Serena Williams sonha em ser uma potência dentro e fora das quadras — com 23 grand slams, 13 unicórnios e uma história inigualável
Em evento promovido pela XP Investimentos, a tenista falou sobre os seus planos fora das quadras
Assim como não se cria a melhor tenista de todos os tempos da noite para o dia, as melhores oportunidades de investimento podem não parecer tão promissoras à primeira vista — na maior parte do tempo, é preciso anos até que o botão se transforme em uma linda flor.
Aos quatro anos de idade, Serena Williams não sabia o que o futuro lhe reservava, mas seu pai, Richard Williams, tinha um sonho — e um plano. E foi assim que raquetadas despretensiosas transformaram definitivamente o rumo dos esportes, e também dos investimentos.
Detentora de um saque imbatível, mais de US$ 100 milhões em premiação e de 23 troféus de grand slam, Serena Williams é uma das poucas unanimidades do mundo do esporte.
Aos 40 anos, os dias de glória dentro das quatro linhas podem estar chegando ao fim, mas Serena já vem conquistando posições em outro ranking disputado: o dos investimentos.
Desde 2008, a tenista divide o seu precioso tempo entre as quadras e os almoços de negócios, sempre procurando a próxima história que pode transformar o mundo — e foi assim que, até agora, 13 startups apoiadas por ela já chegaram ao status de unicórnio, acumulando mais de US$ 1 bilhão em valor de mercado.
Apesar do histórico invejável dentro e fora das quadras, Serena sabe que histórias de sucesso não são escritas da noite para o dia — e, por isso, aposta no investimento em empresas em estágios iniciais para o seu negócio de venture capital, passando para a frente os ensinamentos de seu pai: aquele que não se planeja, já está planejando fracassar.
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Da mesma forma que os anos moldaram e aperfeiçoaram os seus golpes mais potentes, a atleta acredita que empreendedores não são necessariamente pessoas que nascem prontas. A prática constrói a resiliência e disciplina necessárias para o mundo dos negócios.
As placas publicitárias que cercam os maiores palcos do tênis mundial serviram de inspiração para que Serena Williams buscasse um universo de investimento longe das quatro linhas. No entanto, foram as primeiras lições de sua vida, ainda nas quadras públicas de Compton, que guiaram Williams a fazer algo diferente do que apenas investir buscando o maior lucro possível.
Serena Williams: a caçadora de unicórnios
A tenista apresentou a faceta empreendedora durante participação na Expert XP. Fundada em 2008, a Serena Ventures busca encontrar histórias que, na maior parte do tempo, passariam despercebidas pelo mercado convencional.
Assim, empresas ainda nos estágios iniciais de desenvolvimento — muitas delas idealizadas por mulheres ou mulheres negras fora da América do Norte — passaram a ter um protagonismo inédito.
Como ninguém é perfeito, nem mesmo os melhores atletas da história, o trajeto da mais nova das irmãs Williams não foi livre de fracassos. Enquanto ainda tateava o seu caminho no mundo dos investimentos, a tenista cometeu alguns "erros não forçados" até entender o que é preciso para que um sonho se transforme em uma empresa lucrativa.
Apesar de sua carteira atual contar com mais de 60 companhias com foco em liderança e diversidade, e o seu primeiro fundo de venture capital ter arrecadado US$ 111 milhões, Serena ainda coordena pessoalmente a maior parte da prospecção de potenciais novos investimentos, sempre tendo em mente as lições aprendidas nas quadras de Compton.
Empresas que estão começando precisam de apoio e temos a possibilidade de fazer a diferença. [...] Queremos que os fundadores pensem no longo prazo. Qual é a sua meta e como você vai chegar nesse objetivo?
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADECONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADESerena Williams
A empresária se envolve pessoalmente na prospecção das novas startups que irão receber os fundos e contatos importantes adquiridos ao longo de toda a sua trajetória no esporte.
Richard Williams, pai e treinador da supercampeã, tinha um plano de mais de 70 páginas para transformar as suas duas filhas nas maiores estrelas do tênis, mas não é preciso tanto para que Serena seja convencida a investir em um novo negócio.
Segundo Serena, um bom projeto vai além de uma boa ideia, mas também não é preciso que medidas extremas sejam tomadas. Para a atleta, é necessário que os fundadores tenham um objetivo e um projeto de ação claro para que as metas sejam alcançadas.
Além disso, é preciso autenticidade e paixão — uma ideia genérica muito dificilmente conquistará o coração da tenista.

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Dando voz aos invisíveis
Sendo uma mulher negra em um esporte elitista e majoritariamente branco, Serena sabe o que é ser uma “forasteira” dentro do seu campo de atuação. Por isso, tem como missão mudar o destino de outras mulheres com a sua voz.
Quando começou a se apaixonar pelo mundo do venture capital, a tenista descobriu que apenas 2% dos trilhões anualmente investidos em start-ups eram destinados a mulheres ou mulheres negras, e decidiu que era hora de reverter esse quadro.
Apesar dos recursos da Serena Ventures não terem um alvo específico, 68% do montante do fundo hoje se destina a esse público. “Somos mulheres, procuramos mulheres e elas nos procuram, se sentindo mais confortáveis ou acreditando em uma chance maior de serem ouvidas”.
Os paralelos entre a vida dentro das quadras e a busca de novos investimentos são quase inesgotáveis para Serena: além de projetos estruturados com bons planos de desenvolvimento, a tenista busca também inovação, afastando o seu olhar dos EUA e ampliando o leque para África e América Latina — e, quem sabe no futuro, até mesmo o Brasil.
Ao longo de seus mais de 20 anos de carreira dentro das quadras, o nome de Serena tornou-se reconhecido nos quatro cantos do globo — e é esse mesmo destino que a atleta deseja para a sua empresa de venture capital.
Serena, lutando até o último ponto
Uma característica de Serena Williams dentro das quadras é a de nunca desistir, até o último ponto, de virar uma partida difícil. A tenista cita a competitividade do esporte como uma das razões que a ajudam a fechar bons negócios e a levantar fundos.
Apesar dos muitos paralelos com o tênis, a vida de investidor está longe de ser uma aventura solitária como é jogar um esporte individual — é ao time capacitado de análise e no bom trabalho em equipe que Williams credita o seu sucesso no mundo do venture capital.
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