Ibovespa dispara com exterior em meio à eleição indefinida; dólar e juros caem com cenário político
Apreciação de vetos e projeto de autonomia do BC aliviam moeda e taxas futuras, que fecharam em queda forte. De olho no exterior otimista, o Ibovespa abriu o dia em alta, enquanto investidores acompanham de perto a contagem dos votos nos Estados Unidos

O dia é de força das bolsas nos mercados financeiros globais, em meio à apuração dos votos da eleição presidencial da maior economia mundial, que deve seguir por mais algum tempo antes que o vencedor seja anunciado.
Ainda assim, a dianteira por margem pequena tomada pelo democrata Joe Biden em Estados-chave como Wisconsin e Michigan tira um pouco da aflição de investidores, fazendo os índices futuros em Nova York virarem pela manhã. A falta de uma "onda azul" também ajuda os índices, uma vez que desta forma, com Senado e Câmara divididos entre republicanos e democratas, será mais difícil regular setores dos mercados.
O cenário político local, de outro lado, também ajuda a aliviar a pressão sobre o dólar e a curva de juros futuros, que precificam o risco fiscal.
Com a perspectiva de votação sobre vetos presidenciais no Congresso, além do projeto de autonomia do Banco Central aprovado, esses mercados experimentam um alívio nesta quarta-feira (04).
Os investidores do mundo todo acompanham de perto a contagem dos votos, com a apuração esteja acirrada e a "onda azul" esperada pelos especialistas não se concretizando.
Apesar da incerteza sobre quem será o próximo presidente dos Estados Unidos e da ameaça do republicano Donald Trump de ir à Suprema Corte do país contestar o resultado, as bolsas continuam a operar em alta hoje, após uma sessão positiva ontem. Na esteira desse movimento, o Ibovespa abriu o dia em alta e continua avançando.
Leia Também
Por volta das 16h55, o principal índice da bolsa brasileira subia 2,2%, aos 98.054,68 pontos — papéis de varejistas como Magazine Luiza ON (MGLU3), B2W ON (BTOW3), Via Varejo ON (VVAR3) e Lojas Renner ON (LREN3) estão entre os maiores ganhos percentuais, na esteira da disparada do índice Nasdaq, que reúne ações de tecnologia dos Estados Unidos.
Além disso, as ações de empresas do ramo da construção civil, como Cyrela ON (CYRE3), MRV ON (MRVE3) e EZTEC ON (EZTC3), também lideram a alta do índice.
Maior alta do Ibovespa no ano, Weg ON (WEGE3) também é outro destaque hoje, como Itaú PN (ITUB4) — o bancão publicou balanço ontem à noite e anunciou a separação da participação na XP Investimentos em uma nova empresa.
Top 5
Veja as maiores altas percentuais do Ibovespa agora:
CÓDIGO | EMPRESA | PREÇO (R$) | VARIAÇÃO |
CYRE3 | Cyrela ON | 24,41 | 6,87% |
BTOW3 | B2W ON | 81,10 | 6,74% |
LREN3 | Lojas Renner ON | 40,55 | 6,57% |
MRVE3 | MRV ON | 17,97 | 5,89% |
B3SA3 | B3 ON | 53,87 | 5,69% |
Confira também as maiores quedas:
CÓDIGO | EMPRESA | PREÇO (R$) | VARIAÇÃO |
CSNA3 | CSN ON | 21,32 | -4,78% |
GOAU4 | Metalúrgica Gerdau PN | 9,94 | -4,42% |
GGBR4 | Gerdau PN | 22,21 | -4,18% |
USIM5 | Usiminas PNA | 11,11 | -4,06% |
IRBR3 | IRB ON | 6,19 | -3,28% |
Dólar segue em queda; juros fecham em baixa forte
O noticiário local descomprime a pressão existente sobre alguns ativos em que está embutido o risco político, uma vez que há a percepção de andamento da agenda econômica no Congresso após nervosismo em razão de declarações do presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia.
Neste contexto, o dólar cai 1,7%, sendo cotado a R$ 5,6643, em meio à perspectiva de apreciação de 41 vetos presidenciais.
Entre eles, estão o veto à prorrogação da desoneração da folha de pagamento — que há pouco foi derrubado pela Câmara por 430 votos a favor e 33 contrários —, além do veto que retirou 12 dispositivos da lei que amplia os beneficiários do auxílio emergencial.
A moeda americana também não exibe força nesta quarta frente a divisas fortes, como euro, libra e iene. O Dollar Index (DXY) aponta leve enfraquecimento do dólar, e os pares emergentes do real também se apreciam diante da divisa — caso do peso mexicano, do rublo russo e do rand sul-africano.
Enquanto isso, os juros futuros tombam, um dia após a aprovação do projeto de autonomia do Banco Central no Senado — o texto agora segue para a Câmara dos Deputados.
- Janeiro/2021: de 1,954% para 1,945%
- Janeiro/2022: de 3,51% para 3,46%
- Janeiro/2023: de 5,18% para 5,06%
- Janeiro/2025: de 6,92% para 6,76%
Exterior positivo
Lá fora, os principais índices acionários operam em alta. Os negócios na Europa até começaram o dia no vermelho, mas se recuperaram ao longo da manhã, após bons dados da economia do bloco europeu.
Em meio a um cenário favorável se desenhando em favor de Biden nos estados de Michigan e Wisconsin, os investidores tomaram um fôlego extra e as principais praças do velho continente, como Frankfurt, Londres e Paris, fecharam com ganhos de ao menos 1,7%.
Na madrugada, as bolsas asiáticas fecharam majoritariamente em alta, e os índices acionários em Wall Street indicam um dia de otimismo e apetite ao risco nos mercados — marcando um avanço de no mínimo 2,15%.
No entanto, a perspectiva de que Donald Trump conteste o resultado — se sair perdedor — tem deixado os investidores apreensivos.
O atual presidente já declarou vitória antes da hora e promete não aceitar facilmente o resultado. Trump citou "fraude" e disse que vai brigar na Suprema Corte do país pela recontagem de votos.
Até o momento, Biden lidera a corrida, com 238 delegados computados, contra 213 de Trump. Para declarar vitória, é necessário o número mínimo de 270 delegados. Vitórias em Nevada (onde a apuração só será retomada amanhã), Michigan e Wisconsin, estados em que o democrata lidera por margem muito pequena no momento, elegeriam Biden.
Em segundo plano fica também a preocupação dos investidores com o crescimento do número de casos do coronavírus na Europa e as novas medidas de isolamento social.
Inflação americana derruba Wall Street e Ibovespa cai mais de 2%; dólar vai a R$ 5,18 com pressão sobre o Fed
Com o Nasdaq em queda de 5% e demais índices em Wall Street repercutindo negativamente dados de inflação, o Ibovespa não conseguiu sustentar o apetite por risco
Esquenta dos mercados: Bolsas internacionais sobem em dia de inflação dos EUA; Ibovespa deve acompanhar cenário internacional e eleições
Com o CPI dos EUA como o grande driver do dia, a direção das bolsas após a divulgação dos dados deve se manter até o encerramento do pregão
CCR (CCRO3) já tem novos conselheiros e Roberto Setubal está entre eles — conheça a nova configuração da empresa
Além do novo conselho de administração, a Andrade Gutierrez informou a conclusão da venda da fatia de 14,86% do capital da CCR para a Itaúsa e a Votorantim
Expectativa por inflação mais branda nos Estados Unidos leva Ibovespa aos 113.406 pontos; dólar cai a R$ 5,09
O Ibovespa acompanhou a tendência internacional, mas depois de sustentar alta de mais de 1% ao longo de toda a sessão, o índice encerrou a sessão em alta
O Mubadala quer mesmo ser o novo rei do Burger King; fundo surpreende mercado e aumenta oferta pela Zamp (BKBR3)
Valor oferecido pelo fundo aumentou de R$ 7,55 para R$ 8,31 por ação da Zamp (BKBR3) — mercado não acreditava em oferta maior
Esquenta dos mercados: Inflação dos EUA não assusta e bolsas internacionais começam semana em alta; Ibovespa acompanha prévia do PIB
O exterior ignora a crise energética hoje e amplia o rali da última sexta-feira
Vale (VALE3) dispara mais de 10% e anota a maior alta do Ibovespa na semana, enquanto duas ações de frigoríficos dominam a ponta negativa do índice
Por trás da alta da mineradora e da queda de Marfrig (MRFG3) e Minerva (BEEF3) estão duas notícias vindas da China
Magalu (MGLU3) cotação: ação está no fundo do poço ou ainda é possível cair mais? 5 pontos definem o futuro da ação
Papel já alcançou máxima de R$ 27 há cerca de dois anos, mas hoje é negociado perto dos R$ 4. Hoje, existem apenas 5 fatores que você deve olhar para ver se a ação está em ponto de compra ou venda
Commodities puxam Ibovespa, que sobe 1,3% na semana; dólar volta a cair e vai a R$ 5,14
O Ibovespa teve uma semana marcada por expectativas para os juros e inflação. O dólar à vista voltou a cair após atingir máximas em 20 anos
Esquenta dos mercados: Inflação e eleições movimentam o Ibovespa enquanto bolsas no exterior sobem em busca de ‘descontos’ nas ações
O exterior ignora a crise energética e a perspectiva de juros elevados faz as ações de bancos dispararem na Europa
BCE e Powell trazem instabilidade à sessão, mas Ibovespa fecha o dia em alta; dólar cai a R$ 5,20
A instabilidade gerada pelos bancos centrais gringos fez com o Ibovespa custasse a se firmar em alta — mesmo com prognósticos melhores para a inflação local e uma desinclinação da curva de juros.
Esquenta dos mercados: Decisão de juros do BCE movimenta as bolsas no exterior enquanto Ibovespa digere o 7 de setembro
Se o saldo da Independência foi positivo para Bolsonaro e negativo aos demais concorrentes — ou vice-versa —, só o tempo e as pesquisas eleitorais dirão
Ibovespa cede mais de 2% com temor renovado de nova alta da Selic; dólar vai a R$ 5,23
Ao contrário do que os investidores vinham precificando desde a última reunião do Copom, o BC parece ainda não estar pronto para interromper o ciclo de aperto monetário – o que pesou sobre o Ibovespa
Em transação esperada pelo mercado, GPA (PCAR3) prepara cisão do Grupo Éxito, mas ações reagem em queda
O fato relevante com a informação foi divulgado após o fechamento do mercado ontem, quando as ações operaram em forte alta de cerca de 10%, liderando os ganhos do Ibovespa na ocasião
Atenção, investidor: Confira como fica o funcionamento da B3 e dos bancos durante o feriado de 7 de setembro
Não haverá negociações na bolsa nesta quarta-feira. Isso inclui os mercados de renda variável, renda fixa privada, ETFs de renda fixa e de derivativos listados
Esquenta dos mercados: Bolsas no exterior deixam crise energética de lado e investidores buscam barganhas hoje; Ibovespa reage às falas de Campos Neto
Às vésperas do feriado local, a bolsa brasileira deve acompanhar o exterior, que vive momentos tensos entre Europa e Rússia
Ibovespa ignora crise energética na Europa e vai aos 112 mil pontos; dólar cai a R$ 5,15
Apesar da cautela na Europa, o Ibovespa teve um dia de ganhos, apoiado na alta das commodities
Crise energética em pleno inverno assusta, e efeito ‘Putin’ faz euro renovar mínima abaixo de US$ 1 pela primeira vez em 20 anos
O governo russo atribuiu a interrupção do fornecimento de gás a uma falha técnica, mas a pressão inflacionária que isso gera derruba o euro
Boris Johnson de saída: Liz Truss é eleita nova primeira-ministra do Reino Unido; conheça a ‘herdeira’ de Margaret Thatcher
Aos 47 anos, a política conservadora precisa liderar um bloco que encara crise energética, inflação alta e reflexos do Brexit
Esquenta dos mercados: Bolsas internacionais caem com crise energética no radar; Ibovespa acompanha calendário eleitoral hoje
Com o feriado nos EUA e sem a operação das bolsas por lá, a cautela deve prevalecer e a volatilidade aumentar no pregão de hoje