O ministro da Econômica, Paulo Guedes, vai ter com os senadores da Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) nesta quarta-feira, às 14 horas, segundo sua agenda oficial. Mas depois do episódio de ontem, a dúvida deve permanecer até a abertura da sessão.
Em pauta, o endividamento dos Estados e os repasses da Lei Kandir, bem como a apresentação das diretrizes e dos programas prioritários do Ministério da Economia, o que inclui a reforma da Previdência.
Na terça-feira, também estava na agenda oficial a participação do ministro na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados. Mas poucas horas antes da audiência, o ministrou cancelou sua participação e, em nota, sua assessoria afirmou que “a ida do ministro da Economia à CCJ será mais produtiva a partir da definição do relator”.
Se fosse à CCJ, Guedes certamente “apanharia” da oposição, como discutimos aqui. Ausente, foi alvo de críticas da oposição e da base. Mas no fim, os deputados acabaram costurando um acordo para que não fosse votado um requerimento de convocação, algo sempre desgastante para o governo, pois obriga o comparecimento.
No Senado, o clima é geralmente mais ameno, mas isso não deve impedir críticas a Guedes e aos projetos do governo.
Pelo acordo fechado na Câmara, Guedes vai à CCJ na quarta-feira da semana que vem e não pode condicionar seu comparecimento à existência ou não de relator para a proposta. O resultado foi positivo para o governo, mas soma mais uma semana na tramitação da reforma, que não anda enquanto o governo discute a nova e a velha política com os parlamentares.