Marca de luxo Hugo Boss prevê vendas abaixo da meta e tem pior dia na bolsa alemã em quase 10 anos
As ações da companhia caíram mais de 18% nesta quinta-feira (7); por volta de 13h (horário de Brasília), os papéis eram cotados a 53,94 euros

O setor de varejo de luxo é um dos poucos que são aparentemente “à prova de crises”. Mas a Hugo Boss acabou quebrando esse paradigma nesta quinta-feira (7).
As ações da marca alemã de moda voltada ao público de altíssima renda despencaram 18% na manhã desta quinta-feira (7), na bolsa de Frankfurt. O recuo marca o pior dia de negociação do papel desde 2016.
A forte queda tem motivo: a previsão de que a companhia não deve cumprir a meta de vendas para 2025, em meio ao enfraquecimento da demanda dos produtos.
Segundo a Hugo Boss, as vendas devem crescer mais lentamente no próximo ano, uma projeção que parece ir contra o resultado do ano passado.
Em 2023, a marca de luxo registrou um crescimento recorde, com aumento de 18% em vendas na comparação com o ano anterior. Ao todo, a companhia teve uma receita de 4,2 mil milhões de euros — o que equivale a 4,6 mil milhões de dólares.
Para 2024, a expectativa da marca é de crescimento de 3% a 6%.
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Hugo Boss: uma crise já anunciada no setor de luxo?
A revisão para baixo das métricas da companhia de luxo tem, pelo menos, um fator à mesa: as condições macroeconômicas e geopolíticas.
Seja a permanência dos juros no maior nível da história, em 4% ao ano, na Zona do Euro, seja os impactos dos conflitos no Oriente Médio — principalmente sobre a inflação global —, devem resultar no esfriamento da demanda dos consumidores com a redução dos gastos em artigos de luxo. Acompanhe a cobertura de mercados.
Nesse sentido, a expectativa negativa da Hugo Boss não é isolada. As marcas de luxo Burberry e LVMH já reportaram desaceleração no crescimento de vendas.
Em entrevista à CNBC, o CEO da Hugo Boss, Daniel Grieder, afirmou que a ambição da empresa de atingir 5 mil milhões de euros em vendas – originalmente prevista para 2025 – pode ser “ligeiramente adiada”.
Mesmo assim, o executivo disse que a companhia está bem posicionada como uma marca de “luxo acessível”, o que pode trazer certa flexibilidade dos preços sem comprometer as margens.
“Somos um luxo acessível ou uma marca premium superior. Acho que a relação preço-valor do nosso produto é exatamente a coisa certa... e esse é o ponto ideal onde achamos que estamos bem posicionados”, disse ele.
*Com informações de CNBC
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