B3 suspende prazo para Oi e outras ‘penny stocks’ ajustarem cotação
Devido ao estado de calamidade pública decretado por conta do coronavírus, a bolsa anunciou uma série de suspensões e prorrogações de prazos para que empresas listadas façam ajustes de forma a se readequar às regras do mercado
A B3 suspendeu a obrigação de que empresas e fundos listados tomem providências para impedir que suas ações ou cotas sejam negociadas por menos de R$ 1 por mais de 30 pregões consecutivos.
A suspensão ficará válida enquanto perdurar o estado de calamidade pública decretado pelo Congresso no dia 20 de março em razão da pandemia de coronavírus.
A medida faz parte de uma série de flexibilizações de procedimentos e prazos anunciadas pela bolsa nesta terça-feira (7) e válidas para esse período extraordinário.
Ações ou cotas de fundos negociados por centavos na bolsa são apelidados de penny stocks. Em condições normais, ativos que permaneçam nessa condição por mais de 30 pregões seguidos precisam ser agrupados em um prazo máximo de seis meses, para que seu preço unitário seja elevado.
A medida visa a reduzir a volatilidade desses ativos, uma vez que pequenas oscilações de preços de penny stocks correspondem a enormes variações percentuais.
Um grupamento consiste justamente na junção de várias unidades do ativo em um só, somando-se os seus preços unitários. Por exemplo, ações negociadas a 5 centavos a unidade podem ser agrupadas em conjuntos de 100, passando a valer R$ 5 a unidade.
Leia Também
Com o anúncio feito hoje pela B3, porém, as companhias ficarão desobrigadas de agrupar suas ações caso elas se tornem penny stocks enquanto o estado de calamidade pública perdurar. Passado esse período, os emissores terão um prazo mínimo de seis meses para enquadrar suas ações ou cotas às regras.
Penny stocks não podem fazer parte do Ibovespa, mesmo que sejam muito negociadas. Atualmente, a penny stock mais conhecida da bolsa brasileira talvez seja a ação da companhia telefônica Oi (OIBR3), negociada na casa dos 50 centavos a unidade.
Ela está na condição de penny stock há 24 pregões consecutivos, mas com a nova regra anunciada hoje, não precisará realizar um grupamento caso continue sendo negociada por centavos nos próximos seis pregões.
Outras medidas
A B3 também flexibilizou outras regras e prazos em razão do estado de calamidade, em conformidade com as determinações da Medida Provisória nº 931 e as deliberações da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) de números 848 e 849, como a prorrogação da entrega das demonstrações financeiras terminadas em 31 de dezembro de 2019.
Além disso, em caso de descumprimento de obrigações que não tenham sido flexibilizadas, os emissores listados, sejam ações ou fundos, terão um prazo adicional para apresentação da defesa, ampliado de 15 para 30 dias, e também um prazo maior para a regularização dos descumprimentos, definidos caso a caso.
Níveis de governança
No caso das empresas que fazem parte dos segmentos especiais de governança Nível 1, Nível 2 e Novo Mercado, a B3 relaxou também outras exigências:
- Companhias que ficarem com menos ações em circulação (free float) do que o mínimo exigido pelo seu segmento em razão de programas de recompras de ações realizados durante o estado de calamidade terão 18 meses para se reenquadrarem, a contar da data de conclusão do programa de recompra.
- Caso o número de integrantes ou o percentual de membros independentes do Conselho de Administração fique abaixo do mínimo exigido pelas regras do segmento de governança durante o estado de calamidade, a B3 não notificará a companhia. Esta apenas deverá regularizar a composição do Conselho de acordo com as regras do seu segmento até a próxima assembleia a ser convocada. Durante o estado de calamidade, também fica suspensa a regra de vedação à acumulação de cargos de principal executivo e presidente do Conselho.
- No caso das companhias dos níveis 1 e 2 de governança, as reuniões públicas anuais com analistas de mercado poderão ser realizadas exclusivamente por meio de teleconferência enquanto o estado de calamidade perdurar.
- O prazo para realização de teleconferências de resultados foi ampliado de cinco para dez dias úteis, a contar da data de divulgação dos resultados que saírem durante o estado de calamidade.
- Fica suspensa, durante o estado de calamidade, a obrigação de Comunicado ao Mercado por parte das companhias dos níveis 1 e 2 de governança em caso de ajustes do calendário com menos de cinco dias úteis de antecedência da data programada.
- Fica prorrogado, para as companhias do Novo Mercado, o prazo para adaptação durante a Assembleia Geral Ordinária (AGO), responsável pela aprovação das demonstrações financeiras do exercício de 2021. O prazo anterior estabelecia a AGO responsável pela aprovação das demonstrações financeiras do exercício de 2020.
A bolsa nas eleições: as ações que devem subir com Lula 4 ou com a centro-direita na Presidência — e a carteira que ganha em qualquer cenário
Felipe Miranda, estrategista-chefe da Empiricus e sócio do BTG Pactual, fala sobre como se posicionar para as eleições de 2026 e indica uma carteira de ações capaz de trazer bons resultados em qualquer cenário
As ações para ‘evitar ser estúpido’ da gestora cujo fundo rende 8 vezes mais que o Ibovespa
Atmos Capital tem 40% da carteira de R$ 14 bilhões alocada em concessionárias de serviços públicos; veja as ações da gestora
Nasdaq bate à porta do Brasil: o que a bolsa dos ‘todo-poderosos’ dos EUA quer com as empresas daqui?
Em evento em São Paulo, representantes da bolsa norte-americana vieram tentar convencer as empresas de que abrir capital lá não é um sonho tão distante
Ibovespa volta a fazer história: sobe 1,72% e supera a marca de 153 mil pontos antes do Copom; dólar cai a R$ 5,3614
Quase toda a carteira teórica avançou nesta quarta-feira (5), com os papéis de primeira linha como carro-chefe
Itaú (ITUB4) continua o “relógio suíço” da bolsa: lucro cresce, ROE segue firme e o mercado pergunta: é hora de comprar?
Lucro em alta, rentabilidade de 23% e gestão previsível mantêm o Itaú no topo dos grandes bancos. Veja o que dizem os analistas sobre o balanço do 3T25
Depois de salto de 50% no lucro líquido no 3T25, CFO da Pague Menos (PGMN3) fala como a rede de farmácias pode mais
O Seu Dinheiro conversou com o CFO da Pague Menos, Luiz Novais, sobre os resultados do terceiro trimestre de 2025 e o que a empresa enxerga para o futuro
FII VGHF11 volta a reduzir dividendos e anuncia o menor pagamento em quase 5 anos; cotas apanham na bolsa
Desde a primeira distribuição, em abril de 2021, os dividendos anunciados neste mês estão entre os menores já pagos pelo FII
Itaú (ITUB4) perde a majestade e seis ações ganham destaque em novembro; confira o ranking das recomendações dos analistas
Após voltar ao topo do pódio da série Ação do Mês em outubro, os papéis do banco foram empurrados para o fundo do baú e, por pouco, não ficaram de fora da disputa
Petrobras (PETR4) perde o trono de empresa mais valiosa da B3. Quem é o banco que ‘roubou’ a liderança?
Pela primeira vez desde 2020, essa companhia listada na B3 assumiu a liderança do ranking de empresas com maior valor de mercado da bolsa brasileira; veja qual é
Fundo imobiliário GARE11 vende 10 imóveis, locados ao Grupo Mateus (GMAT3) e ao Grupo Pão de Açúcar (PCAR3), por R$ 485 milhões
A venda envolve propriedades locadas ao Grupo Mateus (GMAT3) e ao Grupo Pão de Açúcar (PCAR3), que pertenciam ao FII Artemis 2022
Ibovespa atinge marca inédita ao fechar acima dos 150 mil pontos; dólar cai a R$ 5,3574
Na expectativa pela decisão do Copom, o principal índice de ações da B3 segue avançando, com potencial de chegar aos 170 mil pontos, segundo a XP
A última dança de Warren Buffett: ‘Oráculo de Omaha’ vai deixar a Berkshire Hathaway com caixa em nível recorde
Lucro operacional da Berkshire Hathaway saltou 34% em relação ao ano anterior; Warren Buffett se absteve de recomprar ações do conglomerado.
Ibovespa alcança o 5º recorde seguido, fecha na marca histórica de 149 mil pontos e acumula ganho de 2,26% no mês; dólar cai a R$ 5,3803
O combo de juros menores nos EUA e bons desempenhos trimestrais das empresas pavimenta o caminho para o principal índice da bolsa brasileira superar os 150 mil pontos até o final do ano, como apontam as previsões
Maior queda do Ibovespa: o que explica as ações da Marcopolo (POMO4) terem desabado após o balanço do terceiro trimestre?
As ações POMO4 terminaram o dia com a maior queda do Ibovespa depois de um balanço que mostrou linhas abaixo do que os analistas esperavam; veja os destaques
A ‘brecha’ que pode gerar uma onda de dividendos extras aos acionistas destas 20 empresas, segundo o BTG
Com a iminência da aprovação do projeto de lei que taxa os dividendos, o BTG listou 20 empresas que podem antecipar pagamentos extraordinários para ‘fugir’ da nova regra
Faltou brilho? Bradesco (BBDC4) lucra mais no 3T25, mas ações tombam: por que o mercado não se animou com o balanço
Mesmo com alta no lucro e na rentabilidade, o Bradesco viu as ações caírem no exterior após o 3T25. Analistas explicam o que pesou sobre o resultado e o que esperar daqui pra frente.
Montanha-russa da bolsa: a frase de Powell que derrubou Wall Street, freou o Ibovespa após marca histórica e fortaleceu o dólar
O banco central norte-americano cortou os juros pela segunda vez neste ano mesmo diante da ausência de dados econômicos — o problema foi o que Powell disse depois da decisão
Ouro ainda pode voltar para as máximas: como levar parte desse ganho no bolso
Um dos investimentos que mais renderam neste ano é também um dos mais antigos. Mas as formas de investir nele são modernas e vão de contratos futuros a ETFs
Ibovespa aos 155 mil pontos? JP Morgan vê três motores para uma nova arrancada da bolsa brasileira em 2025
De 10 de outubro até agora, o índice já acumula alta de 5%. No ano, o Ibovespa tem valorização de quase 24%
Santander Brasil (SANB11) bate expectativa de lucro e rentabilidade, mas analistas ainda tecem críticas ao balanço do 3T25. O que desagradou o mercado?
Resultado surpreendeu, mas mercado ainda vê preocupações no horizonte. É hora de comprar as ações SANB11?
