Bill Gates levou o slogan da Heineken — Open your world (Abra seu mundo) — ao pé da letra: comprou uma participação na gigante holandesa de bebidas ainda que o próprio bilionário tenha reconhecido que "não é um grande bebedor de cerveja".
Desde o dia 17 de fevereiro, o fundador da Microsoft entrou no mesmo mercado que Jorge Paulo Lemann e a Ambev — foi nesta data que Gates comunicou à Autoridade de Mercados Financeiros da Holanda (AFM) a aquisição de 3,76% das ações da Heineken que estavam em posse da mexicana Femsa.
Um documento separado com a mesma data mostrou que a Femsa vendeu todas as 18 milhões de ações que detinha na Heineken Holding. Gates comprou 10,8 milhões de ações por 883 milhões de euros (R$ 4,8 bilhões) a preços de mercado atuais.
Essa, no entanto, não é a primeira incursão do bilionário no mundo das cervejarias. Em 2007, ele comprou uma participação avaliada em US$ 392 milhões (R$ 2 bilhões no câmbio atual) na Femsa.
A mexicana, que é a maior engarrafadora da Coca Cola, vendeu sua cervejaria para a Heineken em 2010 e agora está em um processo de desinvestimento na holandesa.
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Comprou Heineken, mas não bebe cerveja
Embora tenha comprado a participação na Heineken, Gates já admitiu não ser um grande admirador do principal produto da gigante de bebidas.
Em 2018, em uma sessão de bate-papo "Pergunte-me qualquer coisa" no Reddit, o bilionário disse que "não era um grande bebedor de cerveja".
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"Quando acabo em algo como um jogo de beisebol, bebo cerveja light para entrar na vibe de todos os outros bebedores de cerveja. Desculpe desapontar os verdadeiros bebedores de cerveja", disse ele na ocasião.
Um estudo sobre os riscos à saúde do consumo de álcool foi publicado em julho do ano passado e recebeu financiamento da Fundação Bill & Melinda Gates.
O estudo revelou que "intervenções mais fortes" são necessárias, especificamente para pessoas mais jovens, "para reduzir a substancial perda global de saúde atribuível ao álcool".
*Com informações da Reuters e do Business Insider