Em primeiro pregão do mês, Ibovespa sobe 2,1%, com exterior e eleição no Congresso; dólar cai a R$ 5,44
Favoritismo de candidatos apoiados pelo governo na Câmara e no Senado trouxe otimismo aos investidores, que veem a possibilidade de menos ruído
A cautela que reinou nos mercados em janeiro ficou em segundo plano nesta segunda-feira (1). O dia foi de forte recuperação, apoiado em perspectivas sobre a economia e na alta expressiva da prata no mercado internacional.
A atenção dos investidores no Brasil ficou concentrada nas eleições legislativas, da presidência da Câmara e do Senado, com a expectativa da eleição dos candidatos apoiados pelo governo federal.
O Ibovespa encerrou esta segunda com alta de 2,13%, aos 117.517,57 pontos. O dólar seguiu a trajetória de alívio em escala global e operou em queda durante o dia, terminado a R$ 5,4498 (-0,45%).
O que ditou o rumo dos negócios
As negociações no exterior foram puxadas por um otimismo a respeito das vacinas. A AstraZeneca informou que aumentará a distribuição de doses para a União Europeia e a Bayer anunciou que vai ampliar a parceria com a CureVac para a fabricação do imuzante na Alemanha.
O movimento especulativo que minou o humor das bolsas americanas na semana passada hoje fez pressão positiva nos negócios. Pequenos investidores de varejo miraram a prata - o que diminuiu a volatilidade do mercado de ações. A cotação do metal chegou a ultrapassar alta de 10% ao longo do dia.
Ainda no exterior, os investidores seguiram atentos ao andamento da discussão em torno do pacote fiscal nos Estados Unidos, cuja votação deve ocorrer ainda nesta semana.
Leia Também
Pela manhã, o presidente americano Joe Biden se reuniu com senadores republicanos para discutir o plano de US$ 1,9 trilhão proposto pelo governo.
Os republicanos defendem um estímulo menor, de apenas US$ 600 bilhões. O partido sinalizou que deve votar em bloco sobre a questão, o que gera preocupação nos mercados.
Mesmo com a divulgação de índices que indicam uma recuperação abaixo do esperado para a atividade econômica na Europa, as bolsas da região fecharam em alta. Em Wall Street, os ganhos foram mais vastos: Dow Jones subiu 0,76%, o S&P 500 avançou 1,61% e o Nasdaq ganhou 2,55%.
Em Brasília, dia decisivo
O mercado financeiro brasileiro viu em Brasília uma fonte de alívio, com os candidatos apoiados pelo governo ganhando apoio nos bastidores ao longo das últimas horas.
Para a eleição da presidência da Câmara, Arthur Lira (PP) despontou como favorito por conta em especial do desembarque do DEM e do PSDB da candidatura de Baleia Rossi (MDB) - apoiado por Rodrigo Maia.
No Senado, Rodrigo Pacheco (DEM) já vinha como favorito, com o derretimento da candidatura de Simone Tebet (MDB) ao longo das últimas semanas.
Segundo economista-chefe da Veedha Investimentos, Camila Abdelmalack, o mercado vê uma eventual eleição de Lira e Pacheco como uma oportunidade para uma diminuíção dos tais ruídos políticos - tão temidos pelos agentes financeiros.
"É uma situação muito mais confortável para o diálogo", comenta a especialista. "Mas, quando a gente extrapola para a perspectiva de votação de reformas importantes, sou muito mais cética".
Sobe e desce
O maior destaque positivo do dia foram as ações da Eneva, após notícias de que a companhia adquiriu o o campo de Urucu, que contém 34 bilhões de metros cúbicos de gás.
A Eletrobras, que foi destaque negativo na semana passada, subiu com a expectativa de que Ruy Schneider assuma a presidência da companhia e após a empresa anunciar o pagamento de R$ 2,2 bilhões em dividendos.
As ações do Itaú Unibanco impulsionaram todo o setor bancário - a empresa divulgou o balanço há pouco. Mais cedo, o Credit Suisse soltou um relatório com perspectivas otimistas para o setor bancário.
Confira as principais altas do índice:
| CÓDIGO | NOME | VALOR | VARIAÇÃO |
| ENEV3 | Eneva ON | R$ 71,06 | 13,51% |
| ELET6 | Eletrobras PNB | R$ 31,32 | 8,98% |
| ELET3 | Eletrobras ON | R$ 30,83 | 7,46% |
| BRKM5 | Braskem PNA | R$ 25,56 | 5,53% |
| PCAR3 | GPA ON | R$ 79,41 | 5,21% |
Confira também as maiores quedas, com as varejistas na ponta em um momento de rotação de carteiras:
| CÓDIGO | NOME | VALOR | VARIAÇÃO |
| VVAR3 | Via Varejo ON | R$ 14,42 | -2,11% |
| MGLU3 | Magazine Luiza ON | R$ 24,93 | -1,35% |
| NTCO3 | Natura ON | R$ 48,46 | -1,22% |
| SULA11 | SulAmérica units | R$ 39,56 | -0,88% |
| LREN3 | Lojas Renner ON | R$ 41,07 | -0,96% |
As taxas de Depósito Interfinanceiro (DI) curtas e intermediárias estiveram em parte do dia estáveis, mas no começo da tarde passaram a exibir viés de alta. Já as taxas longas caíram para perto dos ajustes.
Confira as taxas de hoje:
- Janeiro/2022: de 3,29% para 3,33%
- Janeiro/2023: de 4,81% para 4,86%
- Janeiro/2025: de 6,32% para 6,30%
- Janeiro/2027: estável em 6,97%
De olho na alavancagem, FIIs da TRX negociam venda de nove imóveis por R$ 672 milhões; confira os detalhes da operação
Segundo comunicado divulgado ao mercado, os ativos estão locados para grandes redes do varejo alimentar
“Candidatura de Tarcísio não é projeto enterrado”: Ibovespa sobe e dólar fecha estável em R$ 5,5237
Declaração do presidente nacional do PP, e um dos líderes do Centrão, senador Ciro Nogueira (PI), ajuda a impulsionar os ganhos da bolsa brasileira nesta quinta-feira (18)
‘Se eleição for à direita, é bolsa a 200 mil pontos para mais’, diz Felipe Miranda, CEO da Empiricus
CEO da Empiricus Research fala em podcast sobre suas perspectivas para a bolsa de valores e potenciais candidatos à presidência para eleições do próximo ano.
Onde estão as melhores oportunidades no mercado de FIIs em 2026? Gestores respondem
Segundo um levantamento do BTG Pactual com 41 gestoras de FIIs, a expectativa é que o próximo ano seja ainda melhor para o mercado imobiliário
Chuva de dividendos ainda não acabou: mais de R$ 50 bilhões ainda devem pingar na conta em 2025
Mesmo após uma enxurrada de proventos desde outubro, analistas veem espaço para novos anúncios e pagamentos relevantes na bolsa brasileira
Corrida contra o imposto: Guararapes (GUAR3) anuncia R$ 1,488 bilhão em dividendos e JCP com venda de Midway Mall
A companhia anunciou que os recursos para o pagamento vêm da venda de sua subsidiária Midway Shopping Center para a Capitânia Capital S.A por R$ 1,61 bilhão
Ação que triplicou na bolsa ainda tem mais para dar? Para o Itaú BBA, sim. Gatilho pode estar próximo
Alta de 200% no ano, sensibilidade aos juros e foco em rentabilidade colocam a Movida (MOVI3) no radar, como aposta agressiva para capturar o início do ciclo de cortes da Selic
Flávio Bolsonaro presidente? Saiba por que o mercado acendeu o sinal amarelo para essa possibilidade
Rodrigo Glatt, sócio-fundador da GTI, falou no podcast Touros e Ursos desta semana sobre os temores dos agentes financeiros com a fragmentação da oposição frente à reeleição do atual presidente Luiz Inácio Lula da Silva
‘Flávio Day’ e eleições são só ruído; o que determina o rumo do Ibovespa em 2026 é o cenário global, diz estrategista do Itaú
Tendência global de queda do dólar favorece emergentes, e Brasil ainda deve contar com o bônus da queda na taxa de juros
Susto com cenário eleitoral é prova cabal de que o Ibovespa está em “um claro bull market”, segundo o Santander
Segundo os analistas do banco, a recuperação de boa parte das perdas com a notícia sobre a possível candidatura do senador é sinal de que surpresas negativas não são o suficiente para afugentar investidores
Estas 17 ações superaram os juros no governo Lula 3 — a principal delas entregou um retorno 20 vezes maior que o CDI
Com a taxa básica de juros subindo a 15% no terceiro mandato do presidente Lula, o CDI voltou a assumir o papel de principal referência de retorno
Alta de 140% no ano é pouco: esta ação está barata demais para ser ignorada — segundo o BTG, há espaço para bem mais
O banco atualizou a tese de investimentos para a companhia, reiterando a recomendação de compra e elevando o preço-alvo para os papéis de R$ 14 para R$ 21,50
Queda brusca na B3: por que a Azul (AZUL4) despenca 22% hoje, mesmo com a aprovação do plano que reforça o caixa
As ações reagiram à aprovação judicial do plano de reorganização no Chapter 11, que essencialmente passa o controle da companhia para as mãos dos credores
Ibovespa acima dos 250 mil pontos em 2026: para o Safra é possível — e a eleição não é um grande problema
Na projeção mais otimista do banco, o Ibovespa pode superar os 250 mil pontos com aumento dos lucros das empresas, Selic caindo e cenário internacional ajudando. O cenário-base é de 198 mil pontos para o ano que vem
BTG escala time de ações da América Latina para fechar o ano: esquema 4-3-3 tem Brasil, Peru e México
O banco fez algumas alterações em sua estratégia para empresas da América Latina, abrindo espaço para Chile e Argentina, mas com ações ainda “no banco”
As ações que devem ser as melhores pagadoras de dividendos de 2026, com retornos de até 15%
Bancos, seguradoras e elétricas lideram e uma empresa de shoppings será a grande revelação do próximo ano
A torneira dos dividendos vai secar em 2026? Especialistas projetam tendências na bolsa diante de tributação
2025 caminha para ser ano recorde em matéria de proventos; em 2026 setores arroz com feijão ganham destaque
Bancos sobem na bolsa com o fim das sanções contra Alexandre de Moraes — Banco do Brasil (BBAS3) é o destaque
Quando a sanção foi anunciada, em agosto deste ano, os papéis dos bancos desabaram devido as incertezas em relação à aplicação da punição
TRXF11 volta a encher o carrinho de compras e avança nos setores de saúde, educação e varejo; confira como fica o portfólio do FII agora
Com as três novas operações, o TRXF11 soma sete transações só em dezembro. Na véspera, o FII já tinha anunciado a aquisição de três galpões
BofA seleciona as 7 magníficas do Brasil — e grupo de ações não tem Petrobras (PETR4) nem Vale (VALE3)
O banco norte-americano escolheu empresas brasileiras de forte crescimento, escala, lucratividade e retornos acima da Selic
