🔴 ONDE INVESTIR EM JUNHO? RECEBA EM PRIMEIRA MÃO AS RECOMENDAÇÕES PARA ESTE MÊS – CADASTRE-SE

Estadão Conteúdo

Eles estão de volta?

Investidor estrangeiro volta à bolsa em outubro, mas tendência ainda é incerta

Segundo analistas de mercado, no contexto atual a Bolsa ainda pode ser considerada “muito barata”, em dólares, quando comparada com suas similares pelo mundo

Sede da B3, no centro de São Paulo, Ibovespa
Sede da B3, no centro de São Paulo - Imagem: shutterstock

Mesmo diante das incertezas que ainda pesam sobre o futuro da economia global, o dólar forte e a manutenção de Paulo Guedes no Ministério da Economia - apesar dos constantes desentendimentos - foram suficientes para estimular o retorno de estrangeiros à Bolsa brasileira em outubro. A volatilidade do mercado americano em tempos de eleições presidenciais nos Estados Unidos também tem contribuído para essa entrada de recursos.

Segundo analistas de mercado, no contexto atual a Bolsa ainda pode ser considerada "muito barata", em dólares, quando comparada com suas similares pelo mundo. Em outubro, até o dia 28, a Bolsa registrou a entrada de R$ 3,1 bilhões em recursos estrangeiros, resultado de R$ 250,48 bilhões em compras e R$ 247,31 bilhões em vendas. Este é somente o segundo mês de fluxo positivo visto em 2020, depois da entrada de R$ 343 milhões de junho - volume equivalente a pouco mais de 10% do registrado agora.

A última vez que ocorreu uma entrada mensal comparável ao de outubro foi em março de 2019, de R$ 2,35 bilhões. No acumulado do ano, porém, o fluxo de estrangeiros neste mercado está negativo em R$ 84,5 bilhões, um recorde histórico.

É importante ressaltar que essa base de cálculo não considera as aberturas de capital (IPOs, na sigla em inglês) e ofertas subsequentes de ações (follow-ons) - que, segundo dados divulgados pela B3 até o fim de agosto, somam R$ 18,9 bilhões. Considerando esse montante, no ano o fluxo de estrangeiros na Bolsa está negativo em R$ 65,7 bilhões.

Dólar forte

Para Daniel Rezende, assessor de investimentos da Messem Investimentos, o dólar mais forte justifica boa parte desse fluxo. "O real é a moeda que mais caiu entre todas as emergentes, e no campo corporativo as perspectivas são de resultados bastante positivos." Em sua avaliação, visto que a Bolsa está muito atrasada em relação aos seus pares em dólar , esse movimento de entrada discreta pode prosseguir até o fim do ano. "Muita gente está esperando para entrar no mercado de ações, principalmente estrangeiros, e não acho que o mercado vai realizar muito com a reeleição de Donald Trump ou a vitória de Joe Biden nos Estados Unidos."

Outro ponto importante para entender esse retorno, na visão de Alexandre Espírito Santo, economista-chefe da corretora Órama, é que algumas empresas no Brasil têm preços convidativos no momento por causa do real desvalorizado, como é o caso do setor bancário.

Leia Também

No campo econômico, aponta Rezende, a manutenção de Paulo Guedes, o pilar do liberalismo do governo Bolsonaro, como ministro também sustenta a aposta de alguns investidores. No entanto, segundo ele, é preciso considerar que a imagem do Brasil no exterior está muito ruim. "Isso é um fato. O Brasil chegou a ser citado no debate presidencial norte-americano, e nem o presidente americano Donald Trump conseguiu elogiar."

Espírito Santo, da Órama, lembra que o País vive um momento muito atípico sob todos os aspectos. "No início do ano, tínhamos expectativas diametralmente opostas à que temos agora com a pandemia", afirmou. Para dezembro, Espírito Santo mantém sua projeção para o Ibovespa entre 100 mil e 105 mil pontos. "Estamos na véspera da eleição americana e acredito que pode vir um empate técnico, com a decisão seguindo para a Suprema Corte - e isso é uma dor de cabeça."

IPOs

Além da questão da eleição americana, segundo o economista, é preciso analisar o preço do Ibovespa em dólar. Nesse contexto, o mercado mostra preços muito diferentes em relação a seus pares. "Temos um forte fluxo de saída de estrangeiros no acumulado do ano, mas muitos ficaram para os IPOs, tem muito capital que foi realocado", afirma. O economista observa ainda que a relação do Ibovespa com o Nasdaq, que historicamente é de 30%, agora está em 80%. "Andamos de mãos dadas praticamente."

Nos próximos meses, segundo o economista, seguem no radar dos investidores os desdobramentos da segunda onda de covid-19 pelo mundo e a definição sobre a presidência dos EUA, que pode atravessar a virada do ano e ir até 20 de janeiro. "Na cena doméstica, o problema é que temos o nó fiscal para o ano que vem que será muito difícil de ser desatado, principalmente com todo esse ruído político", pondera.

Já sobre a questão ambiental, agenda considerada prioritária para muitos investidores, Espírito Santo acredita que será um desafio para o Brasil se o democrata Joe Biden vencer nos Estados Unidos, em razão da postura mais personalista assumida pelo Itamaraty desde a vitória do presidente Jair Bolsonaro, em 2018.

Emergentes

O fluxo de capital para países emergentes somou US$ 17,9 bilhões em outubro, um salto de 139% em relação aos US$ 7,5 bilhões registrados em setembro, apontou o Instituto Internacional de Finanças (IIF), em relatório divulgado ontem.

Segundo a instituição, o avanço reflete uma melhora nas perspectivas para a economia global, além do desempenho positivo do setor de tecnologia nessas economias emergentes. "No entanto, renovadas preocupações sobre a segunda onda da pandemia, bem como incertezas geradas pelas eleições nos Estados Unidos, limitaram o aumento por volta do fim do mês", pondera a análise.

O IFF explica que a recuperação tem ocorrido de forma desigual, com alguns países ainda passando por fuga de capitais, enquanto outros se beneficiam da liquidez nos mercados. "A maior parte do fluxo no mês é atribuída a fluxos de dívida (principalmente nos emergentes da Ásia e na China)", explica a instituição.

O instituto acrescenta que, do total, US$ 11,6 bilhões correspondem a fluxos de dívida e US$ 6,3 bilhões, de compras de ações. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

COMPARTILHAR

Whatsapp Linkedin Telegram
O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Prevenir é melhor que remediar: Ibovespa repercute decisão judicial contra tarifaço, PIB dos EUA e desemprego no Brasil

29 de maio de 2025 - 8:17

Um tribunal norte-americano suspendeu o tarifaço de Donald Trump contra o resto do mundo; decisão anima as bolsas

MUDANÇAS NO BALANÇO

Entenda a resolução do BC que estremeceu as provisões dos bancos e custou ao Banco do Brasil (BBAS3) quase R$ 1 bilhão no resultado do 1T25

29 de maio de 2025 - 6:08

Espelhada em padrões internacionais, a resolução 4.966 requer dos bancos uma abordagem mais preventiva e proativa contra calotes. Saiba como isso afetou os resultados dos bancões e derrubou as ações do Banco do Brasil na B3

IMPACTO DA GUERRA COMERCIAL

Nvidia reporta balanço acima do esperado e ações saltam no after market, mas bloqueio de seus chips para China afeta guidance

28 de maio de 2025 - 18:45

Lucro por ação e receita bateram as estimativas, mas resultados trimestrais já viram impacto de bloqueio das exportações de chips para o Gigante Asiático

SD ENTREVISTA

Se não houver tag along na oferta de Tanure pela Braskem (BRKM5), “Lei das S.A. deixou de nos servir”, diz presidente da Amec

28 de maio de 2025 - 16:17

Em entrevista ao Seu Dinheiro, Fábio Coelho explica os motivos pelos quais a proposta do empresário Nelson Tanure pelo controle da Braskem deveria acionar o tag along — e as consequências se o mecanismo for “driblado”

FICOU BARATA?

Magazine Luiza (MGLU3) aprova novo programa de recompra de até R$ 93,4 milhões em ações

28 de maio de 2025 - 9:52

A operação prevê a aquisição de até 10 milhões de ações ordinárias e vai ocorrer no período de 18 meses

DUAS VEZES REBAIXADA

Braskem (BRKM5) na panela de pressão: petroquímica cai no conceito de duas das maiores agências de classificação de risco do mundo

28 de maio de 2025 - 9:41

A Fitch e a S&P Global rebaixaram a nota de crédito da Braskem de ‘BB+’ para ‘BB’ na última terça-feira. O que está por trás das revisões?

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Época de provas na bolsa: Ibovespa tenta renovar máximas em dia de Caged, ata do Fed e recuperação judicial da Azul

28 de maio de 2025 - 8:09

No noticiário corporativo, o BTG Pactual anunciou a compra de R$ 1,5 bilhão em ativos de Daniel Vorcaro; dinheiro será usado para capitalizar o Banco Master

SIMULAMOS!

Após alta do IOF, contas em dólar ainda valem mais a pena que cartões pré-pagos e cartões de crédito? Fizemos as contas

28 de maio de 2025 - 7:03

Comparamos cotações de contas como Wise, Nomad, Avenue e as contas globais de bancos com a compra de papel-moeda, cartões pré-pagos e cartões de crédito internacionais

DISCUSSÃO SOCIETÁRIA

Sem OPA na Braskem (BRKM5)? Por que a compra do controle por Nelson Tanure não acionaria o mecanismo de tag along

27 de maio de 2025 - 15:05

Especialistas consultados pelo Seu Dinheiro avaliam que não necessariamente há uma obrigatoriedade de oferta pública de Tanure pelas ações dos minoritários da Braskem; entenda

TOUROS E URSOS #224

Ibovespa vai sustentar tendência mesmo com juros altos e risco fiscal? Sócio fundador da Polo Capital vê bom momento para a bolsa — mas há outros perigos no radar

27 de maio de 2025 - 14:53

No podcast Touros e Ursos desta semana, Cláudio Andrade, sócio fundador da gestora Polo Capital, fala sobre as perspectivas para a bolsa brasileira

ATÉ PARECE REPLAY

Xô, penny stock: PDG Realty (PDGR3) recebe novo enquadro da B3 e terá que fazer mais um grupamento de ações

27 de maio de 2025 - 10:10

Após meses negociando as ações PDGR3 na casa dos centavos na bolsa brasileira, a incorporadora tentará outra vez aumentar as cotações dos papéis

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Não dá mais para adiar: Ibovespa repercute IPCA-15 enquanto mudanças no IOF seguem causando tensão

27 de maio de 2025 - 8:17

Bolsas de Nova York voltam de feriado ainda reagindo ao mais recente recuo de Trump na guerra comercial

INSIGHTS ASSIMÉTRICOS

Subimos apesar do governo: quando a pior decisão é sempre a próxima

27 de maio de 2025 - 6:28

O Brasil parece ter desenvolvido uma habilidade peculiar — quase artística — de desperdiçar momentos estratégicos. Quando o mercado estende a mão em sinal de trégua, Brasília responde com um tropeço

NOVO NOME, NOVO CÓDIGO

Grupo Toky, antiga Mobly (MBLY3), adia estreia do novo ticker TOKY3 para suas ações na B3; veja nova data

26 de maio de 2025 - 18:55

Estreia do código TOKY3 era para ter ocorrido nesta segunda (26); empresa alega questões técnicas da B3

PRIMERA VEZ EM MESES

Bradesco (BBDC4) faz Banco do Brasil (BBAS3) comer poeira na disputa por valor de mercado após balanços do 1T25. O que fazer com as ações?

26 de maio de 2025 - 10:37

Após entregar um balanço mais forte que o esperado, o Bradesco ganhou fôlego e superou a avaliação do Banco do Brasil na bolsa brasileira

DE SAÍDA DA B3?

Por que o maior acionista da dona do Burger King no Brasil (ZAMP3) quer tirar de vez a Zamp da bolsa brasileira

26 de maio de 2025 - 9:21

Após quase três anos desde a última tentativa, a discussão sobre uma potencial OPA pelas ações da Zamp voltou à mesa do fundo árabe Mubadala

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Tijolo por tijolo: Ibovespa busca caminho de volta a novos recordes em meio ao morde-assopra de Trump e feriado nos EUA

26 de maio de 2025 - 8:08

Depois de ameaçar com antecipação de tarifas mais altas à UE, agora Trump diz que vai negociar até 9 de julho

IOF POR TODOS OS LADOS

Novo IOF pode diminuir lucro de varejistas: JP Morgan avalia Magazine Luiza (MGLU3), Assaí (ASAI3) e Natura (NTCO3) como as mais afetadas

23 de maio de 2025 - 17:55

O maior impacto, segundo os analistas, é para os fornecedores das empresas, mas repasse pela cadeia é uma possibilidade que deságua em maiores preços para os clientes na ponta

DESTAQUES DA BOLSA

Nelson Tanure quer abocanhar a Braskem (BRKM5)? Ações da petroquímica sobem forte na B3 com rumores de oferta

23 de maio de 2025 - 15:28

A performance da petroquímica hoje vem na esteira de notícias de que Nelson Tanure quer abocanhar um pedaço da empresa

VOLTOU ATRÁS, PERO NO MUCHO

IOF para investir no exterior ainda vai subir, só em menor intensidade; mas, para Avenue, brasileiros vão investir ainda mais lá fora

23 de maio de 2025 - 13:21

Fazenda disse que remessas de recursos ao exterior para investimento continuariam sujeitas à alíquota vigente, mas na prática aumentou o tributo sobre essas operações

Menu

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies

Fechar