar, depois de episódios nos quais o conversor mostrou a cotação do real bastante superior à realidade
Vale (VALE3) sem dividendos extraordinários e de olho na China: o que pode acontecer com a mineradora agora; ações caem 2%
Executivos da companhia, incluindo o CEO Gustavo Pimenta, explicam o resultado financeiro do primeiro trimestre e alertam sobre os riscos da guerra comercial entre China e EUA nos negócios da empresa
Deixa a bolsa me levar: Ibovespa volta a flertar com máxima histórica em dia de IPCA-15 e repercussão de balanço da Vale
Apesar das incertezas da guerra comercial de Donald Trump, Ibovespa está a cerca de 2% de seu recorde nominal
Hypera (HYPE3): quando a incerteza joga a favor e rende um lucro de mais de 200% — e esse não é o único caso
A parte boa de trabalhar com opções é que não precisamos esperar maior clareza dos resultados para investir. Na verdade, quanto mais incerteza melhor, porque é justamente nesses casos em que podemos ter surpresas agradáveis.
Dona do Google vai pagar mais dividendos e recomprar US$ 70 bilhões em ações após superar projeção de receita e lucro no trimestre
A reação dos investidores aos números da Alphabet foi imediata: as ações chegaram a subir mais de 4% no after market em Nova York nesta quinta-feira (24)
Subir é o melhor remédio: ação da Hypera (HYPE3) dispara 12% e lidera o Ibovespa mesmo após prejuízo
Entenda a razão para o desempenho negativo da companhia entre janeiro e março não ter assustado os investidores e saiba se é o momento de colocar os papéis na carteira ou se desfazer deles
Por que o ouro se tornou o porto seguro preferido dos investidores ante a liquidação dos títulos do Tesouro americano e do dólar?
Perda de credibilidade dos ativos americanos e proteção contra a inflação levam o ouro a se destacar neste início de ano
Fim da linha para o dólar? Moeda ainda tem muito a cair, diz economista-chefe do Goldman Sachs
Desvalorização pode vir da relutância dos investidores em se exporem a investimentos dos EUA diante da guerra comercial com a China e das incertezas tarifárias, segundo Jan Hatzius
O que está derrubando Wall Street não é a fuga de investidores estrangeiros — o JP Morgan identifica os responsáveis
Queda de Wall Street teria sido motivada pela redução da exposição dos fundos de hedge às ações disponíveis no mercado dos EUA
A culpa é da Gucci? Grupo Kering entrega queda de resultados após baixa de 25% na receita da principal marca
Crise generalizada do mercado de luxo afeta conglomerado francês; desaceleração já era esperada pelo CEO, François Pinault
OPA do Carrefour (CRFB3): com saída de Península e GIC do negócio, o que fazer com as ações?
Analistas ouvidos pelo Seu Dinheiro indicam qual a melhor estratégia para os pequenos acionistas — e até uma ação alternativa para comprar com os recursos
Tudo tem um preço: Ibovespa tenta manter o bom momento, mas resposta da China aos EUA pode atrapalhar
China nega que esteja negociando tarifas com os Estados Unidos e mercados internacionais patinam
Rodolfo Amstalden: Seu frouxo, eu mando te demitir, mas nunca falei nada disso
Ameaçar Jerome Powell de demissão e chamá-lo de frouxo (“a major loser”), pressionando pela queda da taxa básica, só tende a corromper o dólar e alimentar os juros de longo prazo
Ação da Neoenergia (NEOE3) sobe 5,5% após acordo com fundo canadense e chega ao maior valor em cinco anos. Comprar ou vender agora?
Bancos que avaliaram o negócio não tem uma posição unânime sobre o efeito da venda no caixa da empresa, mas são unânimes sobre a recomendação para o papel
Bolsa nas alturas: Ibovespa sobe 1,34% colado na disparada de Wall Street; dólar cai a R$ 5,7190 na mínima do dia
A boa notícia que apoiou a alta dos mercados tanto aqui como lá fora veio da Casa Branca e também ajudou as big techs nesta quarta-feira (23)
JBS (JBSS3) aprova assembleia para votar dupla listagem na bolsa de Nova York e prevê negociações em junho; confira os próximos passos
A listagem na bolsa de valores de Nova York daria à JBS acesso a uma base mais ampla de investidores. O processo ocorre há alguns anos, mas ainda restam algumas etapas pela frente
Agora 2025 começou: Ibovespa se prepara para seguir nos embalos da festa do estica e puxa de Trump — enquanto ele não muda de ideia
Bolsas internacionais amanheceram em alta nesta quarta-feira diante dos recuos de Trump em relação à guerra comercial e ao destino de Powell