Ibovespa cede à realização de lucro e passa a cair mais de 1%; dólar sobe a R$ 4,28
O Ibovespa até começou o dia em alta, pegando carona no bom humor externo. No entanto, após acumular ganhos de 2% entre segunda e quarta-feira, o índice acabou perdendo força e virando para baixa, puxado pelas perdas no setor bancário
O Ibovespa tentou prolongar a sequência de ganhos dos últimos três dias, mas acabou cedendo a um movimento de realização de lucros. Após começar o pregão desta quinta-feira (6) em alta, o índice perdeu força e virou ao campo negativo, com os investidores embolsando parte da valorização de 2% acumulada na semana.
Por volta de 17h00, o Ibovespa recuava 1,07%, aos 114.790,45 pontos — logo depois da abertura, tocou os 117.381,83 pontos (+1,17%). O índice brasileiro, assim, destoa das bolsas americanas: o Dow Jones (+0,29%), o S&P 500 (+0,27%) e o Nasdaq (+0,59%) seguem em alta.
No mercado de câmbio, o dólar à vista chegou a cair 0,71% mais cedo, a R$ 4,2090, mas fechou em alta de 1,09%, a R$ 4,2852 — a moeda americana se fortaleceu em escala global ao longo do dia, passando a ganhar terreno em relação às demais divisas de países emergentes.
Por aqui, os investidores repercutiram o novo corte na taxa Selic, para o patamar de 4,25% ao ano — uma nova mínima histórica. No entanto, o Banco Central (BC) foi claro ao sinalizar que essa foi a última redução do atual ciclo de ajuste.
Nesse cenário, as curvas de juros se ajustaram à indicação do Copom e fecharam em de alta — quem apostava em mais um corte na Selic em março precisou rever suas posições.
Veja abaixo como ficaram os principais DIs nesta quinta-feira:
Leia Também
- Janeiro/2021: de 4,29% para 4,33%;
- Janeiro/2023: de 5,42% para 5,45%;
- Janeiro/2025: de 6,05% para 6,14%;
- Janeiro/2027: de 6,39% para 6,47%.
O corte de 0,25 ponto na Selic diminui ainda mais o diferencial em relação aos juros dos Estados Unidos — por lá, o Federal Reserve manteve as taxas inalteradas nas últimas duas reuniões. Com isso, investidores que buscam retornos fáceis têm menos estímulo para colocar recursos no Brasil.
É por isso que, em linhas gerais, taxas de juros mais baixas implicam em desvalorização da moeda local. Por outro lado, há a leitura de que esse movimento tem uma conotação positiva, já que os recursos mais especulativos e que buscam apenas a rentabilidade diária dos juros não ingressam mais no país.
Lá fora, a menor apreensão em relação ao coronavírus continua dando impulso às bolsas. A percepção de queda no ritmo de disseminação da doença, os anúncios de possíveis tratamentos e as iniciativas do governo chinês para conter o vírus têm dado suporte à recuperação dos mercados americanos, que sofreram intensa pressão na semana passada.
Bancos caem, Petrbras sobe
Boa parte da perda de força do índice ao longo do dia se deve ao enfraquecimento das ações dos bancos, que viraram ao campo negativo. Agora, Itaú Unibanco PN (ITUB4) recua 0,57%; Bradesco PN (BBDC4) cai 1,07% e Banco do Brasil ON (BBAS3) tem perda de 1,83%.
Trata-se de um movimento de realização de lucros, já que, na semana, os papéis do setor vinham apresentando um desempenho bastante positivo. Apesar da queda de hoje, essas ações ainda acumulam ganhos de mais de 1% desde segunda-feira.
Essa tendência negativa vista nos bancos é parcialmente neutralizada pelas ações da Petrobras, tanto as ONs (PETR3) quanto as PNs (PETR4), que avançam 2,23% e 1,97%, respectivamente.
Ontem, o BNDES fixou em R$ 30,00 o preço das ações ON da Petrobras que irá vender na oferta subsequente — a instituição irá vender 734,2 milhões de papéis desse tipo, ficando com uma fatia de apenas 0,16%.
Na ponta negativa do índice, destaque para Braskem PNA (BRKM5), em baixa de 6,30%, após a Justiça de São Paulo determinar que os bancos credores da Odebrecht podem vender as ações da companhia, dadas em garantia pela construtora.
Enquanto isso, fora do Ibovespa...
Ontem, as ações ON da Mitre (MTRE3) estrearam na B3 e fecharam em forte alta de 7,77%. Hoje, é a vez dos papéis ON da Locaweb (LWSA3) começarem a ser negociados — e, assim como a incorporadora, também disparam.
As ações da estreante do dia operam em forte alta de 20,75%, a R$ 20,83 — os papéis saíram do IPO a R$ 17,25, no pico da faixa indicativa de preço.
Também fora do Ibovespa, destaque para as ações ON da Centauro (CNTO3), que sobem 11,40%, a R$ 48,28, e chegam a novas máximas. Mais cedo, a companhia anunciou a compra da Nike do Brasil, por R$ 900 milhões, passando a deter a exclusividade dos itens da marca no país.
Top 5
Veja abaixo os cinco papéis de melhor desempenho do Ibovespa nesta quinta-feira:
- Weg ON (WEGE3): +3,55%
- Cielo ON (CIEL3): +2,56%
- Petrobras ON (PETR3): +2,10%
- Petrobras PN (PETR4): +2,01%
- Hapvida ON (HAPV3): +1,46%
Confira também as maiores baixas do índice:
- Braskem PNA (BRKM5): -6,30%
- MRV ON (MRVE3): -5,14%
- Eletrobras ON (ELET3): -4,68%
- Fleury ON (FLRY3): -4,57%
- BR Malls ON (BRML3): -3,98%
Ursos de 2025: Banco Master, Bolsonaro, Oi (OIBR3) e dólar… veja quem esteve em baixa neste ano na visão do Seu Dinheiro
Retrospectiva especial do podcast Touros e Ursos revela quem terminou 2025 em baixa no mercado, na política e nos investimentos; confira
Os recordes voltaram: ouro é negociado acima de US$ 4.450 e prata sobe a US$ 69 pela 1ª vez na história. O que mexe com os metais?
No acumulado do ano, a valorização do ouro se aproxima de 70%, enquanto a alta prata está em 128%
LCIs e LCAs com juros mensais, 11 ações para dividendos em 2026 e mais: as mais lidas do Seu Dinheiro
Renda pingando na conta, dividendos no radar e até metas para correr mais: veja os assuntos que dominaram a atenção dos leitores do Seu Dinheiro nesta semana
R$ 40 bilhões em dividendos, JCP e bonificação: mais de 20 empresas anunciaram pagamentos na semana; veja a lista
Com receio da nova tributação de dividendos, empresas aceleraram anúncios de proventos e colocaram mais de R$ 40 bilhões na mesa em poucos dias
Musk vira primeira pessoa na história a valer US$ 700 bilhões — e esse nem foi o único recorde de fortuna que ele bateu na semana
O patrimônio do presidente da Tesla atingiu os US$ 700 bilhões depois de uma decisão da Suprema Corte de Delaware reestabelecer um pacote de remuneração de US$ 56 bilhões ao executivo
Maiores quedas e altas do Ibovespa na semana: com cenário eleitoral e Copom ‘jogando contra’, índice caiu 1,4%; confira os destaques
Com Copom firme e incertezas políticas no horizonte, investidores reduziram risco e pressionaram o Ibovespa; Brava (BRAV3) é maior alta, enquanto Direcional (DIRR3) lidera perdas
Nem o ‘Pacman de FIIs’, nem o faminto TRXF11, o fundo imobiliário que mais cresceu em 2025 foi outro gigante do mercado; confira o ranking
Na pesquisa, que foi realizada com base em dados patrimoniais divulgados pelos FIIs, o fundo vencedor é um dos maiores nomes do segmento de papel
De olho na alavancagem, FIIs da TRX negociam venda de nove imóveis por R$ 672 milhões; confira os detalhes da operação
Segundo comunicado divulgado ao mercado, os ativos estão locados para grandes redes do varejo alimentar
“Candidatura de Tarcísio não é projeto enterrado”: Ibovespa sobe e dólar fecha estável em R$ 5,5237
Declaração do presidente nacional do PP, e um dos líderes do Centrão, senador Ciro Nogueira (PI), ajuda a impulsionar os ganhos da bolsa brasileira nesta quinta-feira (18)
‘Se eleição for à direita, é bolsa a 200 mil pontos para mais’, diz Felipe Miranda, CEO da Empiricus
CEO da Empiricus Research fala em podcast sobre suas perspectivas para a bolsa de valores e potenciais candidatos à presidência para eleições do próximo ano.
Onde estão as melhores oportunidades no mercado de FIIs em 2026? Gestores respondem
Segundo um levantamento do BTG Pactual com 41 gestoras de FIIs, a expectativa é que o próximo ano seja ainda melhor para o mercado imobiliário
Chuva de dividendos ainda não acabou: mais de R$ 50 bilhões ainda devem pingar na conta em 2025
Mesmo após uma enxurrada de proventos desde outubro, analistas veem espaço para novos anúncios e pagamentos relevantes na bolsa brasileira
Corrida contra o imposto: Guararapes (GUAR3) anuncia R$ 1,488 bilhão em dividendos e JCP com venda de Midway Mall
A companhia anunciou que os recursos para o pagamento vêm da venda de sua subsidiária Midway Shopping Center para a Capitânia Capital S.A por R$ 1,61 bilhão
Ação que triplicou na bolsa ainda tem mais para dar? Para o Itaú BBA, sim. Gatilho pode estar próximo
Alta de 200% no ano, sensibilidade aos juros e foco em rentabilidade colocam a Movida (MOVI3) no radar, como aposta agressiva para capturar o início do ciclo de cortes da Selic
Flávio Bolsonaro presidente? Saiba por que o mercado acendeu o sinal amarelo para essa possibilidade
Rodrigo Glatt, sócio-fundador da GTI, falou no podcast Touros e Ursos desta semana sobre os temores dos agentes financeiros com a fragmentação da oposição frente à reeleição do atual presidente Luiz Inácio Lula da Silva
‘Flávio Day’ e eleições são só ruído; o que determina o rumo do Ibovespa em 2026 é o cenário global, diz estrategista do Itaú
Tendência global de queda do dólar favorece emergentes, e Brasil ainda deve contar com o bônus da queda na taxa de juros
Susto com cenário eleitoral é prova cabal de que o Ibovespa está em “um claro bull market”, segundo o Santander
Segundo os analistas do banco, a recuperação de boa parte das perdas com a notícia sobre a possível candidatura do senador é sinal de que surpresas negativas não são o suficiente para afugentar investidores
Estas 17 ações superaram os juros no governo Lula 3 — a principal delas entregou um retorno 20 vezes maior que o CDI
Com a taxa básica de juros subindo a 15% no terceiro mandato do presidente Lula, o CDI voltou a assumir o papel de principal referência de retorno
Alta de 140% no ano é pouco: esta ação está barata demais para ser ignorada — segundo o BTG, há espaço para bem mais
O banco atualizou a tese de investimentos para a companhia, reiterando a recomendação de compra e elevando o preço-alvo para os papéis de R$ 14 para R$ 21,50
Queda brusca na B3: por que a Azul (AZUL4) despenca 22% hoje, mesmo com a aprovação do plano que reforça o caixa
As ações reagiram à aprovação judicial do plano de reorganização no Chapter 11, que essencialmente passa o controle da companhia para as mãos dos credores
