🔴 [EVENTO GRATUITO] MACRO SUMMIT 2024 – FAÇA A SUA INSCRIÇÃO

Cotações por TradingView
Jasmine Olga
Jasmine Olga
É repórter do Seu Dinheiro. Formada em jornalismo pela Universidade de São Paulo (ECA-USP), já passou pelo Centro de Cidadania Fiscal (CCiF) e o setor de comunicação da Secretaria da Educação do Estado de São Paulo
FECHAMENTO DO DIA

Primeiro ato da ‘Super Quarta’ mostra economia dos EUA aquecida e assusta os mercados; bolsa recua e dólar se fortalece

Nem o pronunciamento de Jerome Powell, presidente do BC americano, conseguiu reverter a turbulência. O Ibovespa fechou longe das mínimas, mas ainda assim recuou 0,64%, aos 129.259 pontos

Jasmine Olga
Jasmine Olga
16 de junho de 2021
18:30 - atualizado às 20:00
FED Assombração Fantasma Mercados Gráfico Federal Reserve Jerome Powell bolsa
Imagem: Shutterstock, com intervenção de Andrei Morais

Projeções mais otimistas para a economia americana e a garantia de que o Federal Reserve irá manter a sua política monetária acomodatícia por mais algum tempo atormentaram o mercado financeiro nesta "Super Quarta". 

A tão aguardada decisão de juros do Banco Central americano veio em linha com as expectativas do mercado - a taxa permanecerá entre 0% e 0,25% ao ano -, mas a nova revisão das projeções para o longo prazo azedou o humor dos investidores. 

O primeiro número que chama a atenção é a estimativa para a inflação em 2021 medida pelo índice de preços de gastos com consumo (PCE, na sigla em inglês), que passou de 2,4% no trimestre anterior para 3,4%. Com os preços em disparada e o Fed confirmando que vê os efeitos positivos da vacinação em massa e dos estímulos na economia, o temor de uma alta de juros, que já atormenta o mercado há algum tempo, voltou a falar mais alto. 

Dessa vez, essa desconfiança foi confirmada pelas projeções dos próprios dirigentes do BC americano. Se antes era possível ver mudanças nos juros somente a partir de 2024, agora pelo menos nove dos 18 participantes estimam que as taxas subam entre 0,5% e 1,25% já em 2023.

Para Camila Abdelmalack, economista-chefe da Veedha Investimentos, a manutenção dos estímulos por parte do Fed para que a economia ganhe tração deve forçar os dirigentes ainda mais para antecipar essa elevação de juros. 

Essa leitura é compartilhada com a maior parte do mercado e não repercutiu positivamente. Se antes da divulgação do Fed as bolsas já operavam com cautela, a decisão fez com que as bolsas globais acelerassem o movimento e tocassem as mínimas. O cenário só foi amenizado quando Jerome Powell entrou em campo e apontou as fragilidades que ainda persistem no cenário. 

Por aqui, o Ibovespa conseguiu se recuperar parcialmente e fechou o dia com um recuo de 0,64%, aos 129.259 pontos. Daqui a pouco, às 18h30, conheceremos também a decisão do Banco Central brasileiro, mas essa repercussão fica para amanhã. 

O dólar à vista, que chegou a tocar os R$ 4,99 pela primeira vez em um ano, inverteu o sinal e passou a subir após o anúncio. Uma economia mais aquecida leva a um fortalecimento da moeda americana. Ainda que o movimento de alta tenha se amenizado, a divisa terminou o dia com um avanço de 0,34%, a R$ 5,0600.

Morde e assopra

Depois do mau humor generalizado que se instalou nos mercados com a divulgação da decisão do BC americano, a coletiva de Jerome Powell, presidente do Fed, veio para tentar acalmar um pouco os mercados. 

No pronunciamento, Powell, claro, reforçou os pontos expressos pelo comunicado da decisão, mas trouxe algumas falas que detalharam os pontos de fraqueza que ainda persistem na economia americana. 

Para ele, a recuperação econômica ainda não está completa e não se podem descartar os perigos que a covid-19 ainda impõe. Além disso, na leitura da instituição, existe uma melhora desigual no mercado de trabalho e um grande número de desempregados, o que prejudica a atividade. Sobre o futuro da política monetária, Powell apontou que o Fed prosseguirá com a compra de ativos e que uma discussão sobre alta de juros é prematura. 

As palavras foram suficientes para acalmar a alta do rendimento dos Treasuries e afastar as bolsas das mínimas. Em Nova York, o Nasdaq recuou 0,24%, o S&P 500 caiu 0,54% e o Dow Jones teve queda de 0,77%.

Segundo ato

Por aqui, o mercado agora aguarda a decisão do Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom). A aposta é de um aumento de, no mínimo, 0,75 ponto percentual na taxa Selic - conforme já havia sido sinalizado na última reunião -, e que o BC se mostre mais duro quanto a sua atuação para ancorar a inflação em 2022. 

Porém, com a sinalização de uma alta dos juros mais cedo do que o esperado nos Estados Unidos, os economistas e analistas começam a rever também as suas projeções de longo prazo para a taxa de juros brasileira. Isso porque o país precisará encontrar formas de se manter atrativo para o investidor estrangeiro.

Com a alta do rendimento dos títulos do Tesouro americano e a antecipação aos movimentos do BC brasileiro, os principais contratos de DI terminaram o dia em alta. Confira as taxas do dia:

  • Janeiro/2022: de 5,38% para 5,43%
  • Janeiro/2023: de 6,99% para 7,01%
  • Janeiro/2025: de 7,97% para 7,99%
  • Janeiro/2027: de 8,40% para 8,43%

8 ou 80

O dólar à vista, que acabou o dia em alta, teve dois momentos muito distintos no pregão de hoje. Antes da decisão do Fed, a moeda americana atingiu o menor nível em um ano ante o real. 

Na parte da tarde o movimento deu uma pausa devido à valorização da divisa no mercado internacional, mas, no curto prazo, a tendência de queda que se viu na parte da manhã deve prevalecer. 

Para a economista-chefe da Veedha Investimentos, Camila Abdelmalack, estamos vivendo uma ‘janela de oportunidade’ para o alívio no câmbio. Isso se deve aos dados positivos tanto no lado comercial - com recorde de exportações -, quanto no financeiro. Esse quadro acaba sendo revertido em uma menor percepção da taxa de risco. 

O credit default swap (CDS) de 5 anos, um dos termômetros do risco-país, tem recuado expressivamente com uma melhora do cenário político e o aumento da arrecadação nos últimos meses influenciando nessa percepção de melhora.

“Não temos nada alarmante em Brasília e nada alarmante com relação às contas públicas, muito pelo contrário. O noticiário recente é benéfico com a melhora da arrecadação. Mas isso é no curto prazo. Não acredito que seja uma melhora consistente”, aponta a economista. 

Reginaldo Galhardo, gerente de câmbio da Treviso corretora, destaca que além dos dados econômicos robustos dos últimos dias, que levam a aumento consistente do PIB, temos observado o desmonte de posições compradas e zeragem de hedges impulsionando o movimento.

MP da Eletrobras

Além da decisão de política monetária, o mercado doméstico também monitora o Congresso. O novo parecer da MP que abre caminho para a privatização da Eletrobras está na pauta desta quarta-feira.

O tema tem gerado polêmica em meio às novas emendas apresentadas pelos parlamentares e a pressão herdada da crise hídrica em que o país se encontra. Segundo algumas consultorias, as mudanças no texto devem trazer dificuldades para que o governo consiga todos os votos necessários para a aprovação do tema. 

Sobe e desce

Com a aposta na alta da Selic, o setor financeiro puxa as altas do dia. Nesse movimento, o Banco Inter acabou se saindo melhor que seus pares, com os investidores corrigindo a queda de ontem e precificando pontos da nova oferta de ações proposta pela companhia. Confira as maiores altas do dia:

CÓDIGONOMEVALORVARIAÇÃO
BIDI11Banco Inter unitR$ 66,356,42%
SULA11SulAmérica unitsR$ 36,523,37%
SANB11Santander Brasil unitsR$ 46,022,47%
ITUB4Itaú Unibanco PNR$ 33,402,33%
CVCB3CVC ONR$ 27,181,99%

Acompanhando a queda de mais de 3% do minério de ferro no mercado internacional, a Vale e as siderúrgicas recuaram forte neste pregão. A Embraer também figurou entre as maiores quedas do dia, em um movimento de realização de lucros após as altas recentes. Confira as maiores quedas do dia:

CÓDIGONOMEVALORVARIAÇÃO
GGBR4Gerdau PNR$ 30,25-4,75%
EMBR3Embraer ONR$ 20,41-4,54%
CSNA3CSN ONR$ 42,59-4,29%
BRAP4Bradespar PNR$ 67,46-3,35%
GOAU4Metalúrgica Gerdau PNR$ 13,97-3,32%

Compartilhe

BRIGA PELO TRONO GRELHADO

Acionistas da Zamp (BKBR3) recusam-se a ceder a coroa do Burger King ao Mubadala; veja quem rejeitou a nova oferta

21 de setembro de 2022 - 8:01

Detentores de 22,5% do capital da Zamp (BKBR3) já rechaçaram a nova investida do Mubadala, fundo soberano dos Emirados Árabes Unidos

FECHAMENTO DO DIA

Inflação americana segue sendo o elefante na sala e Ibovespa cai abaixo dos 110 mil pontos; dólar vai a R$ 5,23

15 de setembro de 2022 - 19:12

O Ibovespa acompanhou o mau humor das bolsas internacionais e segue no aguardo dos próximos passos do Fed

De olho na bolsa

Esquenta dos mercados: Cautela prevalece e bolsas internacionais acompanham bateria de dados dos EUA hoje; Ibovespa aguarda prévia do PIB

15 de setembro de 2022 - 7:42

As bolsas no exterior tentam emplacar alta, mas os ganhos são limitados pela cautela internacional

FECHAMENTO DO DIA

Wall Street se recupera, mas Ibovespa cai com varejo fraco; dólar vai a R$ 5,17

14 de setembro de 2022 - 18:34

O Ibovespa não conseguiu acompanhar a recuperação das bolsas americanas. Isso porque dados do varejo e um desempenho negativo do setor de mineração e siderurgia pesaram sobre o índice.

De olho na bolsa

Esquenta dos mercados: Depois de dia ‘sangrento’, bolsas internacionais ampliam quedas e NY busca reverter prejuízo; Ibovespa acompanha dados do varejo

14 de setembro de 2022 - 7:44

Os futuros de Nova York são os únicos que tentam emplacar o tom positivo após registrarem quedas de até 5% no pregão de ontem

FECHAMENTO DO DIA

Inflação americana derruba Wall Street e Ibovespa cai mais de 2%; dólar vai a R$ 5,18 com pressão sobre o Fed

13 de setembro de 2022 - 19:01

Com o Nasdaq em queda de 5% e demais índices em Wall Street repercutindo negativamente dados de inflação, o Ibovespa não conseguiu sustentar o apetite por risco

De olho na bolsa

Esquenta dos mercados: Bolsas internacionais sobem em dia de inflação dos EUA; Ibovespa deve acompanhar cenário internacional e eleições

13 de setembro de 2022 - 7:37

Com o CPI dos EUA como o grande driver do dia, a direção das bolsas após a divulgação dos dados deve se manter até o encerramento do pregão

DANÇA DAS CADEIRAS

CCR (CCRO3) já tem novos conselheiros e Roberto Setubal está entre eles — conheça a nova configuração da empresa

12 de setembro de 2022 - 19:45

Além do novo conselho de administração, a Andrade Gutierrez informou a conclusão da venda da fatia de 14,86% do capital da CCR para a Itaúsa e a Votorantim

FECHAMENTO DO DIA

Expectativa por inflação mais branda nos Estados Unidos leva Ibovespa aos 113.406 pontos; dólar cai a R$ 5,09

12 de setembro de 2022 - 18:04

O Ibovespa acompanhou a tendência internacional, mas depois de sustentar alta de mais de 1% ao longo de toda a sessão, o índice encerrou a sessão em alta

novo rei?

O Mubadala quer mesmo ser o novo rei do Burger King; fundo surpreende mercado e aumenta oferta pela Zamp (BKBR3)

12 de setembro de 2022 - 11:12

Valor oferecido pelo fundo aumentou de R$ 7,55 para R$ 8,31 por ação da Zamp (BKBR3) — mercado não acreditava em oferta maior

Fechar
Menu

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies