Americanas: receitas com vendas online despencaram mais de 90% após recuperação judicial
Dados constam em relatório do administrador judicial da varejista
Desde que entrou em recuperação judicial, a Americanas (AMER3) tem passado por uma significativa redução na receita bruta mensal no canal digital.
De acordo com o relatório mensal do administrador judicial, em abril de 2023 a receita no canal digital foi de R$ 107, 6 milhões. Essa cifra representa uma queda drástica de 91% em relação aos R$ 1,2 bilhão registrados em dezembro de 2022, antes do processo de recuperação judicial.
Além disso, as receitas brutas mensais das lojas físicas da Americanas também sofreram impacto durante esse período. Houve uma queda nos meses de janeiro e fevereiro de 2023, seguida por uma recuperação em março e abril, chegando a níveis pré-RJ.
Outro dado preocupante é o volume total de mercadorias vendidas (GMV), que apresentou uma queda expressiva. Em dezembro de 2022, esse volume foi de R$ 4,038 bilhões, porém, em abril de 2023, despencou para R$ 1,908 bilhão.
É importante ressaltar que a Americanas ainda não divulgou as demonstrações financeiras referentes ao quarto trimestre de 2022. A empresa anunciou que pretende publicá-las até o dia 31 de agosto. A varejista tampouco publicou o balanço do primeiro trimestre de 2023 e não deu qualquer previsão para fazê-lo.
Esses números revelam os desafios enfrentados pela Americanas durante o processo de recuperação judicial.
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Menos 5 mil funcionários e 30 lojas
Além das perdas de receita, a Americanas já viu irem embora mais de 5 mil funcionários e fechou 30 lojas.
No documento do administrador judicial, consta a informação de que a Americanas tinha 38.098 funcionários celetistas no dia 21 de maio deste ano. Em relação a janeiro, houve uma queda de 5.025, entre colaboradores demitidos ou que pediram demissão.
A Americanas também informou que a quantidade de lojas ativas na mesma data era de 1.850, ante 1.880 em janeiro.
O caixa total da Americanas encerrou o mês de abril com R$ 1,4 bilhão, o que corresponde a 38% do que a empresa tinha no mesmo mês de 2022.
A base de clientes ativos caiu 3,2 milhões de janeiro até abril, mas vale notar que a trajetória de queda já vinha acontecendo desde julho do ano passado.
Relembre o caso Americanas
A Americanas entrou com pedido de recuperação judicial no dia 19 de janeiro, após a revelação de uma "inconsistência contábil" da ordem de R$ 20 bilhões uma semana antes.
A varejista montou um comitê independente para investigar o buraco e, nesse meio tempo, sua ação quase virou pó na bolsa.
O imbróglio ganhou contornos de disputa judicial antes mesmo da empresa protocolar a recuperação, quando a Americanas obteve uma decisão no Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ) que suspendia qualquer vencimento antecipado de dívidas e bloqueio de bens da companhia.
No seu pedido à Justiça, a Americanas disse que alguns credores já a estavam notificando para declarar o vencimento antecipado das obrigações, citando especificamente uma dívida junto ao BTG Pactual no valor de R$ 1,2 bilhão. O documento trouxe, ainda, uma explicação na qual a dívida total da varejista chegava a R$ 40 bilhões.
Depois de muita briga com os bancos, a empresa conseguiu uma trégua e apresentou seu plano de recuperação judicial listando a venda de diversos ativos, desde o negócio do Hortifruti Natural da Terra até um jato executivo. Leia mais sobre o plano nesta matéria.
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