Luz no fim do túnel? Por que os fundos imobiliários que são vítimas de calotes sobem na B3
Pelo menos quatro FIIs que têm exposição à Gramado Parks, empresa de turismo que pediu na justiça a suspensão de pagamentos, avançam nesta segunda-feira (03); entenda o motivo

A avalanche de notícias sobre calotes que derrubou os fundos imobiliários (FIIs) deixou esse mercado no escuro nos últimos dias. Mas a notícia de que a Gramado Parks desistiu do processo que suspendeu pagamentos a credores, incluindo certificados de recebíveis imobiliários (CRI), mostrou que há luz no fim do túnel — pelo menos por enquanto.
Na sexta-feira (31), os FIIs Kilima Volkano Recebíveis (KIVO11) e Banestes Recebíveis (BCRI11) informaram que o processo que originou a suspensão dos pagamentos dos CRIs da Gramado Parks foram extintos — o que significa que a empresa de turismo deve honrar seus compromissos partir de agora.
A notícia trouxe algum alívio para alguns fundos, que operavam em alta de mais de 6% no início da tarde. Com isso, os FIIs que encerraram março como as maiores quedas do mês, hoje ensaiam uma recuperação — a exceção é o Banestes, que opera em queda de 1,69%. Confira as cotações:
Ticker | Fundo | Variação |
HCTR11 | Hectare CE | 1,75% |
DEVA11 | Devant Recebíveis Imobiliários | 6,32% |
VSLH11 | Versalhes RI | 4,46% |
TORD11 | Tordesilhas EI | 0,96% |
IRDM11 | Iridium Recebíveis Imobiliários | 1,17% |
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Os FIIs não sobem por acaso
A alta desses FIIs não é sem razão: os cinco fundos imobiliários que aparecem na tabela estão expostos a CRIs do Gramado Parks — o Iridium, que aparece na lista, tem exposição à empresa, mas não está ligado a ela.
Na semana passada, a justiça do Rio Grande do Sul atendeu o pedido da empresa e suspendeu os repasses por um prazo de 60 dias.
O grupo alegava que o ambiente macroeconômico atual, com a aceleração da inflação e o aumento dos juros, elevaram o volume de distratos, reduzindo as receitas da companhia.
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Mas, os comunicados do KIVO11 e do BCRI11 na sexta-feira (31) sinalizam que o processo foi extinto a pedido da própria Gramado Parks.
O Kilima Volkano, que não apareceu nas primeiras posições das maiores quedas de março, mas comunicou a suspensão do pedido da Gramado Parks, opera em queda de 1,43% hoje.
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Muito mais em comum entre os fundos
Além da sombra do calote, quatro dos fundos que sobem hoje — Devant RI (DEVA11), Versalhes RI (VSLH11), Tordesilhas EI (TORD11) e Hectare CE (HCTR11) — têm outros elementos em comum. Um deles é a Forte Securitizadora (Fortesec): a companhia é responsável pela emissão de todos os títulos inadimplentes.
Outro fator que liga esses FIIs são os devedores dos títulos de crédito que deram problema. Os papéis ligados à Gramado Parks e à WAM Holding, grupo que atua no segmento de multipropriedades e também enfrenta dificuldades financeiras, estão presentes nas quatro listas de ativos.
O Circuito de Compras é outro devedor em comum para dois dos fundos imobiliários. Vale destacar que a empresa, que opera um shopping popular na região do Brás, em São Paulo, já havia atrasado o pagamento de suas obrigações financeiras no mês passado.
O último fator em comum entre eles é que as gestoras dos quatro FIIs — Devant Asset, Hectare e RCAP Asset — fazem parte da holding RTSC, que investe em diversas empresas do mercado financeiro.
O grupo também é controlador indireto da Fortesec, a emissora dos CRIs. Além disso, um dos fundos de suas gestoras, o SRDV11, é o único acionista da Gramado Parks.
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