XP amplia estratégia para seu banco de investimentos
Depois de atingir a liderança no ano passado em total de operações de abertura de capital ao lado do Itaú BBA, a XP tem planos mais agressivos para consolidação
Depois de atingir a liderança no ano passado em total de operações de abertura de capital ao lado do Itaú BBA, a XP Investimentos traçou planos agressivos para consolidar de vez seu banco de investimentos. Com um time de 80 executivos, boa parte tirada da concorrência, a corretora de Guilherme Benchimol já incomoda as principais forças desse mercado, disputando palmo a palmo as transações de mercado de capitais.
No ano passado, a XP coordenou 15 operações na Bolsa, totalizando R$ 38,6 bilhões, assessorando empresas dentro e fora do Brasil. Foi líder em ofertas públicas iniciais de ações (IPO, em inglês) de estreantes no mercado, como C&A e BMG e Vivara. E também participou da abertura de capital da própria XP na bolsa americana Nasdaq, no fim do ano passado.
O braço de banco de investimento da XP foi criado com três pessoas, em 2014. Estreou como assessor de ofertas de ações em 2017 e ganhou corpo no ano passado. Aproveitando-se do recorde de operações projetado para 2020, está com apetite aberto. O setor espera um movimento de até R$ 200 bilhões em ofertas na Bolsa para o ano. A expectativa é que o mercado supere também o recorde em total de operações (74, registrados em 2007).
A força que a XP angariou na estruturação de investimentos para pessoas físicas e empresários de fora de São Paulo deverá turbinar a divisão, diz Rafael Furlanetti, diretor institucional da XP. "A gente conhece os 60% do PIB brasileiro que não estão na Bolsa. E temos uma rede de 6 mil assessores para nos ajudar a identificar oportunidades em todo o País", afirma. "Não somos banqueiros da Faria Lima."
"Temos muito relacionamento com os clientes institucionais, que são empresários e fundos locais. E a abertura de capital nos Estados Unidos foi um cartão de visita para a XP na hora de conversar com investidores de fora", diz Pedro Mesquita, responsável pelo banco de investimento do XP. "Queremos estar próximos à economia real. Quando você sai da planilha Excel e conversa com as pessoas, você aprende muito."
O avanço da corretora, de fato, já incomoda a Faria Lima. O jornal O Estado de São Paulo conversou com dois bancos de investimento, sob condição de anonimato, que atribuem esse avanço ao fato de que essa área da XP estaria mais focada na inclusão de pessoas físicas nas operações de mercado de capitais.
É um diagnóstico que tanto Mesquita quanto Furlanetti dizem estar incorreto, pois o investidor pessoa física responde por uma parte pequena das ofertas, em torno de 10%.
Os executivos frisam, porém, que a perspectiva da manutenção dos juros baixos por um longo período vai mudar o jogo da economia brasileira. "O juro a 4,25% ao ano é um fator que modifica a dinâmica do mercado tanto quanto o Plano Real, em 1994, ensinou o Brasil a viver sem inflação", diz Furlanetti.
Após se refugiar um bom tempo na renda fixa, o diretor institucional da XP diz que os investidores vão ser obrigados a tomar mais risco para conseguir os ganhos a que estavam acostumados. Por isso, o mercado deve ficar mais dinâmico, com maior oferta de ativos.
Esse movimento deverá ser dominado pelas médias empresas. Em 2020, três empresas com esse perfil - a Locaweb, de hospedagem de sites, e as construtoras Mitre e Moura Dubeux - já estrearam na B3. A Priner, de serviços para o setor de óleo e gás, que fatura cerca de R$ 300 milhões ao ano, deve fazer um "mini" IPO. Segundo fontes, a XP é a única coordenadora da oferta, a ser precificada nesta quinta-feira, 13.
Além de surfar a euforia do mercado de capitais, a XP prepara ofensiva em um segmento em que ainda tem presença discreta: as fusões e aquisições. Para comandar a área, o banco de investimento recrutou Gustavo Reis nas trincheiras do BTG.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
Práticas e acessíveis, contas em dólar podem reduzir custo do câmbio em até 8%; saiba se são seguras e para quem são indicadas
Contas globais em moeda estrangeira funcionam como contas-correntes com cartão de débito e ainda oferecem cotação mais barata que compra de papel-moeda ou cartão pré-pago. Saiba se são para você
BofA dá sinal verde para BTG (BPAC11) e recomenda compra do papel. Mas XP segue no amarelo
Para o BofA, o BTG pactual está bem posicionado para apresentar resultados financeiros fortes nos próximos anos
Atenção, investidor: Confira como fica o funcionamento da B3 e dos bancos durante o feriado de 7 de setembro
Não haverá negociações na bolsa nesta quarta-feira. Isso inclui os mercados de renda variável, renda fixa privada, ETFs de renda fixa e de derivativos listados
Indireta para o Nubank? Itaú diz que “é muito fácil crescer oferecendo preços baixos e subsidiados para atrair clientes”
Executivos do Itaú avaliam que alta dos juros tem feito os problemas dos grandes bancos se estenderem à nova concorrência
Itaú (ITUB4) vai propor reorganização societária aos acionistas; banco deve assumir parte das atividades do Itaucard
Segundo a instituição financeira, a reorganização faz parte da estratégia de “racionalização do uso dos recursos e otimização das
estruturas e negócios”
Banco Bmg (BMGB4) faz reorganização societária e cria nova área de seguros
Bmg (BMGB4) também anunciou a criação de uma nova holding chamada Bmg Seguradoras, que será subsidiária desta área de seguros
Itaú (ITUB4) entra na disputa das vendas online com shopping virtual; Magazine Luiza está entre os primeiros parceiros
A intenção do Itaú é de que a nova loja virtual funcione como um ecossistema de compras de produtos e serviços
Dividendos e JCP: Banco do Brasil (BBAS3) anuncia pagamento de R$ 781 milhões em proventos; confira prazos
A distribuição do montante será feita em antecipação ao terceiro trimestre de 2022, de acordo com informações do próprio banco
Banco do Brasil (BBAS3) está ‘ridiculamente barato’, diz Sara Delfim, da Dahlia
Analista e sócia-fundadora da Dahlia Capital, Sara Delfim retorna ao Market Makers ao lado de Ciro Aliperti, da SFA Investimentos, para detalhar suas teses de investimento
Se cuida, Nubank: Bradesco compra instituição no México e vai lançar conta digital no país
Com a aquisição, o Bradesco terá licença para atuar como se fosse um banco digital no México. O país é um dos focos de expansão do Nubank
Leia Também
Mais lidas
-
1
O carro elétrico não é essa coisa toda — e os investidores já começam a desconfiar de uma bolha financeira e ambiental
-
2
Ações da Casas Bahia (BHIA3) disparam 10% e registram maior alta do Ibovespa; 'bancão' americano aumentou participação na varejista
-
3
Acordo bilionário da Vale (VALE3): por que a mineradora pagou US$ 2,7 bilhões por 45% da Cemig GT que ainda não tinha