Dólar em queda: o que o dado de inflação dos EUA tem a ver com a desvalorização de hoje?
O CPI, dado de inflação norte-americana, ficou estável na comparação mensal e subiu 3,2% em termos anuais; dólar atingiu R$ 4,84
Nos corredores dos mercados financeiros nesta terça-feira (14), o assunto é o mesmo: a inflação nos Estados Unidos de outubro. O CPI, na sigla em inglês, ficou estável na comparação mensal e subiu 3,2% em termos anuais — ambas as leituras vieram abaixo das projeções.
A reação ao dado foi rápida: o dólar, que tinha iniciado o pregão a R$ 4,90, caiu 1,21% e atingiu a mínima intradiária a R$ 4,8486. Mas, por que a moeda norte-americana perdeu força ante o real?
Vale lembrar que a inflação é determinante para a política monetária, que usa a taxa básica de juros para conter o avanço dos preços
A desaceleração da inflação da economia norte-americana em outubro — que ainda assim está acima da meta do banco central de 2% ao ano — aumentou as apostas de que o Federal Reserve (Fed) ainda manterá os juros na faixa atual de 5,25% a 5,50% ao ano.
E se o movimento de alívio seguir nos próximos meses, a “janela” de corte nos juros deve começar a se abrir — o que alimenta o apetite ao risco hoje.
Sendo assim, o apetite ao risco no exterior reduz o “interesse” na compra de dólar, que é considerado um ativo de proteção em cenário de cautela.
Leia Também
A moeda norte-americana encerrou o dia a R$ 4,8620, com queda de 0,93%, no mercado à vista.
- Leia também: Juros vão cair nos EUA? O que o dado de inflação de outubro diz sobre o futuro da maior economia do mundo
Dólar e inflação
Existe uma relação importante na economia entre o dólar e a inflação: como parâmetro para as negociações em todo mundo, a moeda norte-americana é um dos “geradores” de inflação em países emergentes, como o Brasil.
Isso porque as movimentações do dólar impactam diretamente a balança comercial do país, ou seja, exportações e importações. Em linhas gerais, a questão é: oferta e demanda.
Quando o dólar está mais forte, no caso o real desvalorizado, há mais incentivos para a exportação, ou seja, a entrada de dólares no Brasil e os preços dos produtos ficam mais caros.
Quando o movimento é contrário, com desvalorização do dólar, a importação torna-se mais vantajosa — já que fica mais barato comprar produtos de fora.
Em outras palavras, quando o dólar sobe, a tendência é de que os preços também avancem e vice-versa.
Queda do dólar não é só ante o real
O dólar não se desvalorizou apenas ante a moeda brasileira. O euro e a libra atingiram as máximas de dois meses.
Por volta das 14h (horário de Brasília), o euro subia a US$ 1,08 e a libra esterlina avançava a US$ 1,24.
No mesmo horário, o indicador DXY operava em queda de 1,31%, aos 104.252 pontos.
TOUROS E URSOS - A ‘mamata’ do 1% ao mês com renda fixa acabou. E agora?
Petróleo também entra no jogo
Com a expectativa de que o Fed mantenha os juros na faixa de 5,25% a 5,50% ao ano — maior nível em mais de duas décadas —, após inflação melhor do que o esperado em outubro, o apetite ao risco dos investidores aumentou.
Com isso, os contratos mais líquidos do petróleo Brent também voltaram a fechar o dia com o barril acima dos US$ 80. Acompanhe a cobertura de mercados desta terça-feira (14).
Vale lembrar que a commodity é considerada um dos termômetros da economia mundial, o petróleo é capaz de absorver — de maneira quase imediata — a cautela ou o apetite ao risco dos investidores no cenário internacional.
E uma relação, quase sempre, inversa com o dólar: quando o petróleo sobe, o dólar tende a cair.
Pátria Malls (PMLL11) vai às compras, mas abre mão de parte de um shopping; entenda o impacto no bolso do cotista
Somando as duas transações, o fundo imobiliário deverá ficar com R$ 40,335 milhões em caixa
BTLG11 é destronado, e outros sete FIIs disputam a liderança; confira o ranking dos fundos imobiliários favoritos para dezembro
Os oito bancos e corretoras consultados pelo Seu Dinheiro indicaram três fundos de papel, dois fundos imobiliários multiestratégia e dois FIIs de tijolo
A bolsa não vai parar: Ibovespa sobe 0,41% e renova recorde pelo 2º dia seguido; dólar cai a R$ 5,3133
Vale e Braskem brilham, enquanto em Nova York, a Microsoft e a Nvidia tropeçam e terminam a sessão com perdas
Vai ter chuva de dividendos neste fim de ano? O que esperar das vacas leiteiras da bolsa diante da tributação dos proventos em 2026
Como o novo imposto deve impactar a distribuição de dividendos pelas empresas? O analista da Empiricus, Ruy Hungria, responde no episódio desta semana do Touros e Ursos
Previsão de chuva de proventos: ação favorita para dezembro tem dividendos extraordinários no radar; confira o ranking completo
Na avaliação do Santander, que indicou o papel, a companhia será beneficiada pelas necessidades de capacidade energética do país
Por que o BTG acha que RD Saúde (RADL3) é uma das maiores histórias de sucesso do varejo brasileiro em 20 anos — e o que esperar para 2026
Para os analistas, a RADL3 é o “compounder perfeito”; entenda como expansão, tecnologia e medicamentos GLP-1 devem fortalecer a empresa nos próximos anos
A virada dos fundos de ações e multimercados vem aí: Fitch projeta retomada do apetite por renda variável no próximo ano
Após anos de volatilidade e resgates, a agência de risco projeta retomada gradual, impulsionada por juros mais favorável e ajustes regulatórios
As 10 melhores small caps para investir ainda em 2025, segundo o BTG
Enquanto o Ibovespa disparou 32% no ano até novembro, o índice Small Caps (SMLL) saltou 35,5% no mesmo período
XP vê bolsa ir mais longe em 2026 e projeta Ibovespa aos 185 mil pontos — e cinco ações são escolhidas para navegar essa onda
Em meio à expectativa de queda da Selic e revisão de múltiplos das empresas, a corretora espera aumento do fluxo de investidores estrangeiros e locais
A fome do TRXF11 ataca novamente: FII abocanha dois shoppings em BH por mais de R$ 257 milhões; confira os detalhes da operação
Segundo a gestora TRX, os imóveis estão localizados em polos consolidados da capital mineira, além de reunirem características fundamentais para o portfólio do FII
Veja para onde vai a mordida do Leão, qual a perspectiva da Kinea para 2026 e o que mais move o mercado hoje
Profissionais liberais e empresários de pequenas e médias empresas que ganham dividendos podem pagar mais IR a partir do ano que vem; confira análise completa do mercado hoje
O “ano de Troia” dos mercados: por que 2026 pode redefinir investimentos no Brasil e nos EUA
De cortes de juros a risco fiscal, passando pela eleição brasileira: Kinea Investimentos revela os fatores que podem transformar o mercado no ano que vem
Ibovespa dispara 6% em novembro e se encaminha para fechar o ano com retorno 10% maior do que a melhor renda fixa
Novos recordes de preço foram registrados no mês, com as ações brasileiras na mira dos investidores estrangeiros
Ibovespa dispara para novo recorde e tem o melhor desempenho desde agosto de 2024; dólar cai a R$ 5,3348
Petrobras, Itaú, Vale e a política monetária ditaram o ritmo dos negócios por aqui; lá fora, as bolsas subiram na volta do feriado nos EUA
Ações de Raízen (RAIZ4), Vibra (VBBR3) e Ultrapar (UGPA3) saltam no Ibovespa com megaoperação contra fraudes em combustíveis
Analistas avaliam que distribuidoras de combustíveis podem se beneficiar com o fim da informalidade no setor
Brasil dispara na frente: Morgan Stanley vê só dois emergentes com fôlego em 2026 — saiba qual outro país conquistou os analistas
Entenda por que esses dois emergentes se destacam na corrida global e onde estão as maiores oportunidades de investimentos globais em 2026
FII Pátria Log (HGLG11) abocanha cinco galpões, com inquilinos como O Boticário e Track & Field, e engorda receita mensal
Segundo o fundo, os ativos adquiridos contam com características que podem favorecer a valorização futura
Bolsa nas alturas: Ibovespa fecha acima dos 158 mil pontos em novo recorde; dólar cai a R$ 5,3346
As bolsas nos Estados Unidos, na Europa e na Ásia também encerraram a sessão desta quarta-feira (26) com ganhos; confira o que mexeu com os mercados
Hora de voltar para o Ibovespa? Estas ações estão ‘baratas’ e merecem sua atenção
No Touros e Ursos desta semana, a gestora da Fator Administração de Recursos, Isabel Lemos, apontou o caminho das pedras para quem quer dar uma chance para as empresas brasileiras listadas em bolsa
Vale (VALE3) patrocina alta do Ibovespa junto com expectativa de corte na Selic; dólar cai a R$ 5,3767
Os índices de Wall Street estenderam os ganhos da véspera, com os investidores atentos às declarações de dirigentes do Fed, em busca de pistas sobre a trajetória dos juros