Já atingimos o fundo do poço?

Caro leitor,
Quando o assunto é finanças - ou qualquer outro, na verdade - tentar acertar o fundo do poço é muito, mas muito arriscado. Não é à toa que existem ditados como “nada é tão ruim que não possa piorar” ou “no fundo do poço às vezes existe um alçapão” e “no fundo do alçapão pode haver um porão”, se você quiser ser ainda mais pessimista.
Mas nesta segunda-feira, o Goldman Sachs ousou dizer que, ao menos na bolsa de Nova York, o pior momento da “crise do coronavírus” pode já ter ficado para trás. É claro que isso só será verdade se as premissas assumidas pelo banco para justificar sua posição também se mostrarem verdadeiras.
Infelizmente, um acerto do Goldman não significaria, automaticamente, que a bolsa brasileira também já tenha atingido o seu ponto mais baixo. Mas já seria um alívio e um sinal de que a crise, ao menos nos mercados financeiros, pode ser muito menor que o imaginado.
Só o tempo dirá se o Goldman mandou bem na previsão ou se este se trata de mais um caso de “famous last words” (“famosas últimas palavras”). Seja como for, vale a pena conferir o raciocínio por trás da projeção, exposto pelo Felipe Saturnino nesta matéria.
Yin-Yang
O princípio filosófico de que são os opostos complementares que permeiam a existência, o famoso Yin-Yang, pôde ser aplicado hoje aos mercados financeiros. O início de mais uma semana sob a pandemia de coronavírus levou os investidores a se comportarem de maneira otimista e pessimista ao mesmo tempo. Ibovespa e dólar fecharam em alta, e o Victor Aguiar te conta exatamente por quê.
Leia Também
Mais tempo para pagar
O Bradesco não descarta a possibilidade de alongar para além de 60 dias os prazos para pagamento das dívidas contratadas junto ao banco. O presidente da instituição, Octavio de Lazari, afirmou a jornalistas que a ampliação vai depender das circunstâncias da pandemia de coronavírus. O banco já prorrogou o pagamento de parcelas de 1,2 milhão de financiamentos previstas para vencer nos meses de abril e maio, mantendo as taxas de juros originais.
Sinal verde do Cade
O Cade aprovou sem restrições a parceria comercial entre Caixa Seguridade e Tokio Marine. Segundo o acordo, a Caixa terá 75% de participação no capital do negócio, com 49,99% das ações ordinárias (com direito a voto) e 100% das preferenciais (sem direito a voto), enquanto a Tokio Marine terá 50,01% das ações ordinárias, totalizando 25% do capital.
Tira daqui, coloca lá
Já está tudo acordado para suspender a cobrança dos tributos PIS/Cofins sobre o etanol, disse a ministra da Agricultura, Tereza Cristina. Já o Ministério de Minas e Energia estuda uma elevação da Cide sobre a gasolina. Saiba mais.
Fala e ouve
A arrecadação de estados e municípios já começou a cair — e muito. O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, estima que a queda deve estar entre 30% e 40%. Maia também cobrou, nesta segunda, que os bancos tenham maior participação na liberação de crédito para famílias e empresas, no que foi respondido, com números, pelo presidente da Febraban.
Por mares nunca dantes navegados
A atuação do Federal Reserve — o banco central americano — nesta crise foi massiva, anunciando pacotes trilionários para resgatar a economia americana. Fez até as ações tomadas na crise de 2008 parecerem “coisa de criança”. Mas quais podem ser os efeitos dessa injeção brutal de recursos na economia? As moedas nacionais ainda vão continuar valendo alguma coisa depois disso tudo? O endividamento de uma nação como os Estados Unidos é ilimitado? E no caso dos países emergentes, o que isso pode significar? A verdade é que nunca vivemos esta situação na prática e não sabemos ao certo o que pode acontecer. Nosso colunista Felipe Miranda discute hoje como navegar por esses mares desconhecidos.
Um grande abraço e ótima noite!
A temporada de balanços já começa quente: confira o calendário completo e tudo que mexe com os mercados hoje
Liberamos o cronograma completo dos balanços do terceiro trimestre, que começam a ser divulgados nesta semana
CNH sem autoescola, CDBs do Banco Master e loteria +Milionária: confira as mais lidas do Seu Dinheiro na semana
Matérias sobre o fechamento de capital da Gol e a opinião do ex-BC Arminio Fraga sobre os investimentos isentos de IR também integram a lista das mais lidas
Como nasceu a ideia de R$ 60 milhões que mudou a história do Seu Dinheiro — e quais as próximas apostas
Em 2016, quando o Seu Dinheiro ainda nem existia, vi um gráfico em uma palestra que mudou minha carreira e a história do SD
A Eletrobras se livrou de uma… os benefícios da venda da Eletronuclear, os temores de crise de crédito nos EUA e mais
O colunista Ruy Hungria está otimista com Eletrobras; mercados internacionais operam no vermelho após fraudes reveladas por bancos regionais dos EUA. Veja o que mexe com seu bolso hoje
Venda da Eletronuclear é motivo de alegria — e mais dividendos — para os acionistas da Eletrobras (ELET6)
Em um único movimento a companhia liberou bilhões para investir em outros segmentos que têm se mostrado bem mais rentáveis e menos problemáticos, além de melhorar o potencial de pagamento de dividendos neste e nos próximos anos
Projeto aprovado na Câmara permite divórcio após a morte de um dos cônjuges, com mudança na divisão da herança
Processos iniciados antes do falecimento poderão ter prosseguimento a pedido dos herdeiros, deixando cônjuge sobrevivente de fora da herança
A solidez de um tiozão de Olympikus: a estratégia vencedora da Vulcabras (VULC3) e o que mexe com os mercados hoje
Conversamos com o CFO da Vulcabras, dona das marcas Olympikus e Mizuno, que se tornou uma queridinha entre analistas e gestores e paga dividendos mensais
Rodolfo Amstalden: O que o Nobel nos ensina sobre decisões de capex?
Bebendo do alicerce teórico de Mokyr, Philippe Aghion e Peter Howitt se destacaram por estudar o papel das inovações tecnológicas nas economias modernas
A fome de aquisições de um FII que superou a crise da Americanas e tudo que mexe com o seu bolso nesta quarta (15)
A história e a estratégia de expansão do GGRC11, prestes a se tornar um dos cinco maiores FIIs da bolsa, são os destaques do dia; nos mercados, atenção para a guerra comercial, o Livro Bege e balanços nos EUA
Um atalho para a bolsa: os riscos dos IPOs reversos, da imprevisibilidade de Trump e do que mexe com o seu bolso hoje
Reportagem especial explora o caminho encontrado por algumas empresas para chegarem à bolsa com a janela de IPOs fechada; colunista Matheus Spiess explora o que está em jogo com a nova tarifa à China anunciada por Trump
100% de tarifa, 0% de previsibilidade: Trump reacende risco global com novo round da guerra comercial com a China
O republicano voltou a impor tarifas de 100% aos produtos chineses. A decisão foi uma resposta direta ao endurecimento da postura de Pequim
Felipe Miranda: Perdidos no espaço-tempo
Toda a Ordem Mundial dos últimos anos dá lugar a uma nova orientação, ao menos, por enquanto, marcada pela Desordem
Abuse, use e invista: C&A queridinha dos analistas e Trump de volta ao morde-assopra com a China; o que mexe com o mercado hoje?
Reportagem especial do Seu Dinheiro aborda disparada da varejista na bolsa. Confira ainda a agenda da semana e a mais nova guerra tarifária do presidente norte-americano
ThIAgo e eu: uma conversa sobre IA, autenticidade e o futuro do trabalho
Uma colab entre mim e a inteligência artificial para refletir sobre três temas quentes de carreira — coffee badging, micro-shifting e as demissões por falta de produtividade no home office
A pequena notável que nos conecta, e o que mexe com os mercados nesta sexta-feira (10)
No Brasil, investidores avaliam embate após a queda da MP 1.303 e anúncio de novos recursos para a construção civil; nos EUA, todos de olho nos índices de inflação
Esta ação subiu mais de 50% em menos de um mês – e tem espaço para ir bem mais longe
Por que a aquisição da Desktop (DESK3) pela Claro faz sentido para a compradora e até onde pode ir a Microcap
Menos leão no IR e mais peru no Natal, e o que mexe com os mercados nesta quinta-feira (9)
No cenário local, investidores aguardam inflação de setembro e repercutem derrota do governo no Congresso; nos EUA, foco no discurso de Powell
Rodolfo Amstalden: No news is bad news
Apuração da Bloomberg diz que os financistas globais têm reclamado de outubro principalmente por sua ausência de notícias
Pão de queijo, doce de leite e… privatização, e o que mexe com os mercados nesta quarta-feira (8)
No Brasil, investidores de olho na votação da MP do IOF na Câmara e no Senado; no exterior, ata do Fomc e shutdown nos EUA
O declínio do império americano — e do dólar — vem aí? Saiba também o que mexe com os mercados hoje
No cenário nacional, investidores repercutem ligação entre Lula e Trump; no exterior, mudanças políticas na França e no Japão, além de discursos de dirigentes do Fed