Apoio condicionado
Tempo é o ativo mais precioso que existe e é algo que não “sobra” quando se trata de reformas e negociações com o Congresso
O presidente Jair Bolsonaro continua o processo de recuperação em São Paulo. No núcleo familiar, o senador Flávio Bolsonaro é alvo de uma investigação por suposto crime eleitoral envolvendo compra e venda de imóveis. Aqui em Brasília, notícias de “caneladas” no início do trabalho de articulação política pelo líder do governo na Câmara, major Vitor Hugo, que fez um convite de reunião por “Whatsapp”, falando aos colegas em base "do apoio consistente e do apoio condicionado".
Consistente ou condicionado, o que importa, como disse ontem o presidente da Câmara Rodrigo Maia, é ter votos para levar a reforma da Previdência adiante. Nesse sentido, Vitor Hugo disse que o governo vai negociar com partidos políticos. Na campanha, o governo deu grande ênfase a negociações com bancadas temáticas. Não sei se é uma mudança ou ampliação de rumos. A conferir. O porta-voz da Presidência, general Rêgo Barros, foi questionado sobre a atuação do major Vitor Hugo e deitou elogios ao escolhido pelo presidente para fazer "o processo de convencimento do Congresso" e disse que Bolsonaro não esboçou “qualquer iniciativa de cambiar” o major, que é parlamentar de primeiro mandato. Segundo o porta-voz, "o tempo dirá sobre o acerto do presidente na escolha". Tempo é o ativo mais precioso que existe e é algo que não “sobra” quando se trata de reformas e negociações com o Congresso.
Leia aqui todo o Diário dos 100 Dias. Trincheira
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