Petrobras mudará política atual se investir em Israel
Parceria com Israel só faria sentido se fizesse parte de um acordo mais amplo entre os países, envolvendo troca de conhecimentos de tecnologias

Israel ocupa posição irrelevante no mercado mundial de petróleo e gás natural. Por isso, qualquer parceria com o governo brasileiro nesta área e com a Petrobras só teria sentido se fizesse parte de um acordo mais amplo entre os dois países, envolvendo troca de conhecimentos de tecnologias, diz o professor do Grupo de Economia da Energia da UFRJ (GEE/UFRJ) e ex-diretor da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustível (ANP), Helder Queiroz.
O ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, se encontrou, no domingo passado, com o seu homólogo israelense, Yuval Steinitz. Durante o encontro, trataram de uma possível participação da Petrobras no segundo leilão de gás natural e exploração de óleo em duas áreas licitadas pelo país, informou o MME, em nota oficial.
Queiroz destaca, no entanto, que a Petrobras reviu o seu plano de negócios para focar no pré-sal, no Brasil. No mercado internacional, o projeto é se desfazer de ativos, mesmo na área de exploração e produção de petróleo e gás natural, o "coração" da empresa. "Investir em Israel significaria uma reversão de estratégia. Esse tipo de notícia parece uma questão de governo, um acordo bilateral, não necessariamente na área de petróleo e gás natural", afirmou.
Para o analista Pedro Galdi, da Mirae Asset Wealth Management, esse tipo de negócio não faz sentido para a estatal brasileira. Ele diz que, se a ideia for para frente e não for apenas "um discurso" do governo brasileiro, representará uma derrota para o atual presidente da estatal , Roberto Castello Branco.
Galdi acredita que o anúncio tenha tido a função de compensar a frustração dos anfitriões em relação à visita da comitiva brasileira. A presença da delegação do Brasil gerou entre outras expectativas, como a mudança da embaixada brasileira de Tel Aviv para Jerusalém, a exemplo do que fizeram Estados Unidos e Guatemala.
Coordenadora de pesquisas da FGV Energia, Fernanda Delgado também demonstrou estranheza com a notícia. Ela não vê motivos para a Petrobrás recuar do objetivo de focar suas atividades no pré-sal brasileiro, ainda mais na iminência da realização do leilão de áreas gigantes. "Causou estranheza, com tantas áreas internas e o discurso do presidente da companhia de diminuir investimentos externos e focar no pré-sal, a empresa recuar assim. Parece mais um movimento político do governo Bolsonaro em relação a Israel", avaliou a pesquisadora.
Leia Também
Delgado ressalta ainda que Bolsonaro está seguindo os passos do presidente dos EUA, Donald Trump, que também se aproximou de Israel. "Mas o objetivo de Trump era a fonte de financiamento e não vi nenhuma menção à liberação de recursos nas declarações feitas por Bolsonaro", disse.
Produção de minério da Vale (VALE3) atinge o maior nível desde 2018 e preços melhoram; confira os números do 3T25
De acordo com a mineradora, a execução bem-sucedida da estratégia de portfólio de produtos ajudou a produção a subir e também apoiou a realização de preços
Imposto no Brasil abocanha lucro da Netflix (NFLX34) e streaming tem resultado abaixo do esperado
Gasto inesperado de US$ 619 milhões no Brasil diminuiu a margem operacional da Netflix e impediu o streaming de atingir a meta
‘R$ 4 milhões por dia’: Conheça a sonda com que a Petrobras vai perfurar a Margem Equatorial
Sonda da Petrobras tem capacidade para perfurar até 12,1 mil metros de profundidade; mais de R$ 180 milhões já foram gastos
Com ouro em disparada, BTG vê mineradora Aura (AURA33) em “momento imparável”
As ações da Aura Minerals (AURA33) já subiram 50% no ano, e o BTG diz que espera que a produção continue crescendo
Com o agro em crise, Banco do Brasil (BBAS3) dá início à renegociação de dívidas rurais
Nova linha BB Regulariza Agro permite renegociar dívidas de produtores afetados por perdas de safra em meio a pressão da inadimplência no agro sobre o balanço do banco estatal
O céu é o limite: Embraer (EMBR3) quebra recorde e fecha terceiro trimestre com US$ 31,3 bilhões em pedidos
Com contratos firmes com Latam e Avelo, o backlog da empresa atinge o maior patamar da história — e a Embraer projeta nova aceleração a partir de 2026
Ambipar (AMBP3) finalmente pede recuperação judicial. Entenda a história do colapso da empresa
A companhia afirma que suas operações seguem normalmente. No entanto, o valor total da dívida da empresa não foi revelado
Bancões na corrida do ouro: as estratégias do Banco do Brasil, Bradesco e Santander para conquistar a alta renda
Em período de inadimplência crescente, bancos aceleram planos para cativar clientes endinheirados, com cartão de crédito, concierges, Fórmula 1 e mais
Petrobras (PETR4) assina acordo de equalização de Jubarte; valor devido à União é de R$ 1,54 bilhão
A estatal informou que as negociações com os parceiros do campo de Argonauta — Shell Brasil, Enauta (Brava) e ONGC Campos — ainda estão em andamento
Exclusivo: segunda instância deve confirmar decisão inédita que colocou a Oi (OIBR3) de cara com a falência
Decisão inédita que afastou toda a diretoria da Oi (OIBR3) deve ser mantida no Tribunal de Justiça do Rio; empresa tenta reverter medida que destituiu o conselho
O gigante acordou: a nova ‘arma secreta’ da Amazon na batalha do e-commerce brasileiro
Batendo de frente com Mercado Livre, uma nova funcionalidade da norte-americana tem potencial de fidelizar o cliente — apesar das margens baixas
Quer morar em uma base da Nasa? Governo dos EUA coloca imóvel com planetário e 25 telescópios à venda, mas o preço não é uma pechincha
Construída em 1963, a antiga base da Nasa na Carolina do Norte teve papel importante na Guerra Fria e agora está à venda por US$ 30 milhões (R$ 162 milhões)
Depois de anos de embate, Petrobras (PETR4) obtém licença histórica para perfurar Margem Equatorial
Após anos de disputa com órgãos ambientais e pressões políticas, estatal inicia perfuração em águas profundas do Amapá, em uma das regiões mais promissoras — e controversas — do país
Cogna (COGN3) é destaque no Ibovespa com alta de mais de 6% — e analistas ainda veem espaço para mais
Com alta de 210% desde janeiro, as ações da empresa conquistaram o posto de melhor desempenho na carteira do Ibovespa em 2025
Fleury (FLRY3) diz que negociações com Rede D’Or (RDOR3) continuam, mas ações caem na bolsa; qual a chance de um acordo?
Para o BTG, comunicação do Fleury reforça que conversas ainda estão de pé e que acordo é ainda mais provável
Isa Energia (ISAE4) confirma captação de R$ 2 bilhões em debêntures — mercado segue de olho na dívida da companhia
Recursos serão usados no reembolso de despesas de um projeto de transmissão elétrica; captação ocorre em meio ao avanço da alavancagem da companhia
Em crise, Invepar entrega controle da Linha Amarela no RJ ao fundo Mubadala para quitar dívidas e estende trégua com credores
Negócio marca mais um capítulo da reestruturação da Invepar, que busca aliviar dívidas bilionárias e manter acordos com credores enquanto o Mubadala assume o controle da Linha Amarela, no Rio de Janeiro
Temporada de balanços 3T25: confira as datas das divulgações dos resultados e das teleconferências
A apresentação oficial dos resultados das principais empresas listadas na B3 começa na quarta-feira (22), com a publicação do balanço da WEG
Ambipar (AMBP3) deve entrar com pedido de recuperação judicial na próxima segunda-feira (20), diz jornal
Proteção contra credores expira no fim da próxima semana. Pedido deve correr na Justiça do Rio de Janeiro
Petz (PETZ3) e Cobasi defendem fusão perante o Cade e alegam perda de espaço para marketplaces
CEOs das duas empresas participaram de audiência pública e defenderam que fusão representam apenas cerca de 10% de participação de mercado