Gigantes de tecnologia perdem em valor de mercado quase US$ 400 bilhões na semana
Somadas, as desvalorizações das cinco empresas equivalem à praticamente metade do valor de mercado das empresas listadas na B3, a Bolsa brasileira, hoje em torno de US$ 800 bilhões.
Uma semana para esquecer: nos últimos cinco dias, as cinco maiores empresas de tecnologia do mundo - Apple, Amazon, Microsoft, Google e Facebook - perderam nada menos do que US$ 392 bilhões em valor de mercado. Para a maioria dos analistas, o movimento se deve a uma correção de rota no setor para a realização de lucros, após valorização extrema nos últimos meses.
Por conta da pandemia e das políticas de isolamento social, as já poderosas empresas de perfil digital ganharam ainda mais espaço no mercado. No entanto, o clima de incerteza por conta da eleição americana e do coronavírus acendeu o sinal amarelo entre os investidores.
Maior empresa do mundo hoje, avaliada em mais de US$ 2 trilhões, a Apple liderou as perdas, com queda de US$ 146 bilhões. É mais do que o dobro do valor de mercado da maior empresa brasileira, a Vale, que encerrou o pregão desta sexta-feira, 4, cotada em US$ 60 bilhões.
Na última quinta, 3, a fabricante do iPhone bateu um recorde negativo: viu seu valor de mercado cair US$ 180 bilhões, na maior queda diária da história de uma empresa em Wall Street. O recorde pertencia ao Facebook, que tinha perdido US$ 120 bilhões em um único dia em julho de 2018, em meio ao caso Cambridge Analytica.
Outras gigantes também tiveram dias difíceis. A dona do Windows riscou US$ 90 bilhões de seu valor entre o pregão da sexta-feira anterior (dia 28) e o de ontem; a varejista de Jeff Bezos, US$ 86 bilhões. Facebook e Google tiveram perdas menores: US$ 33 bilhões e US$ 37 bilhões, respectivamente.
Os números dão a dimensão da importância das chamadas big techs no mercado atual. Somadas, as desvalorizações das cinco empresas equivalem à praticamente metade do valor de mercado das empresas listadas na B3, a Bolsa brasileira, hoje em torno de US$ 800 bilhões.
Leia Também
Bolha
No início dos anos 2000, a empolgação com a internet levou muita gente a apostar no mercado de tecnologia, o que levou à bolha das "ponto-com". Vinte anos depois, parte dos analistas e investidores teme que novo frenesi durante a pandemia possa ter efeito similar ao do passado.
Em relatório publicado na última quinta-feira, a consultoria Capital Economics discute o tema. Para a empresa, o movimento dessas ações nos últimos meses é em parte motivado por seus resultados nos balanços, bem como por serem de companhias que conseguem vender sem necessidade de contato físico com os consumidores em grande parte do tempo.
A Capital Economics diz que a valorização das big techs foi maior do que o resto do mercado, mas não vê o estouro de uma bolha. Para a companhia, o cenário mais provável que essas ações avancem menos do que o restante do mercado com a retomada da economia nos próximos meses.
Há ainda quem afirme que o que aconteceu na última semana não altera a visão do setor no longo prazo. "A realização de lucros pode causar medo de uma bolha e avaliações infladas podem ser um assunto, mas ainda acreditamos que o setor tem tudo para seguir crescimento de forma acelerada até 2022", escreveu o analista Dan Ives, da Wedbush Securities, em nota.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo, com agências internacionais.
Ursos de 2025: Banco Master, Bolsonaro, Oi (OIBR3) e dólar… veja quem esteve em baixa neste ano na visão do Seu Dinheiro
Retrospectiva especial do podcast Touros e Ursos revela quem terminou 2025 em baixa no mercado, na política e nos investimentos; confira
Os recordes voltaram: ouro é negociado acima de US$ 4.450 e prata sobe a US$ 69 pela 1ª vez na história. O que mexe com os metais?
No acumulado do ano, a valorização do ouro se aproxima de 70%, enquanto a alta prata está em 128%
LCIs e LCAs com juros mensais, 11 ações para dividendos em 2026 e mais: as mais lidas do Seu Dinheiro
Renda pingando na conta, dividendos no radar e até metas para correr mais: veja os assuntos que dominaram a atenção dos leitores do Seu Dinheiro nesta semana
R$ 40 bilhões em dividendos, JCP e bonificação: mais de 20 empresas anunciaram pagamentos na semana; veja a lista
Com receio da nova tributação de dividendos, empresas aceleraram anúncios de proventos e colocaram mais de R$ 40 bilhões na mesa em poucos dias
Musk vira primeira pessoa na história a valer US$ 700 bilhões — e esse nem foi o único recorde de fortuna que ele bateu na semana
O patrimônio do presidente da Tesla atingiu os US$ 700 bilhões depois de uma decisão da Suprema Corte de Delaware reestabelecer um pacote de remuneração de US$ 56 bilhões ao executivo
Maiores quedas e altas do Ibovespa na semana: com cenário eleitoral e Copom ‘jogando contra’, índice caiu 1,4%; confira os destaques
Com Copom firme e incertezas políticas no horizonte, investidores reduziram risco e pressionaram o Ibovespa; Brava (BRAV3) é maior alta, enquanto Direcional (DIRR3) lidera perdas
Nem o ‘Pacman de FIIs’, nem o faminto TRXF11, o fundo imobiliário que mais cresceu em 2025 foi outro gigante do mercado; confira o ranking
Na pesquisa, que foi realizada com base em dados patrimoniais divulgados pelos FIIs, o fundo vencedor é um dos maiores nomes do segmento de papel
De olho na alavancagem, FIIs da TRX negociam venda de nove imóveis por R$ 672 milhões; confira os detalhes da operação
Segundo comunicado divulgado ao mercado, os ativos estão locados para grandes redes do varejo alimentar
“Candidatura de Tarcísio não é projeto enterrado”: Ibovespa sobe e dólar fecha estável em R$ 5,5237
Declaração do presidente nacional do PP, e um dos líderes do Centrão, senador Ciro Nogueira (PI), ajuda a impulsionar os ganhos da bolsa brasileira nesta quinta-feira (18)
‘Se eleição for à direita, é bolsa a 200 mil pontos para mais’, diz Felipe Miranda, CEO da Empiricus
CEO da Empiricus Research fala em podcast sobre suas perspectivas para a bolsa de valores e potenciais candidatos à presidência para eleições do próximo ano.
Onde estão as melhores oportunidades no mercado de FIIs em 2026? Gestores respondem
Segundo um levantamento do BTG Pactual com 41 gestoras de FIIs, a expectativa é que o próximo ano seja ainda melhor para o mercado imobiliário
Chuva de dividendos ainda não acabou: mais de R$ 50 bilhões ainda devem pingar na conta em 2025
Mesmo após uma enxurrada de proventos desde outubro, analistas veem espaço para novos anúncios e pagamentos relevantes na bolsa brasileira
Corrida contra o imposto: Guararapes (GUAR3) anuncia R$ 1,488 bilhão em dividendos e JCP com venda de Midway Mall
A companhia anunciou que os recursos para o pagamento vêm da venda de sua subsidiária Midway Shopping Center para a Capitânia Capital S.A por R$ 1,61 bilhão
Ação que triplicou na bolsa ainda tem mais para dar? Para o Itaú BBA, sim. Gatilho pode estar próximo
Alta de 200% no ano, sensibilidade aos juros e foco em rentabilidade colocam a Movida (MOVI3) no radar, como aposta agressiva para capturar o início do ciclo de cortes da Selic
Flávio Bolsonaro presidente? Saiba por que o mercado acendeu o sinal amarelo para essa possibilidade
Rodrigo Glatt, sócio-fundador da GTI, falou no podcast Touros e Ursos desta semana sobre os temores dos agentes financeiros com a fragmentação da oposição frente à reeleição do atual presidente Luiz Inácio Lula da Silva
‘Flávio Day’ e eleições são só ruído; o que determina o rumo do Ibovespa em 2026 é o cenário global, diz estrategista do Itaú
Tendência global de queda do dólar favorece emergentes, e Brasil ainda deve contar com o bônus da queda na taxa de juros
Susto com cenário eleitoral é prova cabal de que o Ibovespa está em “um claro bull market”, segundo o Santander
Segundo os analistas do banco, a recuperação de boa parte das perdas com a notícia sobre a possível candidatura do senador é sinal de que surpresas negativas não são o suficiente para afugentar investidores
Estas 17 ações superaram os juros no governo Lula 3 — a principal delas entregou um retorno 20 vezes maior que o CDI
Com a taxa básica de juros subindo a 15% no terceiro mandato do presidente Lula, o CDI voltou a assumir o papel de principal referência de retorno
Alta de 140% no ano é pouco: esta ação está barata demais para ser ignorada — segundo o BTG, há espaço para bem mais
O banco atualizou a tese de investimentos para a companhia, reiterando a recomendação de compra e elevando o preço-alvo para os papéis de R$ 14 para R$ 21,50
Queda brusca na B3: por que a Azul (AZUL4) despenca 22% hoje, mesmo com a aprovação do plano que reforça o caixa
As ações reagiram à aprovação judicial do plano de reorganização no Chapter 11, que essencialmente passa o controle da companhia para as mãos dos credores