Itaú vê inadimplência maior só em 2021 e alta não será “explosiva”
Os atrasos no pagamento dos financiamentos devem demorar a subir em consequência das medidas adotadas pelos bancos na crise, como a prorrogação do pagamento das parcelas, disse o presidente do Itaú, Candido Bracher
A crise do coronavírus vai fatalmente provocar um aumento da inadimplência. Mas a alta dos calotes só virá em 2021 e não será “explosiva”. A afirmação é do presidente do Itaú Unibanco, Candido Bracher.
Os atrasos no pagamento dos financiamentos devem demorar a subir em consequência das medidas adotadas pelos bancos na crise, como a prorrogação do pagamento das parcelas, disse Bracher.
“Nunca tivemos uma queda [do PIB] tão grande em um ano, então é de se esperar inadimplência elevada, mas não fora de controle”, afirmou o presidente do Itaú em teleconferência com jornalistas para comentar o balanço do segundo trimestre.
Leia também:
- O pior já passou? Itaú tem lucro 40% menor no segundo trimestre, mas reduz provisões para perdas
- EXCLUSIVO: Após defender balanço do efeito coronavírus, presidente do Bradesco mira retorno de volta aos 20%
- A conta chegou para o Santander: lucro cai 41% no segundo trimestre
- NO CELULAR: Receba comentários diários em áudio da equipe do Seu Dinheiro
Margem no crédito vai melhorar
O Itaú registrou lucro líquido de R$ 4,2 bilhões, queda de 40% em relação ao segundo trimestre de 2019. As ações do banco (ITUB4) reagem em baixa de quase 3% aos números hoje na B3. Leia também nossa cobertura completa de mercados.
A boa notícia foi a redução das despesas com provisões na comparação com os três primeiros meses do ano, com a visão do banco de que o cenário econômico melhorou em relação ao início da crise.
O ponto negativo ficou por conta da margem financeira. A linha do balanço que contabiliza o resultado da tesouraria e as receitas do banco na concessão de crédito menos os custos de captação registrou queda de 3,7% frente ao mesmo período de 2019 mesmo com o aumento dos financiamentos.
Leia Também
Energisa (ENGI3) avança em reorganização societária com incorporações e aumento de capital na Rede Energia
Sinal verde no conselho: Ambipar (AMBP3) aprova plano de recuperação judicial
Bracher creditou parte da piora da margem a medidas adotadas na crise. “Tomamos atitudes voltadas para proteger e melhorar qualidade da carteira, desestimulando as linhas mais caras.” No trimestre, produtos como o cheque especial apresentaram redução de 23% e o crediário, de 36%.
Mas o presidente do Itaú disse que esse efeito é passageiro. Ou seja, o banco deve retomar o crescimento dessas linhas de crédito mais rentáveis no pós-crise. “Não é um grande desafio crescer em linhas como o cheque especial”, disse.
Como esses produtos também apresentam inadimplência mais elevada, Bracher disse que o banco espera compensar a queda da margem no curto prazo com uma menor perdas com calotes no futuro. “Essa é toda a lógica da nossa atuação”, afirmou aos jornalistas.
‘Socorro’ de R$ 10 bilhões à Raízen (RAIZ4) está na mesa da Cosan (CSAN3) e da Shell, segundo agência
Estresse no mercado de crédito pressiona a Raízen, que avalia aporte bilionário, desinvestimentos e uma reestruturação financeira com apoio dos controladores
WEG (WEGE3) abre o cofre e paga R$ 5,2 bilhões em dividendos
Os proventos autorizados nesta sexta-feira (19) serão divididos em três parcelas anuais de R$ 1,732 bilhão cada; confira os detalhes
Embraer (EMBJ3) testa protótipo de “carro voador” elétrico e inicia fase de certificação; ações chegam a subir 3%
Aeronave eVTOL da Eve Air Mobility inicia campanha de certificação com quase 3 mil encomendas; ações da Embraer avançam após voo inaugural
Raízen (RAIZ4) acelera desinvestimentos e vende carteira de comercialização de energia para Tria Energia, da Patria Investimentos
O negócio envolve o portfólio de contratos de trading de energia mantido pela Raízen no mercado livre; entenda
Mais um presente aos acionistas: Axia Energia (AXIA6) vai distribuir R$ 30 bilhões em bonificação com nova classe de ações
A distribuição ocorrerá com a criação de uma nova classe de ações preferenciais, a classe C (PNC). Os papéis serão entregues a todos os acionistas da Axia, na proporção de sua participação no capital social
Do campo de batalha ao chão da sala: a empresa de robôs militares que virou aspirador de pó — e acabou pedindo falência
Criadora dos robôs Roomba entra em recuperação judicial e será comprada por sua principal fabricante após anos de prejuízos
É para esvaziar o carrinho: o que levou o JP Morgan rebaixar o Grupo Mateus (GMAT3); ações caem mais de 2%
Embora haja potencial para melhorias operacionais, o banco alerta que o ruído de governança deve manter a ação da varejista fora do radar de muitos investidores
Sabesp (SBSP3), C&A (CEAB3), Hypera (HYPE3), Sanepar (SAPR11), Alupar (ALUP11), Ourofino (OFSA3) e outras 3 empresas anunciam R$ 2,5 bilhões em dividendos e JCP
Quem lidera a distribuição polpuda é a Sabesp, com R$ 1,79 bilhão em JCP; veja todos os prazos e condições para receber os proventos
Com dívidas bilionárias, Tesouro entra como ‘fiador’ e libera empréstimo de até R$ 12 bilhões aos Correios
Operação terá juros de 115% do CDI, carência de três anos e prazo de 15 anos; uso dos recursos será limitado em 2025 e depende de plano de reequilíbrio aprovado pelo governo
Banco Inter (INBR32) vai a mercado e reforça capital com letras financeiras de R$ 500 milhões
A emissão das “debêntures dos bancos” foi feita por meio de letras financeiras Tier I e Tier II e deve elevar o índice de Basileia do Inter; entenda como funciona a operação
Sob ameaça de banimento, TikTok é vendido nos EUA em um acordo cheio de pontos de interrogação
Após anos de pressão política, TikTok redefine controle nos EUA, com a Oracle entre os principais investidores e incertezas sobre a separação da ByteDance
O “presente de Natal” do Itaú (ITUB4): banco distribui ações aos investidores e garante dividendos turbinados
Enquanto os dividendos extraordinários não chegam, o Itaú reforçou a remuneração recorrente dos investidores com a operação; entenda
Petrobras (PETR4) e Braskem (BRKM5) fecham contratos de longo prazo de quase US$ 18 bilhões
Os contratos são de fornecimento de diferentes matérias primas para várias plantas da Braskem pelo país, como nafta, etano, propano e hidrogênio
Bradesco (BBDC4), Cemig (CMIG4), PetroRecôncavo (RECV3), Cogna (COGN3) e Tenda (TEND3) pagam R$ 5 bilhões em proventos; Itaú (ITUB4) anuncia bônus em ações
A maior fatia dessa distribuição farta ficou com o Bradesco, com R$ 3,9 bilhões, enquanto o Itaú bonifica acionistas em 3%; confira todos os prazos e condições para receber
CVM reabre caso da Alliança e mira fundo de Nelson Tanure e gestora ligada ao Banco Master 2 anos depois de OPA
O processo sancionador foi aberto mais de dois anos após a OPA que consolidou o controle da antiga Alliar, na esteira de uma longa investigação pela autarquia; entenda
Dona do Google recebe uma forcinha de Zuckerberg na ofensiva para destronar a Nvidia no mercado de IA
Com o TorchTPU, a Alphabet tenta remover barreiras técnicas e ampliar a adoção de suas TPUs em um setor dominado pela gigante dos chips
Casas Bahia (BHIA3) aprova plano que estica dívidas até 2050 e flexibiliza aumento de capital; ações sobem mais de 2%
Plano aprovado por acionistas e credores empurra vencimentos, reduz pressão de caixa e amplia a autonomia do conselho
Brava Energia (BRAV3) salta mais de 10% após rumores de venda de poços e com previsão de aumento nos investimentos em 2026
Apesar de a empresa ter negado a venda de ativos para a Eneva (ENEV3), o BTG Pactual avalia que ainda há espaço para movimentações no portfólio
Agora é lei: cardápios de papel serão obrigatórios em bares e restaurantes de São Paulo, dando adeus à hegemonia dos ‘QR Codes’
Cardápios digitais, popularizados durante a pandemia, permaneceram quase que de forma exclusiva em muitos estabelecimentos – mas realidade pode mudar com projeto de lei aprovado pela Alesp
Presente de Natal da Prio (PRIO3)? Empresa anuncia novo programa de recompra de até 86,9 milhões de ações; confira os detalhes
O conselho da Prio também aprovou o cancelamento de 26.890.385 ações ordinárias mantidas em tesouraria, sem redução do capital social
