🔴 A TEMPORADA DE BALANÇOS DO 1T25 JÁ COMEÇOU – CONFIRA AS NOTÍCIAS, ANÁLISES E RECOMENDAÇÕES

Julia Wiltgen

Julia Wiltgen

Jornalista formada pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) com pós-graduação em Finanças Corporativas e Investment Banking pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Trabalhou com produção de reportagem na TV Globo e foi editora de finanças pessoais de Exame.com, na Editora Abril. Hoje é editora-chefe do Seu Dinheiro.

Armadura contra o dragão

Veja o título do Tesouro Direto mais indicado para proteger seu dinheiro da inflação em meio à guerra entre Rússia e Ucrânia

A alta dos preços em razão do conflito já se faz sentir no bolso do brasileiro – vide o aumento dos combustíveis. Mas este título do Tesouro Direto ajuda a preservar seu patrimônio

Julia Wiltgen
Julia Wiltgen
15 de março de 2022
6:50 - atualizado às 5:42
Dragão da inflação soltando fogo
A inflação destrói o poder de compra do seu patrimônio. Imagem: Shutterstock

A expectativa de uma inflação mais controlada em 2022 vem sendo abalada pela guerra na Ucrânia, com a pressão do conflito sobre os preços de commodities e na organização das cadeias logísticas globais.

As consequências já começaram a ser sentidas pelo bolso do brasileiro. A disparada do petróleo, por exemplo, levou a Petrobras recentemente a aumentar os preços da gasolina em 19%, e os do diesel em 25%. E podemos ver ainda novas altas nos preços dos alimentos.

Tratam-se de produtos de consumo fundamental em todo mundo. É, portanto, de se esperar que a inflação, ainda que não dispare, se mantenha num patamar mais elevado por um tempo prolongado, tanto aqui como no exterior.

“Há umas duas semanas, os títulos pós-fixados nos pareciam os mais promissores, e as apostas em títulos atrelados à inflação eram consideradas mais arrojadas. Agora, já temos uma visão diferente”, me disse Ulisses Nehmi, sócio da Sparta, gestora especializada em renda fixa.

Mesmo que a guerra termine em breve, com uma provável vitória da Rússia, é difícil que as sanções contra o país - e as respectivas retaliações por parte do Kremlin - sejam levantadas.

Assim como nos períodos mais agudos da pandemia, estamos novamente diante de um choque de oferta. E quando a inflação deriva da restrição de oferta, e não necessariamente da demanda aquecida, fica mais difícil controlá-la via taxa de juros, como vêm fazendo os bancos centrais - inclusive o brasileiro. “Não tem muito o que fazer da parte de política monetária”, diz Nehmi.

Leia Também

Assim, pode até ser que a Selic aumente mais do que o inicialmente esperado, mas não muito mais. O mercado ainda espera que o ciclo de aperto monetário no Brasil esteja perto do fim e que os bancos centrais precisem mesmo tolerar uma inflação mais alta por algum tempo.

Proteja-se!

Em resumo, se você tem dinheiro investido e capacidade de poupar, é um bom momento para voltar a considerar investimentos que oferecem proteção contra a inflação - e, por que não, também um bom retorno real.

No início do ano, esses ativos não estavam na lista de prioridades dos investidores, mas com a situação atual, voltaram para o radar.

Para Ulisses Nehmi, da Sparta, os investimentos indexados mais atrativos neste momento para obter esse tipo de proteção são os títulos de renda fixa atrelados à inflação de curto prazo, isto é, com vencimentos em menos de cinco anos.

No Tesouro Direto, plataforma de negociação de títulos públicos para as pessoas físicas, o único título com essas características disponível atualmente é o Tesouro IPCA+ com vencimento em 2026.

Também é possível investir nesses títulos por meio dos chamados fundos de inflação, priorizando aqueles classificados como sendo de “duration curta” e que usam como referência de rentabilidade o índice de renda fixa IMA-B 5, que representa o desempenho de uma cesta de títulos públicos indexados ao IPCA de prazos inferiores a cinco anos.

Já em bancos e plataformas de investimento, é possível encontrar títulos privados com essas características, emitidos por instituições financeiras, como CDBs, LCIs e LCAs atrelados ao IPCA - sendo que as LCIs e LCAs ainda contam com isenção de IR.

Leia também

E por que esses títulos estão interessantes contra a inflação?

Primeiro porque pagam uma remuneração prefixada, que está em níveis elevados devido à Selic alta. No Tesouro Direto, o Tesouro IPCA+ 2026, por exemplo, está pagando 5,69% ao ano acima do IPCA, o índice de inflação oficial, o que garante não apenas a proteção do patrimônio, mas significa que você vai ficar mais rico de fato. Um juro real de quase 6% definitivamente não é de se jogar fora. Veja aqui as taxas dos títulos do Tesouro Direto hoje.

Entre os títulos emitidos por bancos de médio porte, é possível encontrar papéis com remunerações até maiores, em prazos menores, e tudo com proteção do FGC. Não é difícil, por exemplo, encontrar CDB com remuneração superior a 6% ao ano mais IPCA para prazos de um ano.

Em segundo lugar, como os prazos desses títulos são curtos, você tem um risco menor de liquidez ou de volatilidade.

Vídeo: Como investir em renda fixa, como CDB, LCI e LCA

No caso do Tesouro IPCA+, por exemplo, há liquidez diária, mas os preços oscilam de acordo com as expectativas para inflação e taxa de juros. Assim, o título pode se desvalorizar e o investidor perder dinheiro, caso o venda antes do vencimento.

“Esses títulos podem se desvalorizar se o juro subir muito ou a inflação despencar, cenário este que parece cada vez mais remoto. Então o risco, agora, é basicamente de o juro subir. Mas vai subir muito no curto prazo? Em ano eleitoral, ainda por cima?”, questiona Nehmi.

O gestor da Sparta diz que o mercado não acredita que o BC vá insistir muito na alta de juros para conter a inflação, então que o risco de perder dinheiro em títulos Tesouro IPCA+ de curto prazo, mais afetados pela política monetária que pelo risco fiscal, está menor agora.

De fato, os títulos públicos atrelados à inflação, tanto os longos quanto os curtos, apanharam um bocado no último ano, em razão da alta dos juros.

Lembre-se, porém, de que independentemente do que acontece com os preços dos títulos públicos no meio do caminho, eles sempre pagam a rentabilidade acordada no vencimento. Então quem ficar com o papel comprado via Tesouro Direto até o fim do prazo não vai ter perdas de qualquer forma. E também é bem mais fácil levar um título curto até o vencimento do que um título longo.

Já os títulos bancários atrelados à inflação não costumam ter liquidez diária. Então a aposta em papéis de prazos curtos é mais segura para os recursos não ficarem “presos” por muito tempo e poderem ser realocados para produtos mais adequados caso a situação se modifique, no médio prazo.

COMPARTILHAR

Whatsapp Linkedin Telegram
O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Planos pré-feriado: Ibovespa se prepara para semana mais curta, mas cheia de indicadores e balanços

28 de abril de 2025 - 8:06

Dados sobre o mercado de trabalho no Brasil e nos EUA, balanços e 100 dias de Trump são os destaques da semana

ANOTE NO CALENDÁRIO

Agenda econômica: Balanços, PIB, inflação e emprego estão no radar em semana cheia no Brasil e no exterior

28 de abril de 2025 - 7:03

Semana traz IGP-M, payroll, PIB norte-americano e Zona do Euro, além dos últimos balanços antes das decisões de juros no Brasil e nos Estados Unidos de maio

CALENDÁRIO ECONÔMICO

Agenda intensa: semana tem balanços de gigantes, indicadores quentes e feriado

27 de abril de 2025 - 17:12

Agenda da semana tem Gerdau, Santander e outras gigantes abrindo temporada de balanços e dados do IGP-M no Brasil e do PIB nos EUA

FGC EM RISCO?

Normas e tamanho do FGC entram na mira do Banco Central após compra do Banco Master levantar debate sobre fundo ser muleta para CDBs de alto risco

25 de abril de 2025 - 14:30

Atualmente, a maior contribuição ao fundo é feita pelos grandes bancos, enquanto as instituições menores pagam menos e têm chances maiores de precisar acionar o resgate

DE OLHO NA VIRADA

Vai dar zebra no Copom? Por que a aposta de uma alta menor da Selic entrou no radar do mercado

25 de abril de 2025 - 10:27

Uma virada no placar da Selic começou a se desenhar a pouco mais de duas semanas da próxima reunião do Copom, que acontece nos dias 6 e 7 de maio

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Deixa a bolsa me levar: Ibovespa volta a flertar com máxima histórica em dia de IPCA-15 e repercussão de balanço da Vale

25 de abril de 2025 - 8:23

Apesar das incertezas da guerra comercial de Donald Trump, Ibovespa está a cerca de 2% de seu recorde nominal

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Tudo tem um preço: Ibovespa tenta manter o bom momento, mas resposta da China aos EUA pode atrapalhar

24 de abril de 2025 - 8:11

China nega que esteja negociando tarifas com os Estados Unidos e mercados internacionais patinam

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Agora 2025 começou: Ibovespa se prepara para seguir nos embalos da festa do estica e puxa de Trump — enquanto ele não muda de ideia

23 de abril de 2025 - 8:06

Bolsas internacionais amanheceram em alta nesta quarta-feira diante dos recuos de Trump em relação à guerra comercial e ao destino de Powell

SELIC VS DÓLAR

Banco Central acionou juros para defender o real — Galípolo detalha estratégia monetária brasileira em meio à guerra comercial global

22 de abril de 2025 - 15:50

Em audiência na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado, Gabriel Galípolo detalhou a estratégia monetária do Banco Central e sua visão sobre os rumos da guerra comercial

DIA 92

Trump x Powell: uma briga muito além do corte de juros

21 de abril de 2025 - 17:12

O presidente norte-americano seguiu na campanha de pressão sobre Jerome Powell e o Federal Reserve e voltou a derrubar os mercados norte-americanos nesta segunda-feira (21)

METAL MAIS QUE PRECIOSO

É recorde: preço do ouro ultrapassa US$ 3.400 e já acumula alta de 30% no ano

21 de abril de 2025 - 15:01

Os contratos futuros do ouro chegaram a atingir US$ 3.433,10 a onça na manhã desta segunda-feira (21), um novo recorde, enquanto o dólar ia às mínimas em três anos

FECHAMENTO DOS MERCADOS

A bolsa de Nova York sangra: Dow Jones cai quase 1 mil pontos e S&P 500 e Nasdaq recuam mais de 2%; saiba o que derrubou Wall Street

21 de abril de 2025 - 11:16

No mercado de câmbio, o dólar perde força com relação a outras moedas, atingindo o menor nível desde março de 2022

ANOTE NO CALENDÁRIO

Agenda econômica: é dada a largada dos balanços do 1T25; CMN, IPCA-15, Livro Bege e FMI também agitam o mercado

21 de abril de 2025 - 8:15

Semana pós-feriadão traz agenda carregada, com direito a balanço da Vale (VALE3), prévia da inflação brasileira e reunião do Conselho Monetário Nacional (CMN)

conteúdo EQI

IPCA de março é o mais alto para o mês desde 2023, mas esse ativo pode render acima da inflação; conheça

18 de abril de 2025 - 14:00

Com o maior IPCA registrado para o mês de março desde 2023, essa estratégia livre de IR pode ser ainda mais rentável que a inflação, aponta EQI

DIA 88

Show de ofensas: a pressão total de Donald Trump sobre o Fed e Jerome Powell

17 de abril de 2025 - 19:55

“Terrível”, “devagar” e “muito político” foram algumas das críticas que o presidente norte-americano fez ao chefe do banco central, que ele mesmo escolheu, em defesa do corte de juros imediato

APERTEM OS CINTOS

Por essa nem o Fed esperava: Powell diz pela primeira vez o que pode acontecer com os EUA após tarifas de Trump

16 de abril de 2025 - 17:34

O presidente do banco central norte-americano reconheceu que foi pego de surpresa com o tarifaço do republicano e admitiu que ninguém sabe lidar com uma guerra comercial desse calibre

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Até tu, Nvidia? “Queridinha” do mercado tomba sob Trump; o que esperar do mercado nesta quarta

16 de abril de 2025 - 8:37

Bolsas continuam de olho nas tarifas dos EUA e avaliam dados do PIB da China; por aqui, investidores reagem a relatório da Vale

VALE O RISCO?

CDBs do Banco Master que pagam até 140% do CDI valem o investimento no curto prazo? Títulos seguem “baratos” no mercado secundário 

15 de abril de 2025 - 19:26

Investidores seguem tentando desovar seus papéis nas plataformas de corretoras como XP e BTG, mas analistas não veem com bons olhos o risco que os títulos representam

AGENDA DE RESULTADOS

Temporada de balanços 1T25: Confira as datas e horários das divulgações e das teleconferências

15 de abril de 2025 - 6:47

De volta ao seu ritmo acelerado, a temporada de balanços do 1T25 começa em abril e revela como as empresas brasileiras têm desempenhado na nova era de Donald Trump

CRIPTO HOJE

Bitcoin (BTC) sustenta recuperação acima de US$ 84 mil — mercado cripto resiste à pressão, mas token Mantra despenca 90% sob suspeita de ‘rug pull’

14 de abril de 2025 - 14:50

Trégua nas tarifas de Trump e isenção para eletrônicos aliviam tensões e trazem respiro ao mercado cripto no início da semana

Menu

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies

Fechar