A estrela roxa brilha! Nubank tem lucro de US$ 355,6 milhões no 3T23 e supera de longe a expectativa
Resultado do Nubank no terceiro trimestre equivale a R$ 1,7 bilhão no câmbio atual e aumenta 426% em relação ao mesmo período de 2022

O Nubank (NU; ROXO34) chegou à temporada de resultados do terceiro trimestre dos grandes bancos com status de grande estrela. E não decepcionou. O banco digital registrou lucro líquido ajustado de US$ 355,6 milhões — equivalente a R$ 1,7 bilhão no câmbio atual.
A comparação com o terceiro trimestre de 2022 mais parece com a de outro banco, já que o lucro do Nubank entre julho e setembro de 2022 foi de apenas US$ 63 milhões. Ou seja, o resultado aumentou 464% de um ano para o outro — ou 426% sem o impacto do câmbio.
O lucro do terceiro trimestre superou de longe das estimativas dos analistas, que já eram otimistas e apontavam para US$ 276 milhões, de acordo com dados da Bloomberg. Lembrando que os dados estão em dólares porque o Nubank é listado na Bolsa de Nova York (Nyse).
Como se não bastasse, a rentabilidade sobre o patrimônio líquido (ROE) do Nubank alcançou o impressionante patamar de 25% no terceiro trimestre. No mesmo período do ano passado, esse indicador era de apenas 5%.
Assim, o Nubank conquistou a coroa de banco mais rentável entre os grandes de capital aberto que atuam no Brasil, superando os todo-poderosos Itaú Unibanco e Banco do Brasil.
Se considerarmos o lucro contábil, que exclui despesas sem efeito no caixa como a remuneração em ações dos executivos, o ROE do Nubank foi de 21%. Ainda assim, trata-se de um patamar em linha com Itaú e BB.
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No fim de setembro, 89,1 milhões de clientes contavam com o inconfundível cartão roxo do Nubank, um crescimento de 6% no trimestre. Desse total, 83% usam a conta digital ativamente, de acordo com a companhia.
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Nubank: inadimplência ainda em alta
Praticamente todos os indicadores do resultado do Nubank vieram positivos, exceto pela inadimplência. O índice de atrasos acima de 90 dias na carteira do banco digital encerrou setembro em 6,1% — alta de 0,2 ponto percentual no trimestre bem acima dos 4,7% de 12 meses antes.
Por outro lado, a inadimplência de curto prazo (15 a 90 dias) recuou pelo segundo trimestre consecutivo. Ou seja, esse pode ser um sinal de que o índice de calotes do banco digital está cada vez mais perto do pico.
Mais crédito, mais depósitos, mais receita...
O Nubank segue crescendo em ritmo acelerado em quase todas as métricas. O portfólio de crédito alcançou a marca de US$ 15,4 bilhões, uma alta de 48% em 12 meses sem considerar o efeito cambial.
Ao mesmo tempo, os depósitos nas contas digitais aumentaram 26% e atingiram um saldo de US$ 19,1 bilhões.
Tudo isso se traduz em mais receita para o Nubank. No total, o banco faturou US$ 2,1 bilhões, um avanço de 53% em relação ao terceiro trimestre do ano passado.
O banco tem ainda conseguido extrair mais da base de clientes. A receita média mensal por cliente ativo (ARPAC) atingiu os US$ 10, contra US$ 8,5 do terceiro trimestre do ano passado.
Enquanto isso, o custo médio mensal por cliente ativo permanece em apenas 90 centavos de dólar.
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