🔴 [EVENTO GRATUITO] MACRO SUMMIT 2024 – FAÇA A SUA INSCRIÇÃO

Cotações por TradingView
Vinícius Pinheiro
Vinícius Pinheiro
Diretor de redação do Seu Dinheiro. Formado em jornalismo, com MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela FIA, trabalhou nas principais publicações de economia do país, como Valor Econômico, Agência Estado e Gazeta Mercantil. É autor dos romances O Roteirista, Abandonado e Os Jogadores
Entrevista

O que o CEO da gestora de US$ 442 bilhões tem a dizer sobre o Brasil

Jim Hirschmann, presidente da americana Western Asset, está otimista com a perspectiva de aprovação das reformas na gestão Bolsonaro. Tanto que, ao contrário da maioria dos investidores estrangeiros, já aumentou as posições no país

Vinícius Pinheiro
Vinícius Pinheiro
6 de dezembro de 2018
6:03 - atualizado às 8:30
Jim Hirschmann, presidente da Western Asset
Jim Hirschmann, presidente da Western Asset - Imagem: Bruno Mooca/Divulgação

Eu não encontrava a palavra em inglês para perguntar a opinião de Jim Hirschmann, presidente da Western Asset, sobre as oscilações bruscas no humor dos investidores no mercado financeiro nas últimas semanas.

“Como dizer ‘bipolar’ em inglês?”, perguntei para mim mesmo em voz alta.

“Bipolar, I got it!”, ele me respondeu, ao esclarecer que a expressão é a mesma nos dois idiomas.

Hirschmann me deu a breve aula durante a conversa que tivemos ontem pela manhã. Ele veio a São Paulo participar de um evento promovido pela gestora americana, que tem US$ 442 bilhões (R$ 1,7 trilhão) em ativos.

Para o presidente da Western, não faltam razões para a bipolaridade de boa parte dos investidores. Como exemplos, citou o cenário político nos Estados Unidos, a tumultuada saída do Reino Unido da União Europeia (Brexit), os problemas fiscais na Itália e a guerra comercial entre EUA e China.

Brasil na carteira

O Brasil não fica alheio a esse movimento. Para Hirschmann, isso explica em parte por que os investidores estrangeiros se mostram bem mais cautelosos com o país do que os locais mesmo depois da confirmação da vitória de Jair Bolsonaro nas eleições de outubro.

Apesar do sinal positivo, o capital externo deve esperar pela aprovação de medidas concretas do governo eleito antes de entrar com mais força. Além disso, o potencial do mercado local é tão grande que muitos investidores não se importam em perder o começo do movimento de alta.

“Mas esse não é o nosso caso. Nós já tínhamos uma boa posição no Brasil e inclusive aumentamos”, disse Hirschmann.

A Western conhece bem o Brasil. A presença aqui foi reforçada em 2005, quando a Legg Mason, uma das empresas do grupo, adquiriu globalmente a gestora de fundos do Citi. Hoje, possui pouco mais de R$ 41 bilhões sob gestão no país.

Para a gestora, a grande dúvida que ainda persiste é sobre a capacidade do governo eleito de formar uma maioria no Congresso. Mas a visão positiva da Western se baseia na perspectiva de que Bolsonaro será bem sucedido nessa missão.

Além do Brasil, Hirschmann diz que a gestora está otimista com os mercados emergentes em geral. E isso inclui Argentina e Turquia, os que mais sofreram nas últimas levas de fuga de ativos de maior risco.

“Os spreads [diferença de rentabilidade] em relação aos mercados desenvolvidos são os maiores dos últimos 15 anos, então o valor está lá.”

Preocupado com a guerra

É claro que o cenário de alta para o Brasil e os demais mercados emergentes depende, e muito, do cenário lá fora.

De todos os fatores de risco mencionados por ele, a possibilidade de uma guerra comercial entre EUA e China está no topo da lista de Hirschmann.

"Será ruim para os dois países e também para a economia global", afirmou.

Nesse sentido, ele avalia que o fato de os líderes dos dois países terem saído da última reunião do G-20 sem um acordo mais concreto alinhavado foi de certa forma frustrante para os mercados.

Alívio com Fed

Com tantos sinais de preocupação no radar, a sinalização do Federal Reserve (o Banco Central americano) de que os juros nos Estados Unidos não devem subir muito mais trouxe um grande alívio para os investidores.

Para Hirschmann, o Fed vinha sendo rigoroso demais ao manter a posição de uma alta mais forte das taxas em meio aos problemas externos.

“A economia global está desacelerando, enquanto os EUA vão bem. Mas os dois cenários não podem coexistir para sempre”, disse.

Compartilhe

BRIGA PELO TRONO GRELHADO

Acionistas da Zamp (BKBR3) recusam-se a ceder a coroa do Burger King ao Mubadala; veja quem rejeitou a nova oferta

21 de setembro de 2022 - 8:01

Detentores de 22,5% do capital da Zamp (BKBR3) já rechaçaram a nova investida do Mubadala, fundo soberano dos Emirados Árabes Unidos

FECHAMENTO DO DIA

Inflação americana segue sendo o elefante na sala e Ibovespa cai abaixo dos 110 mil pontos; dólar vai a R$ 5,23

15 de setembro de 2022 - 19:12

O Ibovespa acompanhou o mau humor das bolsas internacionais e segue no aguardo dos próximos passos do Fed

De olho na bolsa

Esquenta dos mercados: Cautela prevalece e bolsas internacionais acompanham bateria de dados dos EUA hoje; Ibovespa aguarda prévia do PIB

15 de setembro de 2022 - 7:42

As bolsas no exterior tentam emplacar alta, mas os ganhos são limitados pela cautela internacional

FECHAMENTO DO DIA

Wall Street se recupera, mas Ibovespa cai com varejo fraco; dólar vai a R$ 5,17

14 de setembro de 2022 - 18:34

O Ibovespa não conseguiu acompanhar a recuperação das bolsas americanas. Isso porque dados do varejo e um desempenho negativo do setor de mineração e siderurgia pesaram sobre o índice.

De olho na bolsa

Esquenta dos mercados: Depois de dia ‘sangrento’, bolsas internacionais ampliam quedas e NY busca reverter prejuízo; Ibovespa acompanha dados do varejo

14 de setembro de 2022 - 7:44

Os futuros de Nova York são os únicos que tentam emplacar o tom positivo após registrarem quedas de até 5% no pregão de ontem

FECHAMENTO DO DIA

Inflação americana derruba Wall Street e Ibovespa cai mais de 2%; dólar vai a R$ 5,18 com pressão sobre o Fed

13 de setembro de 2022 - 19:01

Com o Nasdaq em queda de 5% e demais índices em Wall Street repercutindo negativamente dados de inflação, o Ibovespa não conseguiu sustentar o apetite por risco

De olho na bolsa

Esquenta dos mercados: Bolsas internacionais sobem em dia de inflação dos EUA; Ibovespa deve acompanhar cenário internacional e eleições

13 de setembro de 2022 - 7:37

Com o CPI dos EUA como o grande driver do dia, a direção das bolsas após a divulgação dos dados deve se manter até o encerramento do pregão

DANÇA DAS CADEIRAS

CCR (CCRO3) já tem novos conselheiros e Roberto Setubal está entre eles — conheça a nova configuração da empresa

12 de setembro de 2022 - 19:45

Além do novo conselho de administração, a Andrade Gutierrez informou a conclusão da venda da fatia de 14,86% do capital da CCR para a Itaúsa e a Votorantim

FECHAMENTO DO DIA

Expectativa por inflação mais branda nos Estados Unidos leva Ibovespa aos 113.406 pontos; dólar cai a R$ 5,09

12 de setembro de 2022 - 18:04

O Ibovespa acompanhou a tendência internacional, mas depois de sustentar alta de mais de 1% ao longo de toda a sessão, o índice encerrou a sessão em alta

novo rei?

O Mubadala quer mesmo ser o novo rei do Burger King; fundo surpreende mercado e aumenta oferta pela Zamp (BKBR3)

12 de setembro de 2022 - 11:12

Valor oferecido pelo fundo aumentou de R$ 7,55 para R$ 8,31 por ação da Zamp (BKBR3) — mercado não acreditava em oferta maior

Fechar
Menu

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies