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O QUE VEM POR AÍ?

China em 2024: os desafios que Xi Jinping deve enfrentar para manter o gigante de pé

A expectativa é que a economia chinesa cresça 5% em 2024, de acordo com projeções do banco central da segunda maior economia do mundo — mas será possível chegar lá?

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19 de dezembro de 2023
20:01 - atualizado às 19:13
Bam China
Imagem: Shutterstock

O desempenho econômico da China frustrou o mercado neste ano — e levanta dúvidas sobre qual será o futuro da segunda maior economia do mundo em 2024: um crescimento mais fraco no próximo ano ou uma aceleração dos gastos em um país já endividado.

A expectativa é que a economia chinesa cresça 5% em 2024, segundo Wang Yiming, conselheiro político do Banco Central da China (PBoC).

Acontece que essa projeção depende de outras variáveis. Entre elas, estão o investimento no gigante asiático, que tem que aumentar entre 4% e 5%, enquanto o consumo precisa subir de 6% a 7% — tudo isso aliado à retomada das exportações.

Para Wang, a China tem espaço para intensificar o apoio à economia no ano que vem, uma vez que o peso da dívida do governo central é relativamente baixo.

Já para o escritório da Comissão Central de Assuntos Financeiros e Econômicos da China, a economia do país deverá ver “condições mais favoráveis ​​e mais oportunidades do que desafios” em 2024.

"Os preços na China estão baixos, os níveis de dívida do governo central não são elevados e existem condições para fortalecer a implementação das políticas monetárias e fiscais", afirma a comissão para a agência estatal Xinhua.

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Vale lembrar que, ao contrário do que se esperava com o fim da pandemia do coronavírus, os consumidores chineses não voltaram a lotar os centros comerciais após o fim das restrições causadas pela covid-19.

Não bastasse a retomada mais fraca do que o esperado, as empresas estrangeiras retiraram dinheiro da China, enquanto as fábricas lidam com uma procura menor por parte do Ocidente.

Os riscos à economia da China em 2024

Mas, enquanto a China encara o sol sem óculos escuros, o mercado financeiro mira fixamente a sombra que paira sobre a economia asiática. 

Afinal, essa meta de crescimento econômico poderá levar o gigante asiático a aumentar o endividamento para cumprir com a expansão do PIB (Produto Interno Bruto). 

Aliás, foi justamente esse tipo de flexibilização fiscal que levou a agência de classificação de risco Moody's a reduzir  a perspectiva do rating da China para negativa agora, em dezembro.

A projeção é de que a China termine 2023 com um crescimento de 5% do PIB. Apesar da expansão da economia, o presidente chinês Xi Jinping ainda deve lidar com as elevadas taxas de desemprego, especialmente entre a população mais jovem.

No último relatório antes de interromper a divulgação dos números, o desemprego juvenil chegou a 21% em junho na China.

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Segundo analistas consultados pela Reuters, o pessimismo nacional poderá representar um risco de estabilidade social a Xi Jinping.

Em meados deste mês, os líderes da China prometeram impulsionar a demanda interna, dar prioridade ao desenvolvimento de setores estratégicos e enfrentar a crise imobiliária do país. 

Em conferência neste mês, os representantes chineses também se comprometeram a difundir os riscos ligados ao setor imobiliário e reforçar políticas macroeconômicas.

As autoridades anunciaram compromisso com a implementação de políticas fiscais proativas e medidas monetárias prudentes.

A reunião abordou ainda questões mais amplas como o declínio das taxas de fertilidade e o patamar atual de desemprego no país.

*Com informações de Reuters.

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