🔴 HERANÇA EM VIDA? NOVO EPISÓDIO DE A DINHEIRISTA! VEJA AQUI

Estadão Conteúdo
Os planos da Via Varejo

‘Previdência não muda o País da água para o vinho’

Roberto Fulcherberguer assumiu o comando da Via Varejo há pouco mais de um mês e diz que a prioridade zero é estabilizar o negócio, que deu prejuízo em 2018

Estadão Conteúdo
16 de julho de 2019
8:01 - atualizado às 10:00
Roberto Fulcherberguer, Via Varejo
Imagem: Divulgação

Há pouco menos de um mês no comando da Via Varejo, Roberto Fulcherberguer assumiu o cargo logo após o empresário Michael Klein ter se tornado o principal acionista da dona da Casas Bahia e do Ponto Frio. Depois de dois anos de tentativas de venda por parte do Grupo Pão de Açúcar (GPA), controlado pelo gigante francês Casino, Klein retomou, ao lado de fundos de investimento, as rédeas da rede fundada por sua família, em 1957. “A prioridade zero é estabilizar o negócio (que deu prejuízo em 2018)”, disse Fulcherberguer, ao Estado.

Segundo o executivo, algumas mudanças serão sentidas no curto prazo. “Descobrimos um banco de dados de 70 milhões de pessoas que não estava sendo usado, não me pergunte a razão”, afirmou Fulcherberguer. Ele disse também que algumas mudanças vão ser sentidas no site da empresa. “A pessoa tinha de clicar quatro vezes para dizer que não queria garantia estendida de um produto. Estamos mudando isso.”

Em relação à economia, o executivo diz que a reforma da Previdência, aprovada em primeiro turno, “ajuda bastante o Brasil”. “Ela não vai mudar o País da água para o vinho, mas destrava um grande volume de investimento.”

Leia, a seguir, os principais trechos da entrevista:

O que dá para mudar na Via Varejo no curto prazo?

A prioridade zero é estabilizar o negócio (a empresa deu prejuízo em 2018). Parte desse trabalho é mais fácil, parte é de longo prazo. O cliente tinha de dar três ou quatro cliques para dizer que não queria garantia estendida. Estamos mudando isso, deixando o caminho de venda mais simples. Coisas como essa conseguimos corrigir no curtíssimo prazo. Em paralelo, estamos fazendo planos de médio e longo prazos, de redesenhar todo o negócio.

Por estar à venda há quase dois anos, a Via Varejo ficou meio de lado? Por isso tem tanto a ser feito?

Tem muita coisa a ser feita. Há formas de aproveitar muita coisa já feita e que não estava sendo usada. Por exemplo: descobri que temos um data lake (banco de dados) de 70 milhões de consumidores, sendo 25 milhões ativos. Não me pergunte a razão, mas isso não era usado. O pessoal do marketing já está trabalhando nisso, em buscar uma forma mais simples de nos relacionarmos com o consumidor. Isso já pode tornar a venda mais ágil. Tem muita coisa que ficou na prateleira, até porque a gente teve problema na Black Friday, ficando fora do ar.

O que vai mudar nesse primeiro momento? O online vai ser prioridade?

Tudo acontecerá em paralelo. A gente vê que tem possibilidade de melhoria nas lojas. Fora dos grandes centros, porém, elas não são piores que a média da concorrência, estão iguais. Mas têm oportunidade de melhorar, porque as nossas lojas tradicionalmente eram melhores que as da concorrência. Mas o investimento não vai ser nada desproporcional.

O Magazine Luiza tem 38% das vendas na internet e a Via Varejo, 19%. Essa é a meta a perseguir?

Proporcionalmente, isso é correto, mas tenho o mesmo volume de vendas na web do Magazine Luiza, porque, no geral, faturo R$ 10 bilhões a mais por ano. Mas não vamos crescer a proporção do online a qualquer custo, vamos fazer com o pé no chão. O market place (que agrega outros vendedores à plataforma) vai ter uma seleção criteriosa, para ver se o vendedor tem confiabilidade para usar a minha marca.

A marca Ponto Frio, pode ser desativada?

Estamos estudando todas as possibilidades. Não há nenhuma decisão nesse sentido.

Existe ainda espaço para crescer em lojas físicas?
Estamos bem distribuídos, com mais de mil lojas. Mas ainda cabe expansão no Norte e Nordeste. É um plano que está sendo desenhado.

A reforma da Previdência, ajuda na perspectiva no varejo?

Sem dúvida nenhuma, ajuda a destravar bastante coisa. Ela não vai mudar o País da água para o vinho, mas destrava um grande volume de investimento. Esperamos que logo venham também outras coisas, como a reforma tributária.

E o marketing, vai mudar?

Vamos remodelar completamente o marketing. Também o relacionamento com fornecedores está resgatando o modelo de parceria de longo prazo. Tem muita coisa sendo mexida, e muito a mudar. Faremos grandes melhorias.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Compartilhe

DINHEIRO NO BOLSO

CCR (CCRO3) e Vibra (VBBR3) anunciam mais de R$ 1,2 bilhão em dividendos; confira o cronograma de pagamento de cada uma das companhias

18 de abril de 2024 - 18:32

O maior valor será distribuído pela Vibra, que pagará R$ 676 milhões em duas parcelas; já a CCR depositará R$ 536 milhões na conta dos acionistas

O 'X' DA QUESTÃO

Dividendos da Petrobras (PETR4): governo pode surpreender e levar proposta de pagamento direto à assembleia, admite presidente da estatal

18 de abril de 2024 - 18:03

Jean Paul Prates admitiu a possibilidade de que o governo leve uma proposta de pagamento diretamente à assembleia de acionistas

ROYALTIES MUSICAIS

Fundo que detém direitos de músicas de Beyoncé e Shakira anuncia venda de US$ 1,4 bilhão a investidor

18 de abril de 2024 - 17:04

A negociação será feita com apoio da Apollo Capital Management, parceira da Concord, gigante de private equity dos EUA

COMPRAR OU VENDER

A bolsa está valendo menos? Por que esse bancão cortou o preço-alvo das ações da B3 (B3SA3) — e você deveria estar de olho nisso

18 de abril de 2024 - 16:47

O BTG Pactual ajustou o modelo para a operadora da bolsa brasileira e reduziu o preço-alvo dos papéis de R$ 16 para R$ 13,50; entenda as razões para a nova avaliação e saiba se é hora de ter os ativos em carteira

NOVO & CLÁSSICO

Fusca elétrico e chinês: GWM tem vitória sobre da Volkswagen, que acusa modelo de ser “cópia” do clássico alemão

18 de abril de 2024 - 15:21

Em novembro de 2021 a montadora registrou o desenho industrial de dois modelos junto ao INPI: o Ora Punk Cat e o Ora Ballet Cat; nove meses depois, o sonho virou pesadelo

ATRAVESSOU O ENREDO

Goldman eleva recomendação para 3R Petroleum (RRRP3) e fusão com Enauta (ENAT3) é só um dos motivos

18 de abril de 2024 - 12:02

O que mais chamou a atenção dos analistas é a melhora da relação entre o risco e o retorno da empresa, em um cenário de alta do petróleo e depreciação do real frente ao dólar

NOVOS INVESTIMENTOS

Petrobras (PETR4) anuncia parceria com empresa chinesa para projetos de energias renováveis e transição energética

18 de abril de 2024 - 11:17

Apesar do destaque para energias renováveis, parceria da Petrobras com a China National Chemical Energy Company também inclui acordos comerciais para exploração de petróleo

FABRICANTE DE CHIPS

Mesmo com lucro quase 10% maior, por que investidores penalizam as ações da “rival” da Nvidia, a TSMC?

18 de abril de 2024 - 10:29

Os lucros da TSMC são vistos como um indicador para a demanda global por chips, devido ao seu papel fundamental na indústria de fabricação e à importância de seus clientes

OFERTA DE AÇÕES

Sabesp (SBSP3): governo Tarcísio define modelo de privatização e autoriza aumento de capital de até R$ 22 bilhões; saiba como vai funcionar

18 de abril de 2024 - 10:21

Venda do controle da Sabesp ocorrerá via oferta de ações, com seleção de acionista de referência pelo mercado a partir das duas melhores propostas

O TAL DO MULTIFAMILY

Dona de 5 mil apartamentos, Brookfield aposta no mercado residencial para a renda e diz o que falta para o segmento decolar no Brasil

18 de abril de 2024 - 6:05

Demanda não falta, mas o vice-presidente sênior da gestora lista duas grandes dificuldades que o multifamily enfrenta no país

Fechar
Menu

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies

Continuar e fechar