O presidente Jair Bolsonaro é político de carreira e sabe que não tem como fugir das emendas impositivas e nomeações para cargos políticos. Como disse o ex-senador e ex-líder de quatro governos, Romero Jucá, em entrevista à “Folha de S.Paulo”, o discurso eleitoral de rejeitar a articulação com partidos é um âncora puxando o governo para baixo. “Ou eles cortam a âncora ou não vai ver base partidária.”
O dilema, como discutimos aqui, é até onde ceder, ou cortar essa âncora, em nome da tal governabilidade e não decepcionar um eleitorado e um discurso contra a “velha política”. É disso que o presidente se ocupou ao longo do dia.
No “Twitter”, o presidente disse que a liberação de emendas “segue o rito constitucional”. Depois, voltou ao tema, após evento com o presidente do Paraguai, Mario Abdo Benítez, afirmando que não veremos mais negociações parlamentares “no nível que existia no passado” e que nomeações terão se ser de “pessoas técnicas e competentes”. Ainda de acordo com Bolsonaro, a articulação não é importante para o governo, mas sim para o Brasil, pois se reforma da Previdência, o país “corre sério risco no tocante ao futuro”.
Informo que não há verbas sendo liberadas para aprovação da Nova Previdência como veículos de informação vem divulgando. Seguimos o rito constitucional e obrigatório do Orçamento Impositivo, onde é obrigatório a liberação anual de emendas parlamentares. No mais, segue a verdade: pic.twitter.com/ojxNuIoV2T
— Jair M. Bolsonaro (@jairbolsonaro) March 12, 2019
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