O que está por trás do anúncio da candidatura à reeleição de Biden — e que Trump não deixou barato
O lançamento ocorre exatos quatro anos após o dia em que o democrata oficializou sua candidatura para 2020 — e assim como naquela ocasião, a ideia é impedir que o rival republicano consiga um novo mandato

Quando Joe Biden anunciou que concorreria à presidência dos EUA, em 2020, logo surgiu a pergunta: como o democrata comandaria a maior economia do mundo aos 78 anos? Agora, ele dobra a aposta e, aos 80 anos, anuncia que tentará a reeleição — despertando a ira do rival republicano, Donald Trump.
Faltando cerca de 20 meses para o fim de seu mandato, Biden anunciou formalmente nesta terça-feira (25) que buscará a reeleição em 2024.
Em um vídeo divulgado hoje, o presidente dos EUA descreve a disputa do próximo ano como uma luta contra o extremismo republicano, argumentando implicitamente que precisava de mais tempo para cumprir plenamente sua promessa de restaurar o caráter da nação.
“Quando concorri à presidência há quatro anos, disse que estávamos em uma batalha pela alma da América. E ainda estamos ”, diz ele no vídeo, que começa com imagens dos ataques ao Capitólio, de 6 de janeiro de 2021, e de ativistas pelos direitos ao aborto protestando na Suprema Corte dos EUA.
“A questão que enfrentamos é se nos próximos anos teremos mais liberdade ou menos liberdade. Mais direitos ou menos ”, diz Biden. “Eu sei o que quero que seja a resposta e acho que você também. Este não é um momento para ser complacente. Por isso estou concorrendo à reeleição”, afirma.
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Por que agora, Biden?
O anúncio formal da tentativa de reeleição de Biden neste momento não é à toa: agora, o democrata pode arrecadar dinheiro diretamente para sua campanha.
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Biden deve usar os fundos de campanha em salários e logística, construindo uma equipe para 2024 e realizando eventos fora do escopo presidencial oficial.
Já na sexta-feira (28), ele deve jantar em Washington com os principais doadores democratas e líderes do Comitê Nacional Democrata, prestando atenção especial àqueles que preenchem grandes cheques para garantir que sua campanha de reeleição continue bem financiada.
Alguns doadores e organizadores do partido começaram a reclamar sobre a falta de movimento na frente da reeleição, e o anúncio, seguido pelo encontro de sexta-feira, permitirá que o presidente os tranquilize.
Mas há outra razão para Biden ter anunciado em abril a tentativa de reeleição: isso permite que ele não divulgue publicamente quanto sua campanha arrecadou durante o primeiro trimestre do ano.
O período de janeiro a março é marcado pela diminuição das contribuições. Barack Obama, por exemplo, esperou para anunciar sua candidatura à reeleição em 2012 até o início de abril do ano anterior.
Nesta terça-feira também marca o quarto aniversário do anúncio de Biden de sua campanha presidencial de 2020.
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Biden versus Trump: a revanche vem aí?
A declaração oficial de Biden acaba com qualquer dúvida sobre suas intenções e dá início a uma disputa que pode evoluir para uma revanche com seu rival em 2020, o ex-presidente Donald Trump.
Biden entra na corrida com um histórico legislativo significativo, mas com baixos índices de aprovação — um enigma que seus assessores ainda não conseguiram resolver.
Como o presidente mais velho da história, o democrata também enfrenta questões persistentes sobre sua idade.
A quarta e última campanha presidencial de Biden se baseará em temas semelhantes aos de 2020, quando ele apelou aos ideais da nação, principalmente com o espectro do retorno de Trump.
O rival, no entanto, não deixou barato. O Comitê Nacional Republicano lançou imediatamente um ataque contra Biden, revelando o que chamou de “visão gerada por inteligência artificial sobre o possível futuro do país se Joe Biden for reeleito”.
O vídeo distópico mistura “notícias” da reeleição de Biden em 2024 com relatos inverossímeis de alta criminalidade, turbulência internacional, imigração ilegal desenfreada e calamidade financeira.
A idade vai pesar?
Biden é o presidente mais velho da história dos EUA e completaria 86 anos ao final de um segundo mandato, enquanto Trump, se eleito, terminaria aos 82 anos.
O democrata reconhece que a idade é uma preocupação “legítima”, mas desconversou quando questionado se terá resistência para outra campanha e para mais quatro anos na Casa Branca.
“Observe-me”, disse ele repetidamente.
Os republicanos frequentemente destacam a idade de Biden, e até mesmo alguns democratas questionam se o presidente está cumprindo as promessas que fez durante a campanha de 2020 de ser uma “ponte” para uma nova geração de liderança.
Uma candidato republicana à presidência, a ex-embaixadora da ONU, Nikki Haley, pediu testes de competência mental para candidatos com mais de 75 anos — uma categoria que incluiria Biden e Trump, que anunciou sua campanha para 2024 em novembro do ano passado.
*Com informações da AP e da CNN Internacional
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