Expectativa com recuperação do varejo não apaga cautela vista no exterior
Casos do novo coronavírus seguem avançando em diversas partes do mundo, com destaque para os Estados Unidos. Preocupação dos investidores é de que novas medidas de isolamento atrapalhem o ritmo de recuperação da economia
A expectativa de que os números das vendas no varejo de maio voltem a crescer, com a média das projeções indicando um avanço de 5,9%, no varejo restrito e 7,7% no ampliado, deve ser insuficiente para fazer com que o Ibovespa descole da cautela exibida no exterior nesta quarta-feira.
Os investidores seguem preocupados com o avanço do coronavírus no mundo, principalmente nos Estados Unidos. A piora do quadro no país, com a necessidade de novas medidas de isolamento, indica que os sinais de recuperação mais rápida do que o esperado não devem se manter por muito tempo.
Adiando a festa
Os investidores estão novamente em contagem regressiva para os 100 mil pontos. Depois das altas recentes, a expectativa era de que a marca pudesse ser atingida já nesta terça-feira. Mas, a cautela vista no exterior também foi gatilho para uma realização dos lucros recentes no mercado brasileiro.
Seguindo o desempenho das bolsas americanas, o Ibovespa teve queda de 1,19%, aos 97.761,04 pontos. O dólar teve alta de 0,59%, aos R$ 5,3834.
3 milhões de casos
Ao que tudo indica no começo desta manhã, o clima deve continuar sendo de cautela no mercado global.
O avanço do coronavírus, com destaque para algumas regiões dos Estados Unidos, seguem preocupando, já que a situação pode prejudicar a projeção de uma recuperação em V da economia.
Leia Também
Os Estados Unidos se proximam da casa dos 3 milhões de casos de coronavírus. Na Flórida, um dos estados mais afetados, medidas de restrição estão sendo readotadas. A região enfrenta também escassez nos leitos de UTI.
A notícia de que o vírus pode ser ainda mais resistente do que se esperava também não ajuda os mercados. Ontem, a Organização Mundial da Saúde (OMS) reconheceu que surgiram evidências sobre a possível propagação da covid-19 pelo ar.
Na Ásia, os negócios fecharam no vermelho durante a madrugada. Uma das poucas excessões seguem sendo os índices chineses, que desde o começo da semana seguem em um rali. O novo fôlego ganhou força após a mídia estatal da China declarar que 'um bull market saudável' é mais importante do que nunca para a economia local.
No continente europeu, as bolsas caem em bloco. Os índices futuros em Wall Street operam próximos da estabilidade, mas com uma tendência mais negativa.
Coronavírus no alto escalão
A confirmação de que o presidente Jair Bolsonaro é um dos 1,67 milhões de brasileiros infectados com coronavírus aumentou a cautela vista no mercado local ontem. No país, o número de mortos chega a 66,8 mil.
Após passar meses negligenciando as recomendações de autoridades sanitárias e minimizando os riscos da doença, o teste positivo de Bolsonaro tem sido amplamente repercutido na imprensa internacional, inclusive estampando a capa do Financial Times.
De olho no varejo
Em mais um dia de agenda de divulgações fracas, o destaque fica com a divulgação das vendas no varejo brasileiro em maio (9h). A expectativa é de que o número mostre recuperação, ancorado na reabertura parcial do comércio, e que os juros futuros se ajustem para refletir uma provável manutenção da Selic em 2,25% em agosto.
Segundo analistas consultados pela Broadcast, a expectativa média é de um avanço de 5,9% em maio, após a queda de 16,8% em abril.
Ainda nesta quarta-feira temos o Índice Geral de Preços - Disponibilidade Interna (IGP-DI) (8h) de junho e o fluxo cambial de junho (14h30. Lá fora, destaque para as falas do presidente do Federal Reserve de Atlanta, Raphael Bostic e o vice-presidente do Banco Central Europeu (BCE), Luis de Guindos.
Fique de olho
- A incorporadora Lavvi, sócia da Cyrela, entrou com um pedido para a realização de uma oferta inicial de ações.
Fiagro multiestratégia e FoFs de infraestrutura: as inovações no horizonte dos dois setores segundo a Suno Asset e a Sparta
Gestores ainda fazem um alerta para um erro comum dos investidores de fundos imobiliários que queiram alocar recursos em Fiagros e FI-Infras
FIIs atrelados ao CDI: de patinho feio à estrela da noite — mas fundos de papel ainda não decolam, segundo gestor da Fator
Em geral, o ciclo de alta dos juros tende a impulsionar os fundos imobiliários de papel. Mas o voo não aconteceu, e isso tem tudo a ver com os últimos eventos de crédito do mercado
JP Morgan rebaixa Fleury (FLRY3) de compra para venda por desinteresse da Rede D’Or, e ações têm maior queda do Ibovespa
Corte de recomendação leva os papéis da rede de laboratórios a amargar uma das maiores quedas do Ibovespa nesta quarta (22)
“Não é voo de galinha”: FIIs de shoppings brilham, e ainda há espaço para mais ganhos, segundo gestor da Vinci Partners
Rafael Teixeira, gestor da Vinci Partners, avalia que o crescimento do setor é sólido, mas os spreads estão maiores do que deveriam
Ouro cai mais de 5% com correção de preço e tem maior tombo em 12 anos — Citi zera posição no metal precioso
É a pior queda diária desde 2013, em um movimento influenciado pelo dólar mais forte e perspectiva de inflação menor nos EUA
Por que o mercado ficou tão feliz com a prévia da Vamos (VAMO3) — ação chegou a subir 10%
Após divulgar resultados operacionais fortes e reforçar o guidance para 2025, os papéis disparam na B3 com investidores embalados pelo ritmo de crescimento da locadora de caminhões e máquinas
Brava Energia (BRAV3) enxuga diretoria em meio a reestruturação interna e ações têm a maior queda do Ibovespa
Companhia simplifica estrutura, une áreas estratégicas e passa por mudanças no alto escalão enquanto lida com interdição da ANP
Inspirada pela corrida pelo ouro, B3 lança Índice Futuro de Ouro (IFGOLD B3), 12° novo indicador do ano
Novo indicador reflete a crescente demanda pelo ouro, com cálculos diários baseados no valor de fechamento do contrato futuro negociado na B3
FII RCRB11 zera vacância do portfólio — e cotistas vão sair ganhando com isso
O contrato foi feito no modelo plug-and-play, em que o imóvel é entregue pronto para uso imediato
Recorde de vendas e retorno ao Minha Casa Minha Vida: é hora de comprar Eztec (EZTC3)? Os destaques da prévia do 3T25
BTG destaca solidez nos números e vê potencial de valorização nas ações, negociadas a 0,7 vez o valor patrimonial, após a Eztec registrar o maior volume de vendas brutas da sua história e retomar lançamentos voltados ao Minha Casa Minha Vida
Usiminas (USIM5) lidera os ganhos do Ibovespa e GPA (PCAR3) é a ação com pior desempenho; veja as maiores altas e quedas da semana
Bolsa se recuperou e retornou aos 143 mil pontos com melhora da expectativa para negociações entre Brasil e EUA
Como o IFIX sobe 15% no ano e captações de fundos imobiliários continuam fortes mesmo com os juros altos
Captações totalizam R$ 31,5 bilhões até o fim de setembro, 71% do valor captado em 2024 e mais do que em 2023 inteiro; gestores usam estratégias para ampliar portfólio de fundos
De operário a milionário: Vencedor da Copa BTG Trader operava “virado”
Agora milionário, trader operava sem dormir, após chegar do turno da madrugada em seu trabalho em uma fábrica
Apesar de queda com alívio nas tensões entre EUA e China, ouro tem maior sequência de ganhos semanais desde 2008
O ouro, considerado um dos ativos mais seguros do mundo, acumulou valorização de 5,32% na semana, com maior sequência de ganhos semanais desde setembro de 2008.
Roberto Sallouti, CEO do BTG, gosta do fundamento, mas não ignora análise técnica: “o mercado te deixa humilde”
No evento Copa BTG Trader, o CEO do BTG Pactual relembrou o início da carreira como operador, defendeu a combinação entre fundamentos e análise técnica e alertou para um período prolongado de volatilidade nos mercados
Há razão para pânico com os bancos nos EUA? Saiba se o país está diante de uma crise de crédito e o que fazer com o seu dinheiro
Mesmo com alertas de bancos regionais dos EUA sobre o aumento do risco de inadimplência de suas carteiras de crédito, o risco não parece ser sistêmico, apontam especialistas
Citi vê mais instabilidade nos mercados com eleições de 2026 e tarifas e reduz risco em carteira de ações brasileiras
Futuro do Brasil está mais incerto e analistas do Citi decidiram reduzir o risco em sua carteira recomendada de ações MVP para o Brasil
Kafka em Wall Street: Por que você deveria se preocupar com uma potencial crise nos bancos dos EUA
O temor de uma infestação no setor financeiro e no mercado de crédito norte-americano faz pressão sobre as bolsas hoje
B3 se prepara para entrada de pequenas e médias empresas na Bolsa em 2026 — via ações ou renda fixa
Regime Fácil prevê simplificação de processos e diminuição de custos para que companhias de menor porte abram capital e melhorem governança
Carteira ESG: BTG passa a recomendar Copel (CPLE6) e Eletrobras (ELET3) por causa de alta no preço de energia; veja as outras escolhas do banco
Confira as dez escolhas do banco para outubro que atendem aos critérios ambientais, sociais e de governança corporativa
