Como a aprovação (ou não) da Reforma da Previdência pode afetar os seus investimentos?
O mercado está de olho nela, mas o que você, investidor, tem a ver com isso? Neste vídeo, eu explico tudo
O mercado financeiro acompanha com especial interesse o andamento da reforma da Previdência, cuja aprovação é considerada a medida mais crucial para o reequilíbrio das contas públicas e a retomada de um crescimento sustentável pelo país.
O secretário especial da Previdência e Trabalho, Rogério Marinho, disse que o texto com as bases do projeto já está pronto e será apresentado ao presidente Jair Bolsonaro assim que ele tivesse alta - o que ocorreu nesta quarta-feira (13).
Para além de como vai ficar a sua aposentadoria - se é que você ainda não é aposentado - a aprovação (ou não) da reforma da Previdência promete mexer com os preços e a rentabilidade dos ativos. No vídeo a seguir eu explico como a aprovação da reforma pode mexer com os seus investimentos:
Veja a seguir a transcrição do texto do vídeo
Que uma reforma da Previdência pode afetar a sua aposentadoria, isso é meio óbvio. Mas qual seria o impacto da reforma nos investimentos? E se ela não for aprovada - ou não for suficiente? O mercado financeiro está de olho nesse tema. Mas e eu com isso?
O governo brasileiro se vê hoje numa saia justa. Ele gasta mais do que arrecada desde 2014, o que vem levando a uma escalada na dívida pública. De um lado, houve uma perda na arrecadação por conta de uma série de renúncias fiscais e da última crise econômica. Do outro, as despesas obrigatórias aumentaram. É o caso dos gastos com pessoal e da Previdência Social.
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A situação da Previdência tende a piorar se nada for feito. Com o envelhecimento da população, os desembolsos do governo vão ficar cada vez maiores para fazer a conta fechar. A ausência de idade mínima para se aposentar por tempo de contribuição também torna as aposentadorias no Brasil mais precoces do que em outros países. A Previdência Social brasileira é hoje uma das menos sustentáveis do mundo, com gastos parecidos com os de países com uma proporção muito maior de idosos na população.
De todos os ajustes que o governo precisa fazer, a reforma da Previdência é o que pode causar o maior impacto positivo nas contas públicas. Mas por que isso é relevante para os seus investimentos?
Um governo deficitário e altamente endividado tem poucas condições de investir em áreas que estimulem o crescimento econômico, como infraestrutura, por exemplo. Isso pode ter um impacto negativo na geração de empregos, nos resultados das empresas e no consumo. Consequentemente, as ações das companhias na bolsa podem sofrer.
Além disso, aumenta o risco-país. Os investidores começam a ficar desconfiados de que o governo não vai ser capaz de honrar as suas obrigações e passam a exigir uma recompensa maior para continuar financiando a crescente dívida pública. Resultado: o governo se vê obrigado a aumentar os juros.
Se você parar para pensar, não é muito diferente do que acontece se você começar a gastar mais do que ganha e se encher de dívidas. As instituições financeiras vão passar a cobrar juros mais altos, e você vai ter dificuldade de conseguir empréstimos.
Juros altos desaceleram a atividade econômica, porque encarecem o crédito, não só para o governo como também para empresas e consumidores. Esse cenário não é nada bom para investimentos que se beneficiam de juros baixos, como ações, fundos imobiliários, imóveis, debêntures, CRI e CRA. Só a renda fixa tradicional, atrelada à Selic, é que fica atrativa.
Por fim, um governo que seja considerado um mau pagador tende a espantar investidores estrangeiros, que tiram os seus recursos do país. O resultado é a alta do dólar e um possível aumento da inflação. Recessão com inflação elevada não é um cenário estranho para os brasileiros, e é péssimo para o investidor e para o trabalhador.
Por outro lado, se a reforma da Previdência passar e de fato for capaz de desafogar o governo, juros, câmbio e inflação podem ser mantidos sob controle, beneficiando a bolsa, o mercado imobiliário e a renda fixa prefixada.
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