BRF ladeira abaixo: saiba por que as ações BRFS3 foram rebaixadas por um banco estrangeiro e lideram pelotão de perdas na B3
A performance da empresa nos últimos tempos não é das melhores: a companhia acumula queda de 15% na semana e de mais de 40% no ano
Um combo de notícias negativas faz as ações da BRF (BRFS3) descerem a ladeira nesta terça-feira (25), liderando o pelotão de perdas da B3 com uma queda de mais de 11%.
De um lado, pesa o fato de o JP Morgan ter cortado o preço-alvo do papel e de o Citi ter rebaixado a recomendação para as ações BRFS3. Do outro, o pedido de recall de produtos de uma empresa da BRF Pet segue surtindo um efeito negativo sobre as ações.
É bem verdade também que a performance da BRF nos últimos tempos não tem sido das melhores: a companhia acumula queda de 15% na semana e de mais de 40% no ano. Hoje, os papéis BRFS3 fecharam em baixa de 11,24%, a R$ 12,24.
Primeiro, o recall da BRF
Em setembro, a Balance — marca da BRF Pet, uma subsidiária da BRF voltada para o mercado de animais de estimação — já tinha anunciado o recolhimento de lotes do produto Snack Dental por contaminação de etilenoglicol.
A companhia, agora, volta a enfrentar problemas semelhantes; dessa vez, o vilão foi o monoetilenoglicol, um composto químico tóxico.
Na última sexta-feira (21), o Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Animal do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) determinou o recolhimento, em todo o Brasil, de petiscos caninos da Balance depois que foram detectados nos produtos da BRF três lotes do aditivo alimentar propilenoglicol contaminados com monoetilenoglicol.
Leia Também
Nubank (ROXO34) agora busca licença bancária para não mudar de nome, depois de regra do Banco Central
Vapza, Wittel: as companhias que podem abrir capital na BEE4, a bolsa das PMEs, em 2026
Segundo uma nota do Mapa, a decisão foi tomada após o Ministério receber oficialmente o comunicado de recall voluntário de três lotes de petiscos caninos da marca.
Depois, o rebaixamento dos bancos
Nem mesmo a joint venture entre a subsidiária BRF GmbH e a Halal Products Development Company (HPDC) — unidade do Public Investment Fund (PIF), fundo soberano da Arábia Saudita — salvou a BRF do rebaixamento dos bancos.
Na visão do BTG Pactual, a parceria para atuar na cadeia de produção de frangos na Arábia Saudita pode pesar nas contas da empresa brasileira a partir do ano que vem. A BRF deterá até 70% da sociedade e a HPDC, 30%.
Nos cálculos do banco, o capex inicial de US$ 125 milhões representaria um pequeno aumento, próximo de 0,1x, na relação dívida líquida/Ebitda esperada para 2022. No entanto, para 2023, supondo que todos os US$ 500 milhões sejam investidos pelas partes, haveria um aumento de cerca de 0,3x da dívida líquida/Ebitda, para 3,1x.
Já o JP Morgan avalia que a fraca dinâmica do Brasil não deve ser compensada pelas operações internacionais, uma vez que os melhores preços de exportação para a Ásia devem ser compensados pela normalização das margens no Halal.
Recentemente, o banco adotou uma recomendação neutra para as ações da BRF por entender que, ainda que o risco-recompensa pareça interessante, a velocidade de recuperação do mercado doméstico é frustrante.
Com isso, o JP Morgan cortou o preço-alvo das ações BRFS3 de R$ 16,50 para R$ 15 — o que representa um potencial de valorização de 9% com relação ao fechamento de segunda-feira (25).
O Citi seguiu o mesmo caminho do JP Morgan: rebaixou a classificação de BRFS3, de compra para neutra — com risco elevado —, e cortou o preço-alvo de R$ 29 para R$ 18 — o que representa um potencial de valorização de 30,5% em relação ao fechamento de ontem.
Segundo o Citi, a BRF precisa trabalhar para restabelecer a rentabilidade e reduzir o excesso de estoque. O banco lembra que a BRF está trabalhando sob a direção do novo CEO Miguel Gularte para reavaliar o antigo plano “visão 2030”.
Vale (VALE3): as principais projeções da mineradora para os próximos anos — e o que fazer com a ação agora
A companhia deve investir entre US$ 5,4 bilhões e US$ 5,7 bilhões em 2026 e cerca de US$ 6 bilhões em 2027. Até o fim deste ano, os aportes devem chegar a US$ 5,5 bilhões; confira os detalhes.
Mesmo em crise e com um rombo bilionário, Correios mantêm campanha de Natal com cartinhas para o Papai Noel
Enquanto a estatal discute um empréstimo de R$ 20 bilhões que pode não resolver seus problemas estruturais, o Papai Noel dos Correios resiste
Com foco em expansão no DF, Smart Fit compra 60% da rede de academias Evolve por R$ 100 milhões
A empresa atua principalmente no Distrito Federal e, segundo a Smart Fit, agrega pontos comerciais estratégicos ao seu portfólio
Por que 6 mil aviões da Airbus precisam de reparos: os detalhes do recall do A320
Depois de uma falha de software expor vulnerabilidades à radiação solar e um defeito em painéis metálicos, a Airbus tenta conter um dos maiores recalls da sua história
Os bastidores da crise na Ambipar (AMBP3): companhia confirma demissão de 35 diretores após detectar “falhas graves”
Reestruturação da Ambipar inclui cortes na diretoria e revisão dos controles internos. Veja o que muda até 2026
As ligações (e os ruídos) entre o Banco Master e as empresas brasileiras: o que é fato, o que é boato e quem realmente corre risco
A liquidação do Banco Master levantou dúvidas sobre possíveis impactos no mercado corporativo. Veja o que é confirmado, o que é especulação e qual o risco real para cada companhia
Ultrapar (UGPA3) e Smart Fit (SMFT3) pagam juntas mais de R$ 1,5 bilhão em dividendos; confira as condições
A maior fatia desse bolo fica com a Ultrapar; a Smartfit, por sua vez, também anunciou a aprovação de aumento de capital
RD Saúde (RADL3) anuncia R$ 275 milhões em proventos, mas ações caem na bolsa
A empresa ainda informou que submeterá uma proposta de aumento de capital de R$ 750 milhões
Muito além do Itaú (ITUB4): qual o plano da Itaúsa (ITSA4) para aumentar o pagamento de dividendos no futuro, segundo a CFO?
Uma das maiores pagadoras de dividendos da B3 sinaliza que um novo motor de remuneração está surgindo
Petrobras (PETR4) amplia participação na Jazida Compartilhada de Tupi, que detém com Shell e a portuguesa Petrogal
Os valores a serem recebidos pela estatal serão contabilizados nas demonstrações financeiras do quarto trimestre de 2025
Americanas (AMER3) anuncia troca de diretor financeiro (CFO) quase três anos após crise e traz ex-Carrefour e Dia; veja quem assume
Sebastien Durchon, novo diretor financeiro e de Relações com Investidores da Americanas, passou pelo Carrefour, onde conduziu o IPO da varejista no Brasil e liderou a integração do Grupo Big, e pelo Dia, onde realizou um plano de reestruturação
Essa empresa aérea quer que você pague mais de R$ 100 para usar o banheiro do avião
Latam cria regras para uso do banheiro dianteiro – a princípio, apenas passageiros das 3 primeiras fileiras terão acesso ao toalete
Ambipar (AMBP3): STJ suspende exigência de depósito milionário do Deutsche Bank
Corte superior aceitou substituir a transferência dos R$ 168 milhões por uma carta de fiança e congelou a ordem do TJ-RJ até a conclusão da arbitragem
Sinal verde: Conselho dos Correios dá aval a empréstimo de R$ 20 bilhões para reestruturar a estatal
Com aprovação, a companhia avança para fechar o financiamento bilionário com cinco bancos privados, em operação que ainda depende do Tesouro e promete aliviar o caixa e destravar a reestruturação da empresa
Oi (OIBR3) consegue desbloqueio de R$ 517 milhões após decisão judicial
Medida permite à operadora acessar recursos bloqueados em conta vinculada à Anatel, enquanto ações voltam a oscilar na bolsa após suspensão da falência
WEG (WEGE3) pagará R$ 1,9 bilhão em dividendos e JCP aos acionistas; veja datas e quem recebe
Proventos refletem o desempenho resiliente da companhia, que registrou lucro em alta mesmo em cenário global incerto
O recado da Petrobras (PETR4) para os acionistas: “Provavelmente não teremos dividendos extraordinários entre 2026 e 2030”
Segundo o diretor financeiro da companhia, Fernando Melgarejo, é preciso cumprir o pré-requisito de fluxo de caixa operacional robusto, capaz de deixar a dívida neutra, para a distribuição de proventos adicionais
A ação do Assaí virou um risco? ASAI3 cai mais de 6% com a chegada dos irmãos Muffato; saiba o que fazer com o papel agora
Na quinta-feira (27), companhia informou que fundos controlados pelos irmãos Muffato adquiriram uma posição acionária de 10,3%
Anvisa manda recolher lotes de sabão líquido famoso por contaminação; veja quais são e o que fazer
Medida da Anvisa vale para lotes específicos e inclui a suspensão de venda e uso; produto capilar de outra marca também é retirado do mercado
O “bom problema” de R$ 40 bilhões da Axia Energia (AXIA3) — e como isso pode chegar ao bolso dos acionistas
A Axia Energia quer usar parte de seus R$ 39,9 bilhões em reservas e se preparar para a nova tributação de dividendos; entenda