🔴 META: ‘CAÇAR’ AS CRIPTOMOEDAS MAIS PROMISSORAS DO MERCADO DE FORMA AUTOMÁTICA – SAIBA COMO

A inflação verde: por que os preços de energia não param de subir

A falta de energia elétrica provocou uma corrida por fontes tradicionais de energia, as quais passavam por um processo de subinvestimento forte nos últimos anos, com grande parte do capital fluindo apenas para fontes renováveis

12 de outubro de 2021
8:15 - atualizado às 13:30
Imagem mostra uma tomada vermelha em primeiro plano com pilhas de moedas ao fundo que representam o preço caro da energia
Investidores subestimaram as mudanças estruturais no cenário energético Imagem: Shutterstock

Ao redor do mundo inteiro, o grande temor tem se tornado a chegada de uma crise global de energia, sendo que parece não haver solução rápida para este problema.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

A alta das commodities de energia pode ser verificada de diferentes maneiras, como os aumentos astronômicos nos preços do gás natural, custos de carvão em disparada e previsões de petróleo acima de US$ 100 o barril.

Dois são os motivos para isso.

O primeiro deles, de cunho mais conjuntural, é a reabertura da economia, com o consequente ressurgimento da demanda. Em outras palavras, durante o pior momento da pandemia, muito da oferta de energia foi cortada, bagunçando a cadeia de suprimento dos recursos energéticos. 

Na retomada, porém, a demanda superou a oferta, o que levantou os preços. Em parte, isso se deve ao fato de que, em energia, você não consegue “ligar e desligar” tão fácil ou rapidamente. Há um custo e um tempo para isso, o que se traduz em mais preço no curto prazo, necessariamente.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

A segunda razão, curiosamente, é a corrida desenfreada pela descarbonização da economia. Isso mesmo, a tentativa de caminharmos para uma economia verde nos últimos anos fez com que houvesse uma falta de oferta de produtos cuja produção tem caráter poluente (emite carbono), mas dos quais a economia ainda é dependente.

Leia Também

Existem duas vertentes dessa derivada:

  1. Para atingir um volume de energia renovável maior, nós precisamos de alguns componentes — construir barragens para hidrelétricas, montar campos com painéis solares e criar turbinas eólicas, por exemplo (isso sem falar das usinas nucleares e dos carros elétricos, entre outros). Ocorre que a produção desses componentes configura um processo muito pouco verde — processo, na verdade, marrom;
  2. Houve uma falta de investimentos em produção de combustíveis fósseis nos últimos anos, provocando um menor aumento da capacidade de produção energética, além do desligamento de muitas fontes emissoras de gás carbônico e gás carbônico equivalente, contribuindo para a escassez de combustíveis e de fontes alternativas de energia elétrica neste momento.

É o que se chamou de inflação verde. 

A falta de energia elétrica provocou uma corrida por fontes tradicionais de energia, as quais passavam por um processo de subinvestimento forte nos últimos anos, com grande parte do capital fluindo apenas para fontes renováveis.

Pressão de demanda com falta de oferta tem nome: inflação. É um movimento semelhante ao que poderíamos pensar de uma vingança da Velha Economia, na qual as iniciativas pela economia verde impulsionaram os preços.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Veja abaixo os respectivos índices de inflação das economias do G7.

Note como a bolinha laranja, que representa a inflação de energia, está muito além da inflação observada. Há uma já contratação de maior inflação para os próximos meses por conta disso, à medida que os produtores repassam para os consumidores tal inflação mais alta.

Energia cara e escassa

O problema é que a chamada inflação verde tem gerado um processo de alta nos preços de energia, comprometendo o poder de compra de toda a população. Algumas localidades já convivem com falta de energia, sinalizando um alarme antes do inverno, quando mais energia é necessária para iluminar e aquecer casas.

Na China, por exemplo, os apagões contínuos para os residentes já começaram, enquanto na Índia as usinas de energia estão lutando por carvão.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Em tese, considerando que estes dois países possuem bilhões de pessoas, já poderíamos flertar com uma crise humanitária. A prioridade imediata deve ser mitigar os impactos sociais e proteger as famílias vulneráveis.

A falta de energia na China tem origens semelhantes:

  1. A alta global já generalizada nos preços do carvão e do gás;
  2. O banimento (não oficial) de importações de carvão da Austrália (que supria boa parte da demanda do país); e
  3. A redução da produção de carvão chinesa.

As restrições de uso de energia estão em vigor em 18 províncias que, juntas, respondem por 62% do PIB da China, provocando revisões para o crescimento do país.

Como resposta, a China ordenou que suas minas de carvão aumentem a produção. As autoridades da Mongólia Interior pediram a 72 minas que aumentassem a produção em um total de 98,4 milhões de toneladas métricas.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

O número é equivalente a cerca de 30% da produção mensal de carvão da China, de acordo com dados recentes do governo. No final do dia, a China ainda é muito dependente de carvão.

Na Europa, por sua vez, o gás natural está sendo negociado em um patamar oito vezes mais alto do que o mesmo ponto do ano passado.

Houve uma certa expectativa nas últimas semanas desde que o presidente russo, Vladimir Putin, prometeu aumentar a oferta de gás para a Europa, aliviando um pouco a pressão nos preços. O efeito foi temporário e os preços já voltaram a subir, em resposta à corrida pela descarbonização.

Leia também:

...E o vento parou

Há um agravante no velho continente.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

A Europa reduziu unilateralmente suas capacidades de energia nuclear e reduziu sua produção de energia a carvão.

Quando a produção de carvão da China e de outros países asiáticos ficou abaixo do necessário à medida que a economia global se recuperava da Covid-19, teve início uma competição global pelo fornecimento de gás natural, já que muitas usinas de energia podem alternar entre carvão e gás.

Além disso, por mais que tentem, os russos não conseguem controlar o clima, o que levou à redução da energia eólica no Reino Unido.

Isso mostra como as energias limpas, apesar de boas para o meio ambiente, são indisciplinadas. Isto é, dependem muito da natureza. Hidrelétrica depende da chuva, eólica depende do vento e solar depende do sol.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Este choque de preços é uma crise inesperada em um momento crítico. Governos em todo o mundo estão tentando limitar o impacto sobre os consumidores, mas reconhecem que podem não ser capazes de evitar o pico das contas.

O movimento de transição energética tem bastante a ver com isso, que nos últimos anos tem retirado fluxo de investimento da velha economia e direcionado para a nova matriz energética.

Vingança da velha economia

O problema é que, em vez de apenas trabalhar na expansão de uma nova matriz, os países também têm desistido de ofertar energia derivada de combustíveis fósseis no curto prazo em meio a um amplo processo de eletrificação global.

O desequilíbrio, fruto de uma pressa até um pouco irresponsável para atingir metas ambientais para 2030 e, posteriormente, 2050 (2060 no caso da China), tem provocado choques que acarretam elevações muitas vezes exponenciais nos preços.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Consequentemente, os investidores estão percebendo que acabaram subestimando as mudanças estruturais que ocorreram no cenário energético e que poderiam fazer com que esses preços mais altos persistissem por algum tempo.

Com o presidente Biden estabelecendo a meta de descarbonizar a economia até 2050 em paralelo a uma expectativa de aumento de demanda por energia da ordem de 60% até lá, alguns estão até chamando a situação atual de a primeira grande crise energética da transição para energia limpa.

É uma mensagem de advertência sobre o quão complexa será a transição energética e uma “vingança” da velha economia, que vinha sendo deixada de lado e agora reage.

No meu entendimento, sem previsão para que a situação se normalize, está aberto o espaço para que possamos recalibrar um pouco dos investimentos em commodities, em especial fluxo de caixa em commodities, tipo de investimento que ainda considero como sendo fundamental dentro de uma carteira diversificada.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Há espaço agora para investirmos tanto em fontes renováveis, como trouxe na semana passada, como em fontes de energia convencionais, como petróleo, por exemplo. Tudo isso, claro, feito sob o devido dimensionamento das posições, conforme seu perfil de risco, e a devida diversificação de carteira, com as respectivas proteções associadas.

Leia também:

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

COMPARTILHAR

Whatsapp Linkedin Telegram
FECHAMENTO DOS MERCADOS

Ibovespa atinge marca inédita ao fechar acima dos 150 mil pontos; dólar cai a R$ 5,3574

3 de novembro de 2025 - 11:53

Na expectativa pela decisão do Copom, o principal índice de ações da B3 segue avançando, com potencial de chegar aos 170 mil pontos, segundo a XP

PARA FECHAR COM CHAVE DE OURO

A última dança de Warren Buffett: ‘Oráculo de Omaha’ vai deixar a Berkshire Hathaway com caixa em nível recorde

1 de novembro de 2025 - 13:08

Lucro operacional da Berkshire Hathaway saltou 34% em relação ao ano anterior; Warren Buffett se absteve de recomprar ações do conglomerado.

A SEMANA DOS MERCADOS

Ibovespa alcança o 5º recorde seguido, fecha na marca histórica de 149 mil pontos e acumula ganho de 2,26% no mês; dólar cai a R$ 5,3803

31 de outubro de 2025 - 18:15

O combo de juros menores nos EUA e bons desempenhos trimestrais das empresas pavimenta o caminho para o principal índice da bolsa brasileira superar os 150 mil pontos até o final do ano, como apontam as previsões

REAÇÃO AOS RESULTADOS

Maior queda do Ibovespa: o que explica as ações da Marcopolo (POMO4) terem desabado após o balanço do terceiro trimestre?

31 de outubro de 2025 - 12:20

As ações POMO4 terminaram o dia com a maior queda do Ibovespa depois de um balanço que mostrou linhas abaixo do que os analistas esperavam; veja os destaques

DINHEIRO EXTRA

A ‘brecha’ que pode gerar uma onda de dividendos extras aos acionistas destas 20 empresas, segundo o BTG

30 de outubro de 2025 - 16:24

Com a iminência da aprovação do projeto de lei que taxa os dividendos, o BTG listou 20 empresas que podem antecipar pagamentos extraordinários para ‘fugir’ da nova regra

REAÇÃO AO RESULTADO

Faltou brilho? Bradesco (BBDC4) lucra mais no 3T25, mas ações tombam: por que o mercado não se animou com o balanço

30 de outubro de 2025 - 8:56

Mesmo com alta no lucro e na rentabilidade, o Bradesco viu as ações caírem no exterior após o 3T25. Analistas explicam o que pesou sobre o resultado e o que esperar daqui pra frente.

FECHAMENTO DOS MERCADOS

Montanha-russa da bolsa: a frase de Powell que derrubou Wall Street, freou o Ibovespa após marca histórica e fortaleceu o dólar

29 de outubro de 2025 - 17:19

O banco central norte-americano cortou os juros pela segunda vez neste ano mesmo diante da ausência de dados econômicos — o problema foi o que Powell disse depois da decisão

VALE MAIS QUE DINHEIRO

Ouro ainda pode voltar para as máximas: como levar parte desse ganho no bolso

29 de outubro de 2025 - 14:35

Um dos investimentos que mais renderam neste ano é também um dos mais antigos. Mas as formas de investir nele são modernas e vão de contratos futuros a ETFs

O RALI NÃO ACABOU

Ibovespa aos 155 mil pontos? JP Morgan vê três motores para uma nova arrancada da bolsa brasileira em 2025

29 de outubro de 2025 - 13:32

De 10 de outubro até agora, o índice já acumula alta de 5%. No ano, o Ibovespa tem valorização de quase 24%

REAÇÃO AO RESULTADO

Santander Brasil (SANB11) bate expectativa de lucro e rentabilidade, mas analistas ainda tecem críticas ao balanço do 3T25. O que desagradou o mercado?

29 de outubro de 2025 - 10:38

Resultado surpreendeu, mas mercado ainda vê preocupações no horizonte. É hora de comprar as ações SANB11?

NA GANGORRA

Ouro tomba depois de máxima, mas ainda não é hora de vender tudo: preço pode voltar a subir

29 de outubro de 2025 - 6:05

Bancos centrais globais devem continuar comprando ouro para se descolar do dólar, diz estudo; analistas comentam as melhores formas de investir no metal

FECHAMENTO DOS MERCADOS

IA nas bolsas: S&P 500 cruza a marca de 6.900 pontos pela 1ª vez e leva o Ibovespa ao recorde; dólar cai a R$ 5,3597

28 de outubro de 2025 - 17:25

Os ganhos em Nova York foram liderados pela Nvidia, que subiu 4,98% e atingiu uma nova máxima. Por aqui, MBRF e Vale ajudaram o Ibovespa a sustentar a alta.

GIGANTE LOGÍSTICO

‘Pacman dos FIIs’ ataca novamente: GGRC11 abocanha novo imóvel e encerra a maior emissão de cotas da história do fundo

28 de outubro de 2025 - 11:23

Com a aquisição, o fundo imobiliário ultrapassa R$ 2 bilhões em patrimônio líquido e consolida-se entre os maiores fundos logísticos do país, com mais de 200 mil cotistas

OS QUERIDINHOS DOS GRINGOS

Itaú (ITUB4), BTG (BPAC11) e Nubank (ROXO34) são os bancos brasileiros favoritos dos investidores europeus, que veem vida ‘para além da eleição’

27 de outubro de 2025 - 18:43

Risco eleitoral não pesa tanto para os gringos quanto para os investidores locais; estrangeiros mantêm ‘otimismo cauteloso’ em relação a ativos da América Latina

AINDA HÁ ESPAÇO NA FESTA?

Gestor rebate alerta de bolha em IA: “valuation inflado é termo para quem quer ganhar discussão, não dinheiro”

27 de outubro de 2025 - 15:52

Durante o Summit 2025 da Bloomberg Linea, Sylvio Castro, head de Global Solutions no Itaú, contou por que ele não acredita que haja uma bolha se formando no mercado de Inteligência Artificial

BALANÇO SEMANAL

Vamos (VAMO3) lidera os ganhos do Ibovespa, enquanto Fleury (FLRY3) fica na lanterna; veja as maiores altas e quedas da semana

25 de outubro de 2025 - 16:11

Com a ajuda dos dados de inflação, o principal índice da B3 encerrou a segunda semana seguida no azul, acumulando alta de 1,93%

DE OLHO NO GRINGO

Ibovespa na China: Itaú Asset e gestora chinesa obtêm aprovação para negociar o ETF BOVV11 na bolsa de Xangai

24 de outubro de 2025 - 19:15

Parceria faz parte do programa ETF Connect, que prevê cooperação entre a B3 e as bolsas chinesas, com apoio do Ministério da Fazenda e da CVM

DEMOGRAFIA VIRANDO DINHEIRO

Envelhecimento da população da América Latina gera oportunidades na bolsa — Santander aponta empresas vencedoras e quem perde nessa

24 de outubro de 2025 - 18:56

Nova demografia tem potencial de impulsionar empresas de saúde, varejo e imóveis, mas pressiona contas públicas e produtividade

ESQUECERAM DE MIM?

Ainda vale a pena investir nos FoFs? BB-BI avalia as teses de seis Fundos de Fundos no IFIX e responde

24 de outubro de 2025 - 15:02

Em meio ao esquecimento do segmento, o analista do BB-BI avalia as teses de seis Fundos de Fundos que possuem uma perspectiva positiva

MERCADOS HOJE

Bolsas renovam recordes em Nova York, Ibovespa vai aos 147 mil pontos e dólar perde força — o motivo é a inflação aqui e lá fora. Mas e os juros?

24 de outubro de 2025 - 12:39

O IPCA-15 de outubro no Brasil e o CPI de setembro nos EUA deram confiança aos investidores de que a taxa de juros deve cair — mais rápido lá fora do que aqui

Menu

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies

Fechar