O céu é o limite para o dólar? O que está por trás da renovação de máximas da moeda norte-americana
Na contramão, o Ibovespa bate mínima na última sessão de agosto, um mês no qual o principal índice da bolsa brasileira conseguiu ficar no azul em apenas quatro sessões

Agosto é popularmente conhecido como o mês do cachorro louco e parece que tanto o dólar como o Ibovespa querem fazer jus a essa fama. Enquanto a moeda norte-americana renova máxima intradiária atrás de máxima intradiária, o principal índice da bolsa brasileira afunda.
No caso do dólar, um combo de fatores influencia esse comportamento: a rolagem de contratos futuros, a formação da Ptax e a questão fiscal.
A Ptax encerrou a última sessão de agosto cotada em R$ 4,9219, em alta de 1,16% em relação ao fechamento anterior. No mês, a taxa usada como referência para a liquidação de contratos futuros e elaboração de balanços corporativos subiu 3,80%.
Por volta de 13h45, o dólar à vista subia 1,48%, cotado a R$ 4,9414. A máxima intradiária da moeda norte-americana foi de R$ 4,9601. Confira a nossa cobertura ao vivo de mercados.
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O dólar em agosto
Em agosto, a máxima intradiária do dólar foi de R$ 5,0012 — alcançada no dia 18. Desde então, a divisa acumula perdas de cerca de 1%, considerando a cotação atual.
Mesmo assim, o dólar carrega ganhos de mais de 3% no mercado local devido à queda esperada de diferencial de juros interno e externo por conta do início de cortes da Selic e a saída de capitais da B3 — até o dia 29 houve a saída de R$ 12,9 bilhões em recursos estrangeiros da bolsa brasileira.
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Também entram nessa conta as incertezas fiscais sobre cumprimento da meta zero de déficit primário do governo em 2024, a piora da percepção de risco sobre a economia da China e apostas na manutenção de juros do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano).
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A questão fiscal, sempre ela…
A questão fiscal é sempre uma pedra no sapato dos ativos brasileiros e, com o dólar, não é diferente. Nesta quinta-feira (31), os investidores reagem à retomada do voto de qualidade do governo no Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf), chancelada pelo Senado ontem (30).
O aval dos senadores está sendo considerado uma vitória para o Ministério da Fazenda, que busca zerar o déficit primário do governo federal em 2024.
Na prática, o voto de qualidade assegura ao governo a possibilidade de desempatar votações sobre litígios no Conselho. A estimativa é que essa medida possa aumentar a arrecadação da União em até R$ 50 bilhões.
Do outro lado, a aprovação do projeto de lei que prorroga a desoneração da folha de salários para 17 setores da economia até 2027 está sendo vista como uma notícia negativa no âmbito fiscal — o impacto calculado é de R$ 7,2 bilhões anuais, segundo a Confederação Nacional de Municípios (CNM).
O dólar lá fora
O dólar também avança no exterior nesta quinta-feira (31), com a divulgação de dados que mostraram um quadro misto da economia norte-americana.
Os gastos dos consumidores norte-americanos subiram em julho (+0,8%), mas a desaceleração da inflação reforçou as expectativas de que o banco central norte-americano manterá os juros inalterados no próximo mês.
O índice de preços para gastos pessoais (PCE, a medida preferida do Fed para a inflação) subiu 0,2% no mês passado, igualando o ganho de junho.
O dado surge depois de uma série de indicadores divulgados esta semana, incluindo uma queda nas vagas de emprego nos EUA para o nível mais baixo em quase dois anos e meio em julho, terem levantado preocupações de que a economia norte-americana está perdendo ímpeto.
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