Fundo imobiliário GARE11 anuncia novo aumento de dividendos; confira os planos do gestor para manter os proventos em alta
De acordo com Gustavo Asdourian, o plano é buscar novas oportunidades para vender ativos da carteira do FII comprados a preços mais baixos com lucro
A semana da Páscoa está cheia de boas notícias para quem investe no Guardian Real Estate (GARE11). Dois dias após anunciar a compra de mais de duas dezenas de imóveis, o fundo imobiliário voltou à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) com mais uma novidade: um aumento nos dividendos.
O FII deve distribuir R$ 0,087 por cota em abril. A cifra é superior à paga em março e está dentro da projeção divulgada no início do mês. Por falar no guidance, a estimativa anterior, que estava entre R$ 0,084 a R$ 0,087 por cota, foi positivamente "recalibrada", para R$ 0,085 a R$ 0,088 por cota.
A mudança ocorre após o GARE11 acordar os termos para as aquisições já citadas e concluir a venda do complexo logístico BRF Salvador por R$ 280 milhões. Sócio fundador da Guardian, a gestora do fundo, Gustavo Asdourian, destaca, em entrevista ao Seu Dinheiro, que esse último negócio deu um lucro muito relevante, calculado em R$ 51 milhões, e garantirá proventos fartos no curto e médio prazo.
“Como fizemos a venda de forma parcelada, esse lucro será reconhecido ao longo do tempo. Teremos um resultado acumulado para manter o nível alto de dividendos por cerca de dois anos”, diz Asdourian.
- LEIA TAMBÉM: 5 fundos imobiliários para comprar agora e buscar “aluguéis” na conta em forma de proventos
GARE11 deve seguir reciclando ativos
Mas, mesmo com uma distribuição elevada já garantida, a gestão não deve parar de buscar maneiras de gerar ainda mais ganhos aos cotistas.
De acordo com Asdourian, o plano é buscar novas oportunidades para vender ativos da carteira do FII comprados a preços mais baixos — ou com contratos já maduros em termos de reajustes de preços — com lucro.
Leia Também
Essa estratégia de reciclagem do portfólio ganhou um reforço nesta semana com a aquisição de 21 lojas do Pão de Açúcar e do Grupo Mateus. O “pacote”, que totaliza 140 mil metros quadrados em Área Bruta Locável (ABL), é formado por 20 ativos de renda urbana e um de logística.
A compra marca a ampliação na tese do fundo — que anteriormente era chamado de Guardian Logística (GALG11) e, como indica o nome, focava nesse segmento. E, conforme conta o gestor, facilita também a prospecção de oportunidades no mercado.
“Antes, o fundo só tinha grandes galpões como o da BRF, e é difícil encontrar alguém com um alto volume de recursos para reciclar a carteira. Agora, com diversas lojas de renda urbana a um valor proporcionalmente menor, fica bem mais fácil.”
Prova disso é que a gestora já tem propostas avançadas para vender três das lojas que entrarão no portfólio, com lucro na casa dos 20%.
- Receber aluguéis na conta sem ter imóveis é possível através dos fundos imobiliários: veja as 5 top picks no setor para comprar agora, segundo o analista Caio Araujo
Vem oferta de cotas por aí?
Além das potenciais alienações, o fundo também pode anunciar compras no futuro próximo. Ainda segundo o gestor, há negociações avançadas para trazer mais ativos de renda urbana e logística para o portfólio.
Perguntado se o pipeline de potenciais aquisições, que já supera os R$ 750 milhões, pode fazer com que o fundo imobiliário anuncie uma nova emissão de cotas, Asdourian diz que não descarta a hipótese de voltar ao mercado.
Vale relembrar que o GARE11 realizou uma oferta no ano passado. Com alta demanda, a operação superou a previsão inicial de captação de R$ 500 milhões e levantou R$ 625 milhões para os cofres do FII — dinheiro que foi utilizado para bancar a aquisição desta semana.
A Selic em queda contribui bastante para o aquecimento do mercado de fundos de tijolo. Principalmente no nosso caso, em que o dividendo está em um nível elevado e acima do CDI, a tendência é que a cota tenha um bom desempenho, o que favorece uma emissão. Não temos nada previsto para o curtíssimo prazo, mas enxergamos o ano como positivo para novas captações e é claro que vamos querer aproveitar quando tivermos oportunidade
Gustavo Asdourian, Guardian
Chuva de dividendos ainda não acabou: mais de R$ 50 bilhões ainda devem pingar na conta em 2025
Mesmo após uma enxurrada de proventos desde outubro, analistas veem espaço para novos anúncios e pagamentos relevantes na bolsa brasileira
Corrida contra o imposto: Guararapes (GUAR3) anuncia R$ 1,488 bilhão em dividendos e JCP com venda de Midway Mall
A companhia anunciou que os recursos para o pagamento vêm da venda de sua subsidiária Midway Shopping Center para a Capitânia Capital S.A por R$ 1,61 bilhão
Ação que triplicou na bolsa ainda tem mais para dar? Para o Itaú BBA, sim. Gatilho pode estar próximo
Alta de 200% no ano, sensibilidade aos juros e foco em rentabilidade colocam a Movida (MOVI3) no radar, como aposta agressiva para capturar o início do ciclo de cortes da Selic
Flávio Bolsonaro presidente? Saiba por que o mercado acendeu o sinal amarelo para essa possibilidade
Rodrigo Glatt, sócio-fundador da GTI, falou no podcast Touros e Ursos desta semana sobre os temores dos agentes financeiros com a fragmentação da oposição frente à reeleição do atual presidente Luiz Inácio Lula da Silva
‘Flávio Day’ e eleições são só ruído; o que determina o rumo do Ibovespa em 2026 é o cenário global, diz estrategista do Itaú
Tendência global de queda do dólar favorece emergentes, e Brasil ainda deve contar com o bônus da queda na taxa de juros
Susto com cenário eleitoral é prova cabal de que o Ibovespa está em “um claro bull market”, segundo o Santander
Segundo os analistas do banco, a recuperação de boa parte das perdas com a notícia sobre a possível candidatura do senador é sinal de que surpresas negativas não são o suficiente para afugentar investidores
Estas 17 ações superaram os juros no governo Lula 3 — a principal delas entregou um retorno 20 vezes maior que o CDI
Com a taxa básica de juros subindo a 15% no terceiro mandato do presidente Lula, o CDI voltou a assumir o papel de principal referência de retorno
Alta de 140% no ano é pouco: esta ação está barata demais para ser ignorada — segundo o BTG, há espaço para bem mais
O banco atualizou a tese de investimentos para a companhia, reiterando a recomendação de compra e elevando o preço-alvo para os papéis de R$ 14 para R$ 21,50
Queda brusca na B3: por que a Azul (AZUL4) despenca 22% hoje, mesmo com a aprovação do plano que reforça o caixa
As ações reagiram à aprovação judicial do plano de reorganização no Chapter 11, que essencialmente passa o controle da companhia para as mãos dos credores
Ibovespa acima dos 250 mil pontos em 2026: para o Safra é possível — e a eleição não é um grande problema
Na projeção mais otimista do banco, o Ibovespa pode superar os 250 mil pontos com aumento dos lucros das empresas, Selic caindo e cenário internacional ajudando. O cenário-base é de 198 mil pontos para o ano que vem
BTG escala time de ações da América Latina para fechar o ano: esquema 4-3-3 tem Brasil, Peru e México
O banco fez algumas alterações em sua estratégia para empresas da América Latina, abrindo espaço para Chile e Argentina, mas com ações ainda “no banco”
As ações que devem ser as melhores pagadoras de dividendos de 2026, com retornos de até 15%
Bancos, seguradoras e elétricas lideram e uma empresa de shoppings será a grande revelação do próximo ano
A torneira dos dividendos vai secar em 2026? Especialistas projetam tendências na bolsa diante de tributação
2025 caminha para ser ano recorde em matéria de proventos; em 2026 setores arroz com feijão ganham destaque
Bancos sobem na bolsa com o fim das sanções contra Alexandre de Moraes — Banco do Brasil (BBAS3) é o destaque
Quando a sanção foi anunciada, em agosto deste ano, os papéis dos bancos desabaram devido as incertezas em relação à aplicação da punição
TRXF11 volta a encher o carrinho de compras e avança nos setores de saúde, educação e varejo; confira como fica o portfólio do FII agora
Com as três novas operações, o TRXF11 soma sete transações só em dezembro. Na véspera, o FII já tinha anunciado a aquisição de três galpões
BofA seleciona as 7 magníficas do Brasil — e grupo de ações não tem Petrobras (PETR4) nem Vale (VALE3)
O banco norte-americano escolheu empresas brasileiras de forte crescimento, escala, lucratividade e retornos acima da Selic
Ibovespa em 2026: BofA estima 180 mil pontos, com a possibilidade de chegar a 210 mil se as eleições ajudarem
Banco norte-americano espera a volta dos investidores locais para a bolsa brasileira, diante da flexibilização dos juros
JHSF (JHSF3) faz venda histórica, Iguatemi (IGTI3) vende shoppings ao XPML11, TRXF11 compra galpões; o que movimenta os FIIs hoje
Nesta quinta-feira (11), cinco fundos imobiliários diferentes agitam o mercado com operações de peso; confira os detalhes de cada uma delas
Concurso do IBGE 2025 tem 9,5 mil vagas com salários de até R$ 3.379; veja cargos e como se inscrever
Prazo de inscrição termina nesta quinta (11). Processo seletivo do IBGE terá cargos de agente e supervisor, com salários, benefícios e prova presencial
Heineken dá calote em fundo imobiliário, inadimplência pesa na receita, e cotas apanham na bolsa; confira os impactos para o cotista
A gestora do FII afirmou que já realizou diversas tratativas com a locatária para negociar os valores em aberto
