Tentei achar outro assunto para o diário, mas o dia foi tomado pela repercussão do vídeo postado pelo presidente Jair Bolsonaro comentando “o que tem virado muitos blocos de rua no carnaval brasileiro”. O tema mobilizou o “Twitter”, repercutiu no noticiário internacional e se soma a outras “polêmicas” do governo e a capacidade das “redes” em “criar caso” em temas que não importam ou seriam secundários, com o azul e rosa da ministra Damares Alves.
O governo tem uma “agenda moral” e é natural que a defenda e a exponha. Como disse o assessor especial da Presidência Filipe Martins ao dizer que o presidente apenas expôs o “estado de degeneração que tomou nossas ruas nos últimos dias”. Mas creio que a prioridade em termos de mobilização nas redes sociais seria outra: a reforma da Previdência, que sumiu das redes do presidente, e outras pautas da área econômica (nosso foco aqui).
Certamente não teria tamanha repercussão, pois as coisas que importam ganham uma fração da atenção dispensada aos assuntos pouco relevantes, ainda mais no ambiente de redes sociais. Quem falou sozinho sobre o tema que importa foi o secretário especial da Previdência e Trabalho, Rogério Marinho, lembrando que “em 2018 Brasil gastou 712 bilhões com previdência e assistência, 119 bilhões com saúde e 74 bilhões com Educação. País que gasta dez vezes mais com previdência de que com Educação é País que precisa repensar suas prioridades. A nova previdência é essencial para correção de rumos.”
A nova previdência é questão de justiça,no Brasil os mais pobres já se aposentam aos 65 anos e seis meses homens e 61 anos e meio https://t.co/hJBfBBpZ49 novas regras os mais ricos que se aposentam com dez anos a menos em média,vão se aposentar com a mesma idade dos mais pobres
— Rogério Marinho (@rogeriosmarinho) March 6, 2019
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