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Ricardo Gozzi

É jornalista e escritor. Passou quase 20 anos na editoria internacional da Agência Estado antes de se aventurar por outras paragens. Escreveu junto com Sócrates o livro 'Democracia Corintiana: a utopia em jogo'. Também é coautor da biografia de Kid Vinil.

Mercados hoje

Guerra comercial arrasta o Ibovespa e leva o dólar acima da marca de R$ 5,40

Trump eleva o tom contra a China e Ibovespa encerra a primeira semana de agosto em queda; dólar fecha no nível mais alto desde 30 de junho

Ricardo Gozzi
7 de agosto de 2020
18:02 - atualizado às 18:11
Selo Mercados FECHAMENTO Ibovespa dólar
Imagem: Montagem Andrei Morais / Shutterstock

O Ibovespa tinha tudo pra encerrar em território positivo uma semana de agenda cheia e que começou esquisita, com o principal índice da bolsa brasileira descolado das altas nos ativos de risco pelo mundo. O mercado local até que se recuperou bem no meio da semana e acertou o passo com o exterior, mas havia uma pedra - ou melhor, uma guerra comercial - no fim do caminho.

Donald Trump elevou o tom de sua guerra comercial contra os chineses e azedou o clima da festa do excesso de liquidez nos mercados financeiros globais. A aversão ao risco dominou a cena no pregão desta sexta-feira e o Ibovespa fechou em queda de 1,30%, a 102.755,55 pontos. No acumulado da primeira semana de agosto, a queda foi de 0,13%.

Os investidores reagiram às ações do governo dos EUA contra as empresas controladoras do TikTok e do Wechat. Os aplicativos de origem chinesa podem ser banidos do território norte-americano em 45 dias se o controle dos apps no país não for vendido para empresas locais.

Além do mercado de ações, a escalada na tensão entre EUA e China pressionou também as taxas de câmbio e juro, os principais índices de ações em Wall Street e as cotações internacionais de petróleo.

Uma pausa para respirar antes de seguir ladeira abaixo

Houve, no entanto, uma pausa para respirar, pelo menos no Ibovespa. No meio da tarde, o índice reduziu as perdas depois de o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM/RJ), ter sinalizado a possibilidade de engavetar o projeto de lei aprovado ontem no Senado para limitar a cobrança de juros pelos bancos para os serviços de cheque especial e rotativo do cartão de crédito.

Logo depois dos comentários de Maia, as ações dos bancos começaram a subir e o Ibovespa por pouco não zerou as perdas. Mas o alívio durou pouco.

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Os fatores externos voltaram a pesar, as ações dos bancos logo voltaram a cair e o principal índice do mercado brasileiro de ações voltou a descer a ladeira da aversão ao risco.

Além da guerra comercial, pesaram sobre o Ibovespa a demora para que democratas e republicanos alcancem um acordo para um programa de estímulo à economia dos Estados Unidos e as recorrentes preocupações com questões fiscais no Brasil.

Entre os papéis listados no Ibovespa, o destaque positivo ficou por conta das ações ON da Hering (HGTX3), que subiram mais de 7% na esteira da alta registrada ao longo da semana nas ações de shopping centers e das varejistas com grande presença dentro deles.

Já as operadoras de shopping centers passaram por realização de lucro hoje em meio à aversão ao risco.

Confira a seguir as maiores altas e baixas do dia entre as ações listadas no Ibovespa.

MAIORES ALTAS

  • Hering ON (HGTX3) +7,31%
  • Rumo ON (RAIL3) +2,46%
  • BRF ON (BRFS3) +2,33%
  • Tim Participações ON (TIMP3) +1,45%
  • Pão de açúcar ON (PCAR3) +0,92%

MAIORES QUEDAS

  • Cielo ON (CIEL3) -6,25%
  • BR Malls ON (BRML3) -4,24%
  • Yduqs ON (YDUQ3) -3,59%
  • Multiplan ON (MULT3) -3,43%
  • Gol PN (GOLL4) -3,39%

Dólar e juro

O dólar manteve hoje a trajetória de alta observada na véspera. Mas ao contrário de ontem, quando o real depreciou-se principalmente por questões locais, nesta sexta-feira o dólar ganhou força com o mais novo desdobramento da guerra comercial entre EUA e China.

A moeda norte-americana encerrou o dia em alta de 1,33%, cotada a R$ 5,4143 (+1,1%). Trata-se do nível mais alto desde 30 de junho. Na semana, o dólar acumulou alta de 3,8%.

Pelo mesmo motivo do dólar, os contratos de juros futuros fecharam em alta nos vencimentos intermédios e longos. Já os mais curtos ficaram perto da estabilidade depois de ontem terem se ajustado à redução da taxa básica e ao comunicado do Copom com sinais para os próximos passos da política monetária do Banco Central do Brasil.

Confira os vencimentos com mais liquidez:

  • Janeiro/2021: de 1,865% para 1,870%;
  • Janeiro/2022: de 2,570% para 2,650%;
  • Janeiro/2023: de 3,640% para 3,720%;
  • Janeiro/2025: de 5,250% para 5,400%.

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