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MERCADOS HOJE

Bolsa hoje: Ibovespa não engata sequência de ganhos e cai com cautela após Powell; dólar sobe a R$ 4,93

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9 de novembro de 2023
7:25 - atualizado às 18:22

RESUMO DO DIA: O Ibovespa até tentou reverter a queda da véspera, mas o discurso do presidente do Federal Reserve (Fed), Jerome Powell, derrubou as bolsas de Wall Street — e puxou o índice brasileiro para o campo negativo.

O dirigente afirmou que novos aumentos da taxa juros norte-americana não estão descartados. Segundo ele, o colegiado do banco central norte-americano não "está confiante" de que a política monetária esteja "suficientemente restritiva" para trazer a inflação à meta de 2%.  

Com as declarações, os juros projetados dos títulos do Tesouro dos Estados Unidos, os Treasurys, retomaram o ritmo de alta próxima a marca psicológica de 5%.

A aprovação da Reforma Tributária no Senado Federal e a recuperação do petróleo limitaram, por sua vez, a queda do Ibovespa.

Os investidores aguardam a divulgação do balanço do terceiro trimestre de Petrobras (PETR4), prevista para depois do fechamento dos mercados.

Amanhã (10), além dos números da estatal, o mercado brasileiro deve repercutir o índice de preços ao consumidor amplo (IPCA). O indicador de inflação deve aceleram a 0,29% em outubro, ante alta de 0,26% em setembro, segundo as projeções Broadcast.

Leia Também

Nesta quinta-feira (9), o Ibovespa encerrou o pregão com queda de 0,12%, aos 119.034 pontos.

O dólar terminou a sessão a R$ 4,9399, com avanço de 0,67%, no mercado à vista.

Confira o que movimentou os mercados nesta quinta-feira (9):

MAIORES ALTAS E QUEDAS DO PREGÃO

O Ibovespa fechou em queda, mas sustentou os 119 mil pontos.

Entre as maiores altas, Braskem (BRKM5) disparou mais de 15%, com o anúncio de uma nova oferta da Adnoc pela fatia de participação da Novonor, ex-Odebrecht, na petroquímica.

Grupo Soma e Cogna repercutiram os resultados do terceiro trimestre.

Confira as maiores altas do pregão:

CÓDIGONOMEULTVAR
BRKM5Braskem PNR$ 19,9815,63%
SOMA3Grupo Soma ONR$ 6,196,54%
COGN3Cogna ONR$ 2,723,82%
HAPV3Hapvida ONR$ 4,463,48%
GOLL4Gol PNR$ 8,333,22%

As maiores quedas do dia também são reações aos balanços trimestrais das companhias.

Minerva (BEEF3)  reportou lucro líquido de de 141 milhões entre julho e setembro, um recuo de 0,3% na comparação anual. O lucro antes dos juros, impostos, amortização e depreciação (Ebitda) totalizou R$ 713,7 milhões, uma queda de 11,5% na base anual.

Já a Casas Bahia (BHIA3) registrou prejuízo de R$ 836 milhões, acima dos 689 milhões esperados no período.

Por fim, o Banco do Brasil (BBAS3) divulgou um lucro líquido de R$ 8,785 bilhões no terceiro trimestre, o que representa um crescimento de 4,5% na comparação com o mesmo período do ano passado, mas abaixo do consenso de mercado.

Veja as maiores quedas do Ibovespa hoje:

CÓDIGONOMEULTVAR
BEEF3Minerva ONR$ 6,82-13,45%
BHIA3Casas Bahia ONR$ 0,51-10,53%
RECV3PetroReconcavo ONR$ 19,17-5,47%
CRFB3Carrefour Brasil ONR$ 10,45-4,48%
BBAS3Banco do Brasil ONR$ 49,51-4,18%
FII BRCR11 PODE EMBOLSAR R$ 755 MILHÕES COM VENDA DE PARTICIPAÇÃO EM IMÓVEIS

O fundo imobiliário BTG Pactual Corporate Office Fund (BRCR11) pode engordar o caixa em R$ 755 milhões com a venda de imóveis de seu portfólio em São Paulo.

O FII fechou um Memorando de Entendimentos (MOU) — uma espécie de acordo de compromisso — para vender toda a participação, direta e indireta, em cinco ativos de seu portfólio. 

O fundo pretende se desfazer das fatias nos edifícios Brazilian Financial Center, Burity, Cidade Jardim, Transatlântico e Volkswagen, todos localizados em bairros de alto padrão na cidade de São Paulo.

Vale destacar que o FII não revelou o nome do potencial comprador das participações nos empreendimentos corporativos.

Leia mais.

FECHAMENTO DO IBOVESPA

O Ibovespa terminou o pregão em queda de 0,12%, aos 119.034 pontos. É a terceira vez consecutiva que o índice encerra as negociações no patamar dos 119 mil pontos.

O desempenho de Wall Street pesou no mercado acionário brasileiro, com a possibilidade de nova elevação dos juros nos Estados Unidos, na atual faixa de 5,25% a 5,50% ao ano.

As perdas foram limitadas com o otimismo dos investidores com a aprovação da Reforma Tributária no Senado Federal e os balanços trimestrais.

Ainda hoje, o mercado aguarda a divulgação do balanço do terceiro trimestre de Petrobras (PETR4).

Amanhã (10), além dos números da estatal, o mercado brasileiro deve repercutir o índice de preços ao consumidor amplo (IPCA). O indicador de inflação deve aceleram a 0,29% em outubro, ante alta de 0,26% em setembro, segundo as projeções Broadcast.

FECHAMENTO DE NOVA YORK

As bolsas em Wall Street fecharam em queda, pressionadas por declarações do presidente do Federal Reserve (Fed), Jerome Powell.

O dirigente afirmou que o colegiado do Banco Central norte-americano não descarta a possibilidade de volta a subir os juros — que estão no maior patamar em mais de duas décadas.

  • S&P 500: -0,81%, a 4.347,35 pontos;
  • Dow Jones: -0,65%, a 33.891,94 pontos;
  • Nasdaq: -0,94%, a 13.521,45 pontos.

Pela manhã, o Departamento do Trabalho dos Estados Unidos divulgou o tradicional relatório de pedidos de auxílio-desemprego semanal.

Na semana encerrada em 4 novembro, o número de solicitações do benefício registrou queda de 3 mil, a 217 mil, segundo o órgão. O dado ficou abaixo das projeções dos analistas consultados pela Factset, de 218 mil pedidos de auxílio-desemprego no período.

FGTS: CORREÇÃO PELA POUPANÇA TEM TRÊS VOTOS NO STF

A mudança na correção do saldo do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) por uma remuneração equivalente à da caderneta de poupança já tem os votos de três ministros do Supremo Tribunal Federal (STF).

Até o momento, André Mendonça e Kassio Nunes Marques acompanharam o relator, ministro Luís Roberto Barroso. Mas o julgamento voltou a ser suspenso após pedido de vista do ministro Cristiano Zanin.

Atualmente, o FGTS rende anualmente a taxa referencial (TR) + 3% por ano, além do eventual lucro do fundo no ano. Enquanto isso, a caderneta paga TR + 6% ao ano.

O julgamento da ação no STF começou em abril. Na ocasião, Barroso e Mendonça votaram a favor de que a remuneração global do FGTS seja, no mínimo, igual à da poupança.

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APOSTAS DE ALTA NOS JUROS NOS EUA VOLTAM A AUMENTAR

Após as declarações do presidente do Fed, Jerome Powell, de que o colegiado do banco central norte-americano pode voltar a subir os juros, a cautela entre investidores aumentou — e as apostas de um novo aumento na próxima reunião do Fed também.

Os traders agora veem 14,5% de chance de o banco central norte-americano elevar os juros em 25 pontos-base, o que colocaria os juros nos EUA no intervalo de 5,50% a 5,75% ao ano, de acordo com a ferramenta de monitoramento do CME Group. Ontem (8), as apostas eram de 9,6%

Contudo, as apostas pela manutenção dos juros na faixa de 5,25% a 5,50% ao ano, seguem majoritária. A chance diminuiu de 90,4% (ontem) para 85,5% hoje.

JUROS FUTUROS ACOMPANHAM OS TREASURYS

Os juros futuros (DIs), que operavam em linha de estabilidade, aceleraram os ganhos há pouco acompanhando os rendimentos dos Treasurys, após falas de Powell.

CÓDIGONOME ULT MIN MAX ABE FEC
DI1F24DI Jan/2412,00%12,00%12,00%12,00%12,00%
DI1F25DI Jan/2510,82%10,73%10,85%10,77%10,80%
DI1F26DI Jan/2610,63%10,49%10,65%10,53%10,56%
DI1F27DI Jan/2710,75%10,59%10,78%10,63%10,66%
DI1F28DI Jan/2810,97%10,82%10,99%10,89%10,89%
DI1F29DI Jan/2911,11%10,98%11,13%11,01%11,03%
DI1F30DI Jan/3011,22%11,10%11,23%11,11%11,15%
FECHAMENTO DO DÓLAR

O dólar encerrou a sessão a R$ 4,9399, com alta de 0,54%, no mercado à vista.

A moeda norte-americana repercutiu as falas do presidente do Federal Reserve (Fed), Jerome Powell, em evento há pouco. O dirigente afirmou que o colegiado do Banco Central norte-americano não descarta a possibilidade de volta a subir os juros — que estão no maior patamar em mais de duas décadas.

FECHAMENTO DO PETRÓLEO

Os contratos mais líquidos do petróleo Brent terminaram o dia em alta de 0,59%, com a barril a US$ 80,01, na Intercontinental Exchange (ICE).

Os futuros para dezembro do WTI fecharam com avanço de 0,54%, a US$ 75,74 o barril, na New York Mercantile Exchange (Nymex).

TREASURYS EM ALTA

Os juros projetados dos títulos do Tesouro dos Estados Unidos, os Treasurys, aceleraram a alta há pouco com o discurso mais 'hawkish' do presidente do Fed, Jerome Powell.

O dirigente afirmou, em evento, que o BC norte-americano poderá elevar os juros novamente a depender do ritmo de desaceleração da inflação.

Os rendimentos do Treasury de 10 anos opera em alta a 4,632%; já de 30 anos, considerado referência para hipotecas, sobe a 4,780%.

IBOVESPA PERDE OS 119 MIL PONTOS

Com a aceleração das perdas em Wall Street, o Ibovespa renovou a mínima há pouco, abaixo dos 119 mil pontos.

O índice cai 0,28%, aos 118.839 pontos. Em Nova York:

  • S&P 500: -0,63%;
  • Dow Jones: -0,60%;
  • Nasdaq: -0,63%.

A ampliação da baixa acontece em meio ao discurso do presidente do Federal Reserve (Fed), Jerome Powell. Há pouco, o dirigente afirmou que a política monetária pode ser mais restritiva caso necessário, não descartando a possibilidade de nova alta nos juros norte-americanos.

Os juros estão no patamar mais elevado em 22 anos nos Estados Unidos, na faixa de 5,25% a 5,50% ao ano.

DISCURSO DE POWELL É INTERROMPIDO POR MANIFESTANTE

O presidente do Federal Reserve (Fed), Jerome Powell, fazia um discurso sobre a inflação e o trabalho do banco central norte-americano para controlar os preços quando foi interrompido por uma manifestante que defendia causas climáticas.

O evento é organizado pelo Fundo Monetário Internacional (FMI). Assim que ela entrou na sala onde Powell e outros palestrantes estavam, a imagem do evento foi cortada.

Depois de alguns minutos suspensa, a transmissão foi retomada com um representante do FMI reconhecendo que as questões climáticas são importantes, mas que o evento não trata do assunto.

Powell voltou ao discurso aplaudido de pé pela plateia. "Onde eu estava? Ah, a inflação está desacelerando nos EUA", disse em tom de brincadeira.

POWELL: TRABALHO EM RELAÇÃO À INFLAÇÃO PODE NÃO ESTAR CONCLUÍDO

O presidente do Federal Reserve (Fed), Jerome Powell, disse que ele e seus colegas no banco central norte-americano estão encorajados pela desaceleração do ritmo da inflação, mas não têm certeza se fizeram o suficiente para manter os preços em trajetória de queda sustentável.

Falando pouco mais de uma semana após o BC dos EUA manter a taxa de juros inalterada entre 5,25% e 5,50% ao ano, Powell afirmou que mais trabalho poderia ser necessário na batalha contra a inflação.

“O Comitê Federal de Mercado Aberto está empenhado em alcançar uma postura de política monetária que seja suficientemente restritiva para esfriar a inflação para 2% ao longo do tempo; não estamos confiantes de que tenhamos alcançado tal posição”, disse Powell em discurso para evento do Fundo Monetário Internacional (FMI).

Confira a reação dos mercados aqui e lá fora com as declarações de Powell.

AERIS (AERI3) CAI QUASE 10% APÓS ANÚNCIO DE FOLLOW-ON

O El Niño é aquele conhecido fenômeno climático formado por clima quente, seco e sem ventos. Pois na B3 uma empresa parece viver um “El Niño particular”: a Aeris (AERI3).

Desde a oferta pública inicial (IPO) na bolsa brasileira, há três anos, as ações da fabricante de pás para turbinas de energia eólica amargam uma queda da ordem de 85%.

E nesta quinta-feira os papéis da Aeris voltam a figurar entre as maiores perdas da B3 após o anúncio de que a empresa pretende fazer uma nova oferta de ações. O follow-on deve movimentar R$ 400 milhões, com a emissão de aproximadamente 476 milhões de novas ações.

A companhia, que fez o anúncio junto com o balanço do terceiro trimestre, pretende usar o dinheiro novo para amortizar dívidas com vencimento no primeiro semestre de 2024.

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IBOVESPA INVERTE SINAL

Com a piora das bolsas de Nova York, o Ibovespa inverteu o sinal há pouco e opera na mínima. O índice cai 0,10%, aos 118.932 pontos.

O dólar à vista, por sua vez, recuperou o fôlego. A moeda norte-americana sobe a R$ 4,9305.

SOBE E DESCE DO IBOVESPA

O Ibovespa sustenta alta e opera no nível próximo a 120 mil pontos. O desempenho positivo é impulsionado pelo avanço das commodities.

Entre as maiores altas, Braskem (BRKM5) dispara mais de 14%, com o anúncio de uma nova oferta da Adnoc pela fatia de participação da Novonor, ex-Odebrecht, na petroquímica.

Grupo Soma, Cogna e Alpargatas repercutem os resultados do terceito trimestre.

Confira as maiores altas:

CÓDIGONOMEULTVAR
BRKM5Braskem PNR$ 19,8314,76%
SOMA3Grupo Soma ONR$ 6,308,43%
COGN3Cogna ONR$ 2,765,34%
ALPA4Alpargatas PNR$ 9,215,14%
GOLL4Gol PNR$ 8,464,83%

A ponta negativa também é dominada pela repercussão dos resultados trimestrais.

Minerva (BEEF3)  reportou lucro líquido de de 141 milhões entre julho e setembro, um recuo de 0,3% na comparação anual. O lucro antes dos juros, impostos, amortização e depreciação (Ebitda) totalizou R$ 713,7 milhões, uma queda de 11,5% na base anual.

Já a Casas Bahia (BHIA3) registrou prejuízo de R$ 836 milhões, acima dos 689 milhões esperados no período.

Por fim, o Banco do Brasil (BBAS3) divulgou um lucro líquido de R$ 8,785 bilhões no terceiro trimestre, o que representa um crescimento de 4,5% na comparação com o mesmo período do ano passado, mas abaixo do consenso de mercado.

E as maiores quedas do pregão:

CÓDIGONOMEULTVAR
BEEF3Minerva ONR$ 6,95-11,80%
BHIA3Casas Bahia ONR$ 0,53-7,02%
BBAS3Banco do Brasil ONR$ 49,64-3,93%
MGLU3Magazine Luiza ONR$ 1,72-3,37%
RDOR3Rede D'Or ONR$ 24,18-2,50%
FII MGFF11 RECEBE PROPOSTA PARA VENDER TODOS OS ATIVOS

O fundo imobiliário Mogno Fundo de Fundos (MGFF11) recebeu uma proposta do Valora Hedge FII (VGHF11) para compra de todos os seus ativos por R$ 659 milhões.

O montante corresponde a R$ 72,86 por cota — equivalente ao valor da cota patrimonial do FII em 31 de outubro deste ano. Vale destacar que o preço está 8,7% acima da cotação do último fechamento, de R$ 66,99.

A BTG Pactual Serviços Financeiros DTVM, administradora do fundo, disse que a proposta é válida e passará por análise dos cotistas por meio de uma Assembleia Geral Extraordinária (AGE).

Vale lembrar que a Valora Investimentos, gestora do VGHF11, adquiriu a Mogno Capital em maio deste ano.

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FECHAMENTO NA EUROPA

As bolsas europeias encerraram o pregão em alta, impulsionada por balanços trimestrais e discurso da presidente do Banco Central Europeu (BCE), Christine Lagarde.

  • FTSE 100 (Londres): +0,73%, a 7.455,67 pontos;
  • CAC 40 (Paris): +1,13%, a 7.113,66 pontos;
  • DAX (Frankfurt): +0,81%, a 15.352,54 pontos.
OI: POR QUE O MERCADO PENALIZA AS AÇÕES OIBR3 HOJE

A Oi (OIBR3) registrou um prejuízo líquido de R$ 2,830 bilhões no terceiro trimestre de 2023, o que representou uma redução de 12,7% em relação ao mesmo período do ano anterior, quando as perdas foram de R$ 3,243 bilhões. Ainda assim, as ações da operadora de telefonia em recuperação judicial já chegaram a cair mais de 6% na B3 nesta quinta-feira (9). 

E o motivo para isso é que mesmo reduzindo as perdas, o mercado viu o resultado da Oi como fraco e penaliza os papéis OIBR3 na bolsa hoje. Acompanhe nossa cobertura ao vivo dos mercados

“A empresa apresentou um desempenho fraco, aquém das nossas expectativas, sem indícios de melhora”, dizem os analistas da Genial Investimentos em relatório. 

Para eles, a Oi encontra-se em uma situação extremamente complicada, com queima de caixa e endividamento exorbitante — R$ 22,7 bilhões — e sem perspectivas de recuperação. 

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COMO ANDAM OS MERCADOS

O Ibovespa reverte a queda da sessão anterior e opera no patamar dos 120 mil pontos.

O tom positivo acompanha a retomada da valorização do petróleo no mercado internacional. Os contratos mais líquidos do petróleo Brent, que são referência mundial, sobem mais de 1,3%, com o barril de volta aos US$ 80.

Os investidores também repercutem a aprovação da Reforma Tributária no Senado Federal. O texto retorna à Câmara dos Deputados, sem data prevista para a apreciação. O governo, porém, se mantém "confiante" que a medida será promulgada ainda neste ano.

Lá fora, Wall Street tenta firma alta à espera de declarações do presidente do Federal Reserve (Fed), Jerome Powell.

Os rendimentos dos Treasurys retomam alta, mas ainda operam longe da marca de 5%. Com isso, os juros futuros (DIS) segue estáveis em toda a curva na comparação com o fechamento anterior.

O dólar à vista cai 0,07%, a R$ 4,9034.

PARA LONGE DO COME-COTAS

Desde o início da pandemia as atenções do mercado financeiro brasileiro e global se voltaram para as contas públicas dos Estados Unidos.

O que era tratado com indiferença por décadas, passou a ser protagonista de análises de risco e de gestão, graças à deterioração fiscal do país que emite a moeda mais forte do mundo.

O fiscal dos EUA importa, e muito, por que dele derivam as taxas mais relevantes do mundo dos investimentos: o rendimento pago pelos Treasurys americanos.

Falamos longamente sobre elas no mês passado, em várias edições da CompoundLetter e nos últimos episódios do Market Makers, mas cabe um resumo aqui.

Os Treasurys são considerados os ativos livres de risco globais, os benchmarks aos quais qualquer outro investimento é comparado.

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REAÇÃO AO BALANÇO: BANCO DO BRASIL (BBAS3)

O Banco do Brasil (BBAS3) reportou lucro líquido de R$ 8,785 bilhões no terceiro trimestre, o que representa um crescimento de 4,5% na comparação com o mesmo período do ano passado.

Apesar do avanço, o valor ficou abaixo dos R$ 9,010 bilhões esperados pelo mercado — e um dos motivos para a quedas das ações na B3 nesta quinta-feira. Os papéis BBAS3 caem 4,04%, a R$ 49,58.

Leia os detalhes do balanço do BB.

DÓLAR EM QUEDA

Com a agenda mais esvaziada de indicadores econômicos nos Estados Unidos e à espera de declarações do presidente do Federal Reserve (Fed), Jerome Powell, ao longo do dia, o dólar perde força.

O indicador DXY, que compara a moeda norte-americana a uma cesta de moedas globais como euro e libra, recua 0,11%, aos 105.481 pontos.

Na comparação com o real, o dólar cai 0,20%, cotado a R$ 4,8974, no mercado à vista.

IBOVESPA AOS 120 MIL PONTOS

Na última hora, o Ibovespa acelerou os ganhos com balanços e avanço das commodities no mercado internacional.

O principal índice da bolsa brasileira opera aos 120.050 pontos, com alta de 0,73%.

REFORMA TRIBUTÁRIA

Com a aprovação da Reforma Tributária do Senado Federal, a proposta retorna à Câmara dos Deputados.

As discussões passam a ser a forma de promulgação da matéria: apreciação do texto aprovado pelos senadores na Câmara ou já a promulgação das partes comuns aprovadas nas duas Casas e as medidas divergentes, apreciadas de forma separada.

Há pouco, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse que segue confiante na promulgação do texto integral da Reforma Tributária ainda neste ano.

"A equipe [da Fazenda] está 100% disponível para a Câmara, sentar com o [relator da matéria] deputado Aguinaldo, para quem sabe promulgar a PEC neste ano. Estou confiante que vamos promulgar neste ano a Reforma Tributária", afirmou o ministro.

REAÇÃO AO BALANÇO: MINERVA (BEEF3)

Entre as maiores quedas da B3, Minerva (BEEF3) recua 9,64%, a R$ 7,12.

O tom negativo repercute o resultado do terceiro trimestre da companhia, divulgado ontem (8) depois do fechamento dos mercados.

A companhia reportou lucro líquido de de 141 milhões entre julho e setembro, um recuo de 0,3% na comparação anual. O lucro antes dos juros, impostos, amortização e depreciação (Ebitda) totalizou R$ 713,7 milhões, uma queda de 11,5% na base anual.

Na visão dos analistas do BB Investimentos, o principal impacto nos resultados, abaixo do esperado, veio das operações no Brasil com a suspensão das exportações à China, em razão do avanço da gripe aviária no país.

Contudo, a companhia pode voltar a se destacar com uma melhora sobre o nível da demanda global de carne bovina, "dados os bons fundamentos para o mercado exportação na América do Sul, incluindo sua crescente competitividade em relação a outros grandes mercados exportadores, cujo ciclo bovino segue na direção oposta", escrevem as analistas Melina Constantino e Mary Silva, que assinam o relatório.

Ainda segundo o banco, os papéis do frigorífico seguem "bastante" descontados.

BRASKEM (BRKM5) DISPARA COM NOVA OFERTA, MAS COMO FICAM OS MINORITÁRIOS?

A disputa pela participação da Novonor (antiga Odebrecht) na Braskem (BRKM5) entrou um novo round com a nova proposta lançada pela Adnoc.

A petrolífera estatal dos Emirados Árabes Unidos avaliou a participação da Novonor em R$ 10,5 bilhões. O valor representa um prêmio de mais de 100% em relação às cotações atuais da Braskem na bolsa.

No pregão da B3, as ações da Braskem (BRKM5) reagiram logo na abertura e disparavam 17,30%, a R$ 20,27, por volta das 12h05 desta quinta-feira.

Apesar da animação dos investidores, a nova proposta da Adnoc não esclarece uma questão essencial para o investidor das ações na bolsa: o que acontece com os minoritários da Braskem se o negócio for adiante?

Leia mais.

BOLSAS EM NOVA YORK

As bolsas de Nova York operam em queda à espera de declarações do presidente do Federal Reserve (Fed), Jerome Powell.

  • S&P 500: -0,18%;
  • Dow Jones: -0,24%;
  • Nasdaq: -0,08%.

Mais cedo, o Departamento do Trabalho dos Estados Unidos divulgou o tradicional relatório de pedidos de auxílio-desemprego semanal.

Na semana encerrada em 4 novembro, o número de solicitações do benefício registrou queda de 3 mil, a 217 mil, segundo o órgão. O dado ficou abaixo das projeções dos analistas consultados pela Factset, de 218 mil pedidos de auxílio-desemprego no período.

REAÇÃO AO BALANÇO: OI (OIBR3)

A operadora de telefonia Oi, que segue em recuperação judicial, reportou prejuízo líquido de R$ 2,830 bilhões no terceiro trimestre, uma queda de 12,7% na base anual.

Em reação, as ações da companhia recuam na B3. Os papéis OIBR3 caem 5,97%, a R$ 0,63.

GIRO DO MERCADO

O Grupo Casas Bahia (BHIA3) reportou prejuízo de R$ 836 milhões no 3T23, de acordo com o relatório divulgado pela varejista de e-commerce na quarta-feira (8). O resultado representa uma piora de 311,8% em comparação com o mesmo período do ano passado.

O analista Fernando Ferrer participa do Giro do Mercado desta quinta-feira (9) para comentar o balanço financeiro e o que fazer com as ações da ex-Via agora.

Outro gigante divulgou seu balanço ontem: Banco do Brasil (BBAS3). Além do lucro de R$ 8,8 bilhões no 3T23,o banco aprovou a distribuição de aproximadamente R$ 2,25 bilhões em dividendos e juros sobre o capital próprio (JCP).

Larissa Quaresma, analista da Empiricus Research, comenta os destaques do resultado e se é hora de investir nas ações do banco estatal.

Acompanhe:

SAFRA DO BRASIL

A produção brasileira de grãos na safra 2023/24 pode atingir 316,71 milhões de toneladas, 1,5% ou 4,7 milhões de toneladas abaixo do obtido em 2022/23 (321,41 milhões de t).

Os números fazem parte do segundo Levantamento da Safra de Grãos, da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), divulgado nesta quinta-feira.

Em comparação com a previsão anterior, de outubro, houve uma redução de 747,5 mil t, ou 0,2%.

Segundo a Conab, com o avanço da semeadura no início de novembro, as atenções se voltam para a evolução das lavouras.

A segunda estimativa aponta crescimento de 0,5% sobre a área cultivada, passando para 78,9 milhões de hectares.

Além das culturas de primeira safra, cujo calendário de plantio se estende até o fim de dezembro, a área prevista abrange também as culturas de segunda e terceira safras e as de inverno, com os plantios se encerrando em junho.

EXPECTATIVAS PARA 2024

A safra agrícola de 2024 deve totalizar 308,5 milhões de toneladas, 8,8 milhões de toneladas a menos que o desempenho de 2023, um recuo de 2,8%.

Os dados são do primeiro Prognóstico para a Produção Agrícola do ano que vem, divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Já o Levantamento Sistemático da Produção Agrícola de outubro aponta uma safra recorde de 317 milhões de toneladas este ano, 20,6% maior que a de 2022, 54,1 milhões de toneladas a mais.

O resultado é 803,2 mil toneladas menor que o previsto no levantamento anterior, de setembro, uma queda de 0,3%. (Estadão Conteúdo)

PETROBRAS (PETR4) EM PAUTA

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou há pouco que a reunião com o presidente Lula teve como pauta os investimentos na Petrobras, sem maiores detalhes.

A companhia divulga os resultados do terceiro trimestre nesta quinta-feira (9) após o fechamento dos mercados.

BRASKEM (BRKM5) DISPARA

As ações da Braskem (BRKM5) lideram os ganhos do Ibovespa desde a abertura dos negócios, com os investidores repercutindo a nova oferta da Adnoc e os resultados trimestrais da companhia.

A Adnoc realizou uma nova proposta pela fatia da Novonor da petroquímica, que corresponde a 38,3% do capital social da Braskem. O montante oferecido é de R$ 10,5 bilhões, o equivalente a R$ 37,29 por ação — valorização de 115% em relação ao fechamento da última quarta-feira (8).

O anúncio acompanhou a divulgação dos resultados do terceiro trimestre, que veio em linha com o esperado pelo mercado.

A Braskem (BRKM5) reportou prejuízo líquido de R$ 2,418 bilhões entre julho e setembro, alta de 119,2% na comparação anual — a companhia registrou prejuízo de R$ 1,103 bilhão no terceiro trimestre de 2022.

O lucro antes dos juros, impostos, amortização e depreciação (Ebitda) ajustado totalizou R$ 921 milhões, uma queda de 53% na base anual, mas representa um crescimento de 31% na comparação com o segundo trimestre.

JUROS FUTUROS ESTÁVEIS

Os juros futuros (DIs) operam em linha de estabilidade, principalmente os mais curtos, com os ajustes dos investidores após a aprovação da Reforma Tributária no Senado Federal.

Os DIs mais longos acompanham a retomada de alta nos rendimentos dos Treasurys, que ainda operam afastados da marca psicológica de 5%. O recuo do dólar ante o real limita, por sua vez, o avanço dos DIs longos.

Confira o desempenho dos DIs:

CÓDIGONOME ULT MIN MAX ABE FEC
DI1F24DI Jan/2412,00%12,00%12,00%12,00%12,00%
DI1F25DI Jan/2510,79%10,76%10,82%10,77%10,80%
DI1F26DI Jan/2610,58%10,52%10,63%10,53%10,56%
DI1F27DI Jan/2710,69%10,59%10,75%10,63%10,66%
DI1F28DI Jan/2810,91%10,86%10,97%10,89%10,89%
DI1F29DI Jan/2911,06%11,00%11,13%11,01%11,03%
IBOVESPA NA MÁXIMA

Com o avanço do petróleo e otimismo após a aprovação da Reforma Tributária, o Ibovespa vem renovando a máxima intradiária.

O índice opera com alta de 0,60%, aos 119.881 pontos.

XP VÊ CASAS BAHIA (BHAIA3) FORA DO IBOVESPA ANO QUE VEM

Após um balanço bastante decepcionante do terceiro trimestre, o Grupo Casas Bahia (BHIA3), antiga Via, corre risco de ser retirado do próximo rebalanceamento do Ibovespa, o principal índice da B3, a bolsa brasileira. Quem afirma isso são os analistas da XP.

Além de sair do Ibov, a varejista também deve deixar outros três índices: o IBX100 (índice de desempenho médio dos 100 ativos com maior negociabilidade e representatividade do mercado de ações brasileiro), o IBX50 (o mesmo que o IBX100, mas para as 50 maiores empresas) e o SMLL (índice de small caps, empresas com menor capitalização).

O risco desse cenário acontecer se deve principalmente ao fato de que a empresa tem figurado como uma penny stock — isto é, cada ação vale menos de R$ 1,00. O papel BHIA3 vem sendo negociado abaixo de um real desde o início de setembro.

Por volta das 10h39 desta quinta-feira (9), as ações do grupo caíam 8,77%, cotadas a R$ 0,52, uma forte reação ao fraco balanço. No mesmo horário, o Ibovespa avançava 0,22%, aos 119.444 pontos. 

Leia mais.

REAÇÃO AOS BALANÇOS

Confira a seguir a reação aos balanços das principais companhias da B3:

CÓDIGONOMEULTVAR
BRKM5*Braskem PNR$ 20,5719,04%
SOMA3Grupo Soma ONR$ 6,277,92%
COGN3Cogna ONR$ 2,796,49%
RRRP33R Petroleum ONR$ 33,843,77%
HAPV3Hapvida ONR$ 4,381,62%
UGPA3Ultrapar ONR$ 23,911,31%
MRVE3MRV ONR$ 9,360,75%
TAEE11Taesa unitsR$ 35,860,39%
CPLE6Copel PNR$ 8,880,34%
CASH3Méliuz ON R$ 7,500,27%
EQTL3Equatorial ONR$ 33,430,24%
BHIA3Casas Bahia ONR$ 0,52-8,77%
BEEF3Minerva ONR$ 7,24-8,12%
OIBR3Oi ONR$ 0,63-5,97%
BBAS3Banco do Brasil ONR$ 50,25-2,75%

*No caso da Braskem, a alta repercute, em maio peso, a apresentação de uma nova proposta pela fatia da Novonor pela Adnoc. Desta vez, a companhia de Abu Dhabi ofereceu R$ 10,5 bilhões à petroquímica.

ABERTURA DO IBOVESPA

O Ibovespa sobe 0,47%, aos 119.180 pontos, após a abertura.

O tom positivo do índice é dado pelo otimismo com o cenário fiscal após a aprovação da Reforma Tributária no Senado Federal. A recuperação do petróleo no mercado internacional também impulsiona o Ibovespa, em dia de balanço trimestral da Petrobras (PETR4).

Lá fora, os investidores aguardam novas declarações de dirigentes do Federal Reserve (Fed), na busca por pistas sobre a política monetária dos Estados Unidos. A expectativa é por falas do presidente do Fed, Jerome Powell.

ADRS DE VALE E PETROBRAS

Os recibos de ações (ADRs) das companhias brasileiras Vale e Petrobras operam em tom positivo no pré-mercado em Nova York.

Os papéis avançam na esteira do desempenho das commodities. Confira:

  • Vale (VALE): +0,42%, a US$ 14,30;
  • Petrobras (PBR): +0,33%, a US$ 15,01
MERCADO DE COMMODITIES

As commodities voltaram ao tom positivo nesta quinta-feira (9).

O minério de ferro fechou com alta de 1,79%, a US$ 128,97 a tonelada, em Dalian, na China.

Os contratos mais líquidos do petróleo tentam recuperar as perdas da semana. Os futuros do Brent sobem 0,80%, a US$ 80,18 o barril; já o WTI registra alta de 0,78%, a US$ 75,92 o barril.

MATHEUS SPIESS: MERCADO EM 5 MINUTOS

A REFORMA DO "DÁ PRO GASTO"

Os investidores estão, mais uma vez, ansiosos pelas declarações de Jerome Powell, presidente do Fed, em busca de pistas sobre os próximos passos da política monetária dos Estados Unidos.

Neste contexto, a maioria das ações asiáticas mostrou recuperação na quinta-feira, recuperando parte das perdas recentes, impulsionada por resultados corporativos positivos na região.

No entanto, as preocupações relacionadas à China persistem devido a dados de inflação fracos, limitando os ganhos (indicando uma possível fraqueza na maior economia asiática).

Os mercados europeus e os futuros americanos iniciaram o dia em leve alta. Além das declarações de Powell sobre política monetária, há outros eventos na agenda, incluindo pronunciamentos do BCE e o boletim mensal da Zona do Euro.

No cenário das commodities, o preço do petróleo registrou leve aumento nesta manhã, após se aproximar de US$ 80 por barril nos últimos dias.

No âmbito nacional, a aprovação da Reforma Tributária, tão aguardada, será tema de discussão, sendo percebida como uma aprovação possível, embora distante do ideal.

A ver…

00:39 — De volta para a Câmara

No Brasil, em meio a um dia agitado na temporada de resultados, analisamos a recente aprovação da Reforma Tributária.

A PEC passou por dois turnos no plenário do Senado, obtendo 53 votos a favor e 24 contra, apenas quatro a mais do que o necessário.

Agora retorna à Câmara, com a possibilidade de ser promulgada sem as alterações propostas pelos senadores (Arthur Lira chegou a mencionar a possibilidade de fatiamento, uma perspectiva considerada desfavorável).

Diversas modificações foram incorporadas, como a ampliação de setores com alíquota reduzida, a autorização para que os Estados criem um novo imposto para financiar a infraestrutura, e o aumento do valor do Fundo de Desenvolvimento Regional.

O contexto em que a reforma avançou é desafiador, especialmente devido à controvérsia em torno da alteração da meta fiscal, agravada pelos resultados decrescentes na arrecadação (os dados de setembro, por exemplo, aumentaram as preocupações).

Apesar de parecer uma situação caótica, o texto aprovado estabelece um limite para a carga tributária do país, baseado na média da receita dos cinco impostos a serem extintos (ICMS, ISS, IPI, PIS e Cofins) de 2012 a 2021, em proporção ao PIB, que não poderá ser ultrapassado.

Apesar de distante do ideal, parece ser um passo positivo.

O caminho percorrido está longe da perfeição, mas reflete o que era possível aprovar. O IVA, sem dúvida, representa a direção correta, apesar das distorções que criamos.

01:33 — E essa margem equatorial?

Um dos temas predominantes do dia gira em torno da divulgação dos resultados da Petrobras após o fechamento do mercado. Outras empresas também estão na pauta, como Bradesco, B3, Cyrela, Renner e Rumo, mas a Petrobras destaca-se, sem dúvida, devido à sua relevância sistêmica, dada a influência de suas ações no índice.

Sobre a petroleira, chama atenção o debate em torno da Margem Equatorial. A dificuldade em obter licença ambiental para perfurar poços na bacia da Foz do Amazonas levou a empresa a buscar alternativas para explorar a região.

A Petrobras solicitou ao Ibama prioridade no licenciamento para a perfuração de dois blocos na bacia Potiguar.

Esta área, que já possui produção de petróleo com potencial de expansão, é considerada a mais promissora desde a descoberta do pré-sal, há 15 anos.

O plano estratégico 2023/27 da Petrobras prevê um investimento de US$ 6 bilhões em campanhas exploratórias, sendo metade destinada à Margem Equatorial. Essa área é crucial para a reposição das reservas da Petrobras e para manter o nível atual de atividade na indústria de óleo e gás no país.

Certamente, é uma das fronteiras que o Brasil não pode perder, pois poderia consolidar o país como um dos principais produtores mundiais nos próximos anos.

02:25 — Algo de novo?

Ontem, nos EUA, o Dow Jones Industrial Average registrou sua primeira queda em oito sessões. Os investidores estão focados na temporada de resultados e nas declarações dos membros do Fed, especialmente Jerome Powell.

Hoje, Powell volta a aparecer, desta vez em um painel do FMI com o tema "Desafios da Política Monetária numa Economia Global", programado para a tarde. A incerteza persiste sobre o próximo movimento do Fed, diante da desaceleração da dinâmica econômica, das condições financeiras mais restritas e do abrandamento, ainda que não totalmente superado, da inflação.

Durante sua coletiva de imprensa na semana passada, Powell fez o possível para manter a flexibilidade política, mas a maioria dos observadores do Fed e dos participantes do mercado acredita que o ciclo de aperto do Fed está encerrado.

Segundo a ferramenta CME FedWatch, que monitora os futuros das taxas de juro, a probabilidade de os responsáveis da Fed manterem as taxas estáveis no próximo mês é atualmente superior a 90%.

A pergunta que todos se fazem agora é quando começarão os cortes nas taxas, provavelmente na primeira metade de 2024.

03:18 — E esses preços chineses

Os índices de preços ao consumidor e ao produtor na China estão novamente em queda.

De acordo com os dados divulgados nesta quinta-feira, a inflação para os consumidores e produtores apresentou declínios de 0,2% e 2,6%, respectivamente, em comparação ao ano anterior.

A variação nos preços ao consumidor é influenciada pelos custos da carne suína, que têm impacto apenas dentro da China.

Globalmente, os preços ao consumidor das importações estão principalmente vinculados aos custos do trabalho interno, o que significa que a deflação nos preços ao produtor na China tem consequências globais diretas bastante limitadas.

Como resultado, os índices chineses registraram queda no pregão de hoje, marcando a segunda vez no ano em que o país apresenta um nível significativo de desinflação.

Esses dados surgiram logo após os números decepcionantes do comércio em outubro, e as leituras da semana passada indicaram uma fraqueza persistente na atividade empresarial chinesa ao longo do mês.

A baixa performance em outubro aumentou as preocupações sobre um abrandamento da atividade econômica na China, levando os investidores a apostarem em mais medidas de estímulo por parte de Pequim para sustentar o crescimento.

04:13 — A fraqueza do petróleo

O petróleo está retomando sua trajetória de alta de forma discreta hoje, após alguns pregões desafiadores, principalmente devido às preocupações com a demanda na China (a queda nas exportações chinesas indicou uma demanda global enfraquecida por energia).

Os preços do petróleo nos EUA caíram de mais de US$ 100 por barril no ano passado para cerca de US$ 80 por barril. Nos últimos cinco dias, o petróleo bruto registrou uma queda superior a 7%.

Novos desenvolvimentos no Oriente Médio ou uma demanda mais robusta do que o previsto poderiam impulsionar os preços do petróleo em direção a níveis mais elevados.

No entanto, seria necessária uma surpresa significativa em ambas as frentes para que os preços retornassem próximos a US$ 100.

Simultaneamente, observamos que cair abaixo de US$ 70 é uma barreira difícil de ser ultrapassada, pois nesse ponto, a Casa Branca inicia a recomposição das reservas estratégicas e a Arábia Saudita intensifica ainda mais os cortes na oferta.

ESQUENTA DOS MERCADOS

O Ibovespa futuro começou o dia em alta de 0,26%, aos 120.670 pontos após a abertura. No mesmo horário, o dólar à vista operava em alta marginal de 0,07%, cotado a R$ 4,9107.

CASAS BAHIA TEM PREJUÍZO MAIOR QUE O ESPERADO NO 3T23

Dizem que nada é tão ruim que não possa piorar — e a Casas Bahia (BHIA3) deu uma prova disso no terceiro trimestre de 2023.

A varejista iniciou recentemente uma reestruturação financeira — que incluiu o fim da marca Via e uma capitalização —, mas nada disso foi o suficiente para impedir os resultados negativos do terceiro trimestre.

E não foi só: a expectativa dos analistas de mercado em relação aos números eram ruins, mas o resultado foi ainda pior do que se esperava.

A varejista — que, como tantas outras, enfrenta dificuldades financeiras — registrou prejuízo líquido de R$ 836 milhões entre julho e setembro, o que representa um aumento de 311% em relação às perdas do mesmo período do ano anterior.

Leia mais.

SENADO APROVA REFORMA TRIBUTÁRIA

O Senado aprovou em dois turnos o texto da reforma tributária. Tanto no primeiro quanto no segundo turno, o placar da votação foi de 53 votos a favor e 24 contra.

O governo precisava de pelo menos 49 votos nas votações da noite desta quarta-feira (08) para aprovar a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 45, que prevê mudanças nos impostos sobre o consumo.

Por ter sido alterada no Senado, a PEC precisa agora ser aprovada novamente na Câmara dos Deputados antes de seguir para sanção pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Desde que foi enviada pelo Poder Executivo ao Congresso em 2019, não foram poucas as modificações sofridas pelo texto.

Algumas foram feitas e depois desfeitas, o que deixou o acompanhamento da tramitação bastante confuso pela população em geral.

Leia mais.

TREASURYS SOBEM ANTES DE POWELL

Os retornos dos títulos do Tesouro norte-americano, os chamados Treasurys, avançam na manhã desta quinta-feira.

Os investidores aguardam as falas de Jerome Powell na tarde de hoje. O chefe do Federal Reserve, o Banco Central dos EUA, volta a discursar, um dia após evitar comentar a política monetária do país.

Confira:

Título YieldVar(pts)Var(%)
U.S. 7Y4,566+0,018+0,39%
U.S. 10Y4,548+0,021+0,46%
U.S. 20Y4,865+0,015+0,32%
U.S. 30Y4,669+0,013+0,27%
Investing.com
INFLAÇÃO DESACELERA NA CHINA

O índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) da segunda maior economia do planeta desacelerou em outubro.

O CPI recuou 0,2% na comparação anual de outubro. As previsões apontavam para um recuo de 0,1%.

Já o PPI da China teve queda anual de 2,6% em outubro. A leitura do mês veio um pouco abaixo do que as estimativas, que apontavam para um recuo de 2,7%.

FUTUROS DE NOVA YORK TENTAM EMPLACAR ALTA

Após amanhecerem no vermelho, os índices futuros de das bolsas de valores de Nova York tentam reverter as perdas do início da manhã.

Wall Street segue pressionado pela possibilidade de realização de lucros depois de marcar sete pregões seguidos no azul.

Entretanto, os investidores aguardam discurso do presidente do Federal Reserve (Fed), Jerome Powell, e de outros dirigentes do banco central norte-americano.

Veja como estavam os índices futuros de Nova York:

  • Dow Jones futuro: +0,15%
  • S&P-500 futuro: +0,10%
  • Nasdaq futuro: -0,02%
BOLSAS DA EUROPA ABREM EM ALTA

As principais bolsas de valores da Europa abriram em alta nesta quinta-feira.

Com o andar da sessão, as bolsas de Londres e Frankfurt passaram a oscilar entre leves altas e baixas.

Já a bolsa de Paris estava um pouco mais firme no azul.

Os investidores da região seguem repercutindo a temporada de balanços enquanto aguardam comentários públicos de dirigentes do Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA), do Banco Central Europeu (BCE) e do Banco da Inglaterra (BoE).

Veja como estavam as principais bolsas da Europa:

  • FTSE 100: +0,11%
  • DAX: +0,42%
  • CAC 40: +0,61%
BOLSAS DA ÁSIA FECHAM SEM DIREÇÃO

Os principais índices asiáticos encerraram o pregão sem direção definida nesta quinta-feira.

As bolsas foram pressionadas pelas perdas recentes, mas os dados positivos da China sustentaram o viés positivo em algumas praças.

Confira:

  • Xangai: +0,03%
  • Nikkei: +1,49%
  • Kospi: +0,23%
  • Hang Seng: -0,33%
O QUE ROLOU NOS MERCADOS ONTEM?

Depois de quatro altas consecutivas, o Ibovespa fechou o pregão em queda, pressionado pela desvalorização do petróleo e o tom misto dos índices em Nova York.

Com a agenda local mais esvaziada, os investidores seguiram monitorando a tramitação da Reforma Tributária no Senado Federal. A expectativa é de que proposta seja apreciada em plenário ainda hoje.

Lá fora, os investidores esperaram por declarações de dirigentes do Federal Reserve (Fed, o Banco Central dos EUA), entre eles o presidente do BC, Jerome Powell — que evitou comentar sobre a política monetária.

Entre as commodities, os contratos mais líquidos do petróleo Brent, usado como referência mundial, encerraram o dia abaixo dos US$ 80, pela primeira vez desde julho. As preocupações sobre o enfraquecimento da demanda e a desaceleração da China permanecem pressionando esse mercado, com o conflito Israel-Hamas em segundo plano.

O Ibovespa terminou em baixa de 0,08%, aos 119.176 pontos. O dólar fechou a R$ 4,9071, com alta de 0,66%, no mercado à vista.

Confira o que movimentou os mercados na última quarta-feira (8).

PRIVATIZAÇÃO DA SABESP AMEAÇADA?

As fortes chuvas que atingiram São Paulo na última sexta-feira (3) literalmente apagaram as luzes da cidade que nunca dorme. Mais de dois milhões de clientes da Enel na capital e municípios vizinhos ficaram sem luz e muitos culparam a privatização da empresa pelo “descaso” com a cidade.

Recapitulando o histórico, a Enel hoje administra o que um dia foi a Eletropaulo, estatal paulista criada em 1981 para a distribuição de energia no Estado.

No final da década de 90, o então governador Mário Covas dividiu a Eletropaulo e privatizou parte das operações para a norte-americana AES, que virou AES Eletropaulo. Em 2018, a italiana Enel comprou o restante das ações da estatal e tomou o controle da empresa.

Os problemas enfrentados pela cidade no último temporal levantaram uma lebre, em especial nas redes sociais, de que terminar a cessão completa das operações para a iniciativa privada havia sido um erro.

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