Tiros em Suzano
Não levou minutos para que massacre em colégio entrasse na pauta política
O presidente Jair Bolsonaro usou sua conta no “Twitter” para prestar condolências aos familiares das vítimas do atentado ocorrido na escola professor Raul Brasil, em Suzano, São Paulo. “Uma monstruosidade e covardia sem tamanho”, escreveu.
Mesmo sendo uma monstruosidade e covardia, não levou minutos para que o tema fosse politizado. A oposição critica a postura do presidente, que busca flexibilizar a posse de armas. Do outro lado, o líder do PSL no Senado, Major Olímpio (SP), fala que tragédia teria sido minimizada se professores ou funcionários da escola estivessem armados. Monstruosidade e covardia, mesmo, é usar corpos para levantar bandeira política, qualquer que seja, após eventos do tipo. Mas enfim, a política sempre foi sórdida.
No lado da economia, Roberto Campos Neto fez seu primeiro discurso como presidente do Banco Central (BC). Não deu acenos sobre eventual mudança imediata na Selic, atualmente fixada em 6,5% ao ano, e se comprometeu com a bandeira liberal ao encerrar sua fala citando o ex-presidente americano Ronald Reagan: “quando o governo aumenta a liberdade individual diminui”.
O ministro Paulo Guedes também participou do evento do BC e falou mais que o dobro de tempo que Campos Neto, quase 40 minutos. Com boas frases e tiradas irônicas, mostrou otimismo com a aprovação da reforma da Previdência, defendeu a venda de estatais, que estão avaliadas em R$ 1,250 trilhão, e disse que não precisamos mais de “dinheiro carimbado” ao falar do projeto que revê o Pacto Federativo. Falando em reforma, a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) está para ser instalada nesta quarta-feira, iniciando a contagem de prazo oficial para a tramitação do projeto.
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